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domingo, 30 de setembro de 2012

Sá Pinto, tens pouca Pinta!


Não resisto a fazer um intervalo, no malhanço nos nossos políticos para falar de futebol. O meu SCP continua a ser vítima do falhanço dos sucessivos dirigentes que têm muita vontade mas pouco jeito para a coisa. Godinho Lopes jogou uma cartada de mestre, lançou um símbolo do clube para a arena para calar os adeptos. Esquecendo-se que o objectivo não é acalmar adeptos, é ganhar. Foi buscar o Luís Duque que tanto quanto sei, a sua especialidade é mexer-se nos bastidores da política (de Sintra) e sacar milhões ao BPN sem garantias bancárias. É isto que falta ao SCP, gente que perceba de futebol e que saiba geri-lo. Em resumo, competência, algo que sobra nos clubes ditos pequenos.
Como disse Peseiro, é fácil colocar uma equipa a defender e a jogar em contra-ataque, muito mais difícil é conseguir que a equipa consiga pressionar e atacar sem sofrer golos. E tem toda a razão. Sá Pinto, o inexperiente, herdou uma equipa sem objectivos, sem confiança e ambição, colocou-a a defender e superou as expectativas que estavam muito baixas. Agora que começa do zero, e que tinha de ganhar, espalhou-se ao cumprido. Não é fácil, principalmente para quem não tem experiência. Ou muito me engano ou o Sá Pinto vai sair tão chamuscado disto que nunca mais se levanta.
Quando quiserem ganhar um campeonato, comecem por contratar um treinador experiente, façam uma pré-época em Portugal a jogar com equipas portuguesas e façam-no com sempre com o mesmo onze base para criar rotinas. Depois ao longo da época, então sim, fazem alterações no onze. Têm muito que aprender com os pequenos, mesmo muito. Mas a falta de humildade não deixa!.. Ai esses egos inchados! Vão levar-nos ao fundo!

O Teorema de António Borges.

Cada vez mais me convenço que a expressão “cada macaco no seu galho” está muito bem pensada. Começo a ficar farto de ver gente que aproveita a exposição pública para mandar “bitaites” que não passam disso mesmo.
A minha paciência vai-se esvaindo para com estes Senhores Professores Universitários que se acham o máximo e donos da verdade absoluta. Não são. Ninguém é. Se assim fosse ainda hoje estaríamos na idade da pedra. Foi graças à irreverência e obstinação da nossa mente que se evoluiu. Se o homem tivesse ouvido sempre os velhos sábios e se se tivesse limitado a seguir a transmissão do conhecimento, ainda hoje lutava com os macacos pela posse de um galho numa árvore.
Infelizmente para o nosso país, os nossos políticos que têm aquela esperteza dita saloia, gostam muito de convidar estes professores para alguns cargos no governo, para servirem de escudo perante a comunicação social. São poucos os que contestam as ditas mentes brilhantes. O problema é que esses senhores não passam de papagaios, que vão repetindo do alto do seu poleiro as teorias a que tiveram acesso, por via da posição social privilegiada que ocupam. Não passam disso: PAPAGAIOS a repetir teorias. Que sabem esses papagaios da vida real? Basta ver os resultados que têm tido quando colocados nos governos onde a prova dos nove mostra o que acontece quando passam da teoria à prática. ZERO! Tenho a certeza que qualquer Director de um departamento das finanças seria melhor gestor do ministério das finanças do que o Sr. Professor Vítor Gaspar.
Senhor Professor António Borges, receio muito pela qualidade dos seus alunos, pois um professor que não sabe que a peça fundamental de qualquer empresa são os trabalhadores, melhor, a motivação dos trabalhadores, está condenado ao insucesso.
Os nossos empresários não são ignorantes como pensa, são até demasiado cultos relativamente às leis que temos. Se não veja, como justificaria que durante estes anos todos, tenham sabido fugir ao fisco, abrir e fechar várias empresas, enriquecerem com as insolvências, faltarem e/ou atrasarem os pagamentos dos vencimentos e da segurança social dos trabalhadores sem que nada lhes aconteça? Quantas reportagens vimos na televisão de empresas a falirem faltando aos pagamentos dos trabalhadores enquanto o patrão se passeia de Ferrari? Se trabalhasse numa dessas fábricas, recebendo o ordenado médio de 600euros mensais, que diria se lhe reduzissem o ordenado em 7%, para dar a esse empresário, cujo o histórico empresarial refere várias falências e o histórico de património pessoal refere inúmeras casas de luxo, iates e vários carros de luxo?
E o que diria se ganhasse 600euros, pagasse o seu empréstimo ao banco X a uma TAN de 6,5% quando o Banco central europeu empresta ao banco X a uma taxa de 0,75%, e agora lhe dissessem que iam reduzir-lhe o salário em 7% para os bancos amealharem mais um pouco?
Sr. Professor, acho que acabou de elaborar um novo teorema na economia, o do caos social. Dirá o teorema “Se precisares de aumentar a produtividade na empresa, aumenta as horas de trabalho diário ao mesmo tempo que reduzes o salário dos trabalhadores”. Ora visto assim, na teoria, o resultado seria excelente, mas estamos a falar de pessoas com a tal mente irreverente de que falei, não de escravos. Por isso Sr. Professor, se quer ver o seu teorema triunfar aconselho-o a mudar de país, para um daqueles porreirinhos, como a Síria, porque para já, Portugal, ainda é uma democracia onde as pessoas ainda são consideradas não escravizadas.  

Fundações

Talvez pelo estado em que o país está, começo (perigosamente) a ter ideias um pouco radicais.
Primeiro há que definir bem o objectivo de uma fundação e o seu enquadramento legal e fiscal. Isto porque, como é hábito no nosso país, criam-se "alíneas" na lei para alterar os propósitos das coisas.
Ora bem, se uma fundação consistia num fundo deixado por alguém para acções de solidariedade nacional, ou investigação, não percebo porque é que o Estado tem de pagar o que quer que seja.
Melhor, criar uma fundação, era uma forma de garantir que o trabalho (fortuna) de uma vida, não era desbaratado por familiares, por empresários ou mesmo abocanhado pelo estado, e sim aplicado num objectivo. Isto era bom para o estado, pois no fundo disfarçava as carências no capítulo social e científico. Assim o estado definiu benefícios fiscais para este tipo de "empresa" - supostamente de fins não lucrativos.
O problema é que, como de costume, quem fez a lei deixou a porta aberta para subverter o conceito. Apareceram milhentas fundações grande parte delas, apenas para beneficiarem do regime fiscal e das (poucas) contas a prestar ao fisco. E pior que isso, o estado começou a injetar dinheiro.
E aqui é que a coisa descamba, a partir do momento que o estado coloca dinheiro, as contas das fundações deviam obrigatoriamente ser claras e auditadas. Não me choca que a fundação pague menos de IRC, mas choca-me que vivam num paraíso fiscal em que ninguém sabe o que fazem ao dinheiro. Algumas pagam até luxuosos salários.
Os meus pais sempre me disseram, em tempos difíceis vão-se os anéis fiquem os dedos. O mesmo se aplica às fundações. Mentalizem-se que somos um país pobre, se não há dinheiro para pagar salários, então acabe-se primeiro com fundações de arte, espetáculos, turismo etc. Se ainda não houver dinheiro, acabe-se com o resto, mesmo as de acção social. Não esquecer que o Estado também tem acção social, não é 5 estrelas como como a que existe nestas fundações, mas abrange milhões de pessoas, ao invés das fundações que abrangem apenas dezenas de milhares.
Claro que gostaria de viver num país melhor e com dinheiro para tudo. Mas prefiro viver num país consciente da sua realidade, com dificuldades é certo, mas com capacidade para de forma independente definir o seu futuro, do que num país a viver uma farsa, que não durará muitos mais anos, e que no final, acabará ainda mais miserável e dependente de terceiros para sair da merda em que nos meteram.
Segundo a história, Noé também não podia salvar todos, teve que optar pelo essencial.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Passos "Se isto vai tudo correr bem ou mal depende muito da nossa vontade colectiva"

“…”
Durante um almoço conferência sobre desenvolvimento sustentável, no Centro de Congressos do Estoril, Pedro Passos Coelho defendeu que Portugal está "no sentido correto", mas questionou se existe "a vontade suficiente e a consciência necessária para continuar este processo daqui para a frente ou não".

"Quanto ao nível de vontade colectiva e de consciência colectiva do que temos de fazer daqui para a frente, a mim cabe-me fazer alguma pedagogia, dar algumas pistas de reflexão, mas sois vós, no conjunto, é a sociedade que tem de se manifestar quanto a isso. Saber se daqui para a frente isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal depende muito da nossa vontade colectiva e da consciência que temos dos problemas", afirmou.
“…”

Notícia em: http://www.noticiasaominuto.com/politica/12324/se-isto-vai-tudo-correr-bem-ou-mal-depende-muito-da-nossa-vontade-colectiva#.UGSKHJjR5qw

É precisamente isso (parece-me) que está a faltar: “da nossa vontade coletiva”.
Esta crise é uma oportunidade para “arrumar a casa”, isto é, para corrigir erros do passado, e fazer as reformas estruturais que tanto urgem. Acima de tudo, uma excelente oportunidade para mobilizar a população portuguesa.
Não me parece que esteja a ser conseguido.
Gostaria que o Sr. Primeiro-ministro fizesse mais do que “a mim cabe-me fazer alguma pedagogia, dar algumas pistas de reflexão“.
Gostaria que fosse melhor explicado como aqui chegámos, e o que precisamos de fazer para ultrapassar esta crise.
Gostaria que houvesse mais orientações para objetivos específicos e uma estratégia que chegasse a todos para alcançar esse desígnio comum.
Se compreendermos o plano para sair da crise, as reformas que são necessárias, o que fazer para que os mesmos erros nunca mais se repitam, e, se para além de compreender, ficarmos convencidos que não só é o melhor caminho para ultrapassar esta crise mas também que dessa forma estamos a contribuir para um país mais forte com um futuro melhor, então creio que estaremos todos muito mais disponíveis para suportar sacrifícios e com muito mais vontade de participar nesse processo de ajudar o país a ir para a frente.
As comunicações ao país têm sido quase exclusivamente para anunciar mais cortes e mais austeridade e menos vencimento, etc., e que só assim vamos sair desta crise, continuando a suportar esta crescente austeridade com muita capacidade de resignação e de sacrifício.
Parece-me pouco.
Mais uma coisa, não se pode mentir aos portugueses. É proibido mentir!
Quando nos vêm dizer que os cortes nos subsídios são temporários, que mais tarde serão devolvidos, isso não casa com “o aumento da TSU é para ficar”.
Se não tivesse havido recuo na medida de subir a taxa da TSU em 7% para os trabalhadores, quando fossem devolvidos os subsídios, esse aumento da TSU absorvia pelo menos um dos subsídios.
Senti-me enganado Sr. Primeiro-ministro, e agora, estou desconfiado.
Gostaria muito que o Sr. Primeiro-ministro falasse sempre verdade aos portugueses, e que fosse capaz de os mobilizar para este grande desafio que é tornar Portugal um país mais desenvolvido, com melhor nível de vida e menos desigualdades, como fizeram alguns grandes líderes, que dessa forma ajudaram o seu povo a levantar o seu país, após por exemplo, uma guerra ou uma catástrofe natural.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bem prega Frei Tomás

Li neste site: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia-mundial/bce-sede-edificio-desvio-derrapagem/1376611-5206.html, a notícia sobre a derrapagem na construção do novo edifício sede do BCE. Segundo consta e ainda por concluir, a derrapagem segue nos 40%. Este número já causa impacto, uma vez que até há bem pouco tempo, em Portugal, o tribunal de contas não permitia mais de 15%. Mas ainda mais impressionante é saber que o custo inicial de 850milhões de euros (um valor já de si surpreendente para um edifício) vai subir para 1.200 milhões de euros!!. Tenho para mim que alguns gabinetes vão ser forrados a talha dourada. E acredito também com todas as forças que ainda me restam, que nessa mesma talha estará escrito algo como “Aureus benigne dummodo a Lusitanis populum” - Ouro gentilmente cedido pelo povo português – em honra ao nosso sacrifício.
Isto tudo passaria ao lado não fosse essa entidade espacial – visto que certamente opera noutro universo, quiçá outra galáxia, tudo menos o continente europeu – estar a controlar os empréstimos à Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha e a pregar medidas de austeridade. Essa mesma entidade que assistiu aos resgates desses países impávida e serena, recusando-se a intervir, obrigando esses países a endividarem-se a taxas de juro altíssimas, cujas prestações pesam e de que maneira no défice, obrigando à humilhação do povo com sucessivas medidas de austeridade.
É caso para dizer “Bem prega Frei Tomás, façam o que ele diz, mas não o que ele faz”.

domingo, 23 de setembro de 2012

Madeira Island Summer Closing

Tive oportunidade de na sexta-feira passada 21 de Setembro, assistir ao festival http://www.summerclosing.pt/ , a decorrer no parque de Santa Catarina – Funchal.
Nesse dia subiam ao palco, BOSS AC e Sétima Legião. Nenhuma das bandas “é do meu tempo”. Os primeiros são demasiado rapper e novos para mim e na altura de êxito dos segundos, eu ainda devia andar de chupeta. É claro que a minha preferência recaía nos segundos, até porque conheço bem o singles Sete Mares, Noutro Lugar e Por Quem Não Esqueci. Confesso que surpreenderam pela positiva. Fizeram uma actuação altamente profissional, com grande entrega e emoção. Gostei de ver o Rodrigo Leão numa versão mais pop, agarrado ao baixo (eléctrico claro) de T-Shirt, calças largas e ténis (talvez All-Star). Se tivesse entrado no conjunto BOSS AC de certeza que tinha passado despercebido.
Tive pena que o público tivesse debandado após a actuação dos BOSS AC, tendo-se reduzido para um terço. Aquela actuação dos Sétima Legião tinha merecido uma plateia cheia, até porque a banda reuniu-se no verão para actuar apenas este ano. Acho que era justo e merecido um apoio mais forte. Quando vejo estádios cheios para ver mulheres semi-nuas aos pulos a guinchar ao som de música programada em computadores, fico triste que uma banda nacional com uma sonoridade tão trabalhada e diversificada se fique por uns 2mil espectadores… (se tantos).

Parabéns aos Sétima Legião pelo bonito espectáculo proporcionado, em pleno coração da cidade da pérola do atlântico.

TAP - Privatize-se, já!

6h15. Entro no táxi a todo o vapor pois o check-in termina às 6h40 e como as férias e o carcanhol não abundam, convém não perder o voo.
6h30. Chego à zona das partidas e olho para o painel informativo - o voo atrasou 40minutos, a hora de voo passou para as 8h50.
8h30. Começa o embarque. Entro no autocarro que me vai levar para o avião. Como está cheio fico de pé.
9h00. Ainda estou de pé no autocarro a perguntar-me porque raios me mandaram embarcar.
9h30. Finalmente levanto voo.


Atrasos acontecem, mas confesso que me irrita ter pago mais caro por um voo Tap marcado para as 8h10, haver um easy jet para a mesma hora e o lowcost sair à hora marcada e o meu atrasa 1h20min!. Mais ainda, estar a secar de pé dentro do autocarro e ver a tripulação a chegar atrasada. Se é para funcionar assim, ganhando o que ganham então PRIVATIZE-SE! E JÁ!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Sondagem: 87% estão desiludidos com a democracia

“Uma sondagem realizada pela Universidade Católica sugere que o número de portugueses desiludidos com a democracia chega aos 87%. 

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/sondagem-diz-que-87-dos-portugueses-estao-desiludidos-com-a-democracia-1563811




No passado dia 15 de setembro, os portugueses manifestaram-se de forma exemplar.

Temos de nos mentalizar que é nosso dever participar ativamente na construção de um futuro melhor para o país.

A manifestação não foi em vão, nem pôde ser ignorada.

Acredito que o país e a democracia ficaram a ganhar.

Desejo que as manifestações não acabem, nem parem, nunca.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Governo aumenta preços dos divórcios e partilha de bens

Governo aumenta quase todas as taxas pagas pelos serviços e registos nas conservatórias públicas”.

Todos os anos há algumas alterações pontuais, mas agora Paula Teixeira da Cruz faz uma revisão mais profunda. Objectivo: tentar captar receita e equiparar preços aos dos privados, estimular o empreendorismo e a actividade económica”.
(…)
"Há um aumento generalizado e significativo nos procedimentos, nalguns casos perto dos 70%", reagiu ontem ao Diário Económico o bastonário da Ordem dos Notários. João Maia Rodrigues representa os notários privados e reconhece que este aumento generalizado das taxas torna "mais equilibrada" a concorrência entre as conservatórias do Estado e privados”.



Este sim é o verdadeiro conceito de serviço público.
As conservatórias do Estado passam a ter como principal propósito (o mesmo que os privados): O Lucro; para que depois possam distribuir dividendos pelos seus acionistas: Os Contribuintes.


Os bons empregos conseguem-se ao jantar



por ANDRÉ MACEDO in DN - Diário de Notícias


Tenho um amigo que navega muito em sites estrangeiros por questões terapêuticas. Em vez de ir ao psicólogo recompor-se das agruras encontrou um método mais barato: passa os olhos por oportunidades de carreira fora de Portugal e assim mantém uma perspetiva equilibrada sobre a realidade. O que ele descobriu é bom: nem todos os países têm um outlook tão negro como o nosso - há negócios, há crescimento, há emprego por esse mundo fora -, e só perceber isso já é um grande alívio.
Esta semana, por exemplo, a Economist publicava um anúncio de emprego inesperado. A Rainha de Inglaterra - na verdade o Ministério das Finanças - acaba de lançar um concurso para o cargo de governador do Banco Central de Inglaterra. O atual governador, Marvyn King, termina o mandato em junho, é preciso encontrar um substituto e nada melhor do que um anúncio para escolher o mais capaz. Quem souber de macroeconomia e for "bom comunicador" (cito o reclame) pode enviar o CV. Deixo aqui o e-mail: boe.governor@hmtreasury.gsi.gov.uk.
Por razões evidentes, não estou a pensar em Gaspar. Estou apenas a confirmar que somos especiais. Não me lembro de uma única oferta de emprego para cargos de topo nacionais. Nem no Banco de Portugal, nem em qualquer regulador, nem sequer em empresas públicas. Julgo até que poderia ser considerado perigoso um anúncio assim. Nós temos outro método de escolha. Resolvemos tudo em segredo, a meio de uma jantarada, e é nessa atmosfera íntima que se estabelece a cumplicidade que garante o êxito de Portugal.
Este método de recrutamento tem imensas vantagens. Não se perde tempo com maçadas: pesquisas, entrevistas, etc. Os candidatos são quase sempre os mesmos, capazes até de acumular responsabilidades extraordinárias em sectores da mais diversa natureza. E há sempre uma justificação para as contratações: uma relação direta entre o contratado, quem contrata e a confiança pessoal que unirá os dois para sempre. É uma forma muito particular de transparência em assuntos do Estado.
Nos próximos dias, só para dar um exemplo, vamos ficar a saber quem são os administradores nomeados pelo Governo para o BCP e o BPI. São lugares muito relevantes que permitem estar onde ainda está algum dinheiro. Não falta gente capaz de os desempenhar. Gente que sabe de banca, risco de crédito e essas minudências. O problema é que estes gestores (em regra) não jantam com as pessoas, digamos, mais adequadas. Resta-lhes navegar na Internet e ler os classificados da Economist. Talvez um dia se safem ao serviço da Rainha.


Parlamento Metade dos deputados acumula funções no sector privado
O Parlamento está cheio de advogados, consultores, gestores e empresários. No total, 117 deputados portugueses também são trabalhadores a tempo inteiro noutros sectores.


Mais de metade dos deputados também trabalha no sector privado, escreve hoje o Jornal de Negócios, recordando que, em Portugal, os deputados podem acumular funções de soberania com trabalhos no sector privado.


Pergunto: Não era preferível termos menos deputados, mas que se dedicassem a tempo inteiro às funções para que foram eleitos?

Porque é que mais de metade dos deputados acumula funções?

a)   Porque não querem deixar de exercer outras funções?

b)  Porque o salário de deputado não é suficiente?

c)  Porque lhes sobra tempo?

d)  Outra.

Talvez fosse de considerar pagar mais ao deputado que se dedica a tempo inteiro, indo para tal, buscar as verbas aos deputados que trabalham em part time.

Se mais de metade dos deputados também trabalha no privado, será legítimo pensar que temos deputados a mais? Se não querem reduzir o nº de deputados, porque não querem reduzir o nº de mandatos, então porque não criar a figura do deputado a tempo inteiro e a figura do deputado a tempo parcial?

A mim isto parece-me uma grande salganhada!

Continuo a achar que era preferível termos menos deputados, empenhados, competentes e dedicados a tempo inteiro às funções para que foram eleitos (aos que já trabalhavam no privado, podia perfeitamente atribuir-lhes licença sem vencimento, durante os seus mandatos).

O que se poupava em regalias e salários com a redução do nº de deputados dava para pagar melhor aos que ficavam.
Menos deputados, provavelmente implicaria uma maior proximidade entre estes e os eleitores (desejavelmente, melhorava a comunicação entre o deputado e os eleitores).

Pesquisando no Google, encontrei esta descrição das funções do deputado:

“O deputado tem por funções representar e defender os interesses dos eleitores”.

“É o porta-voz da população na Assembleia da república, responde às necessidades e anseios da população, procura respostas legislativas para os problemas, para além de ter um papel de fiscalização face ao governo”.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012


O estado da EDP


A EDP beneficia de favores políticos sem limite por parte de políticos sem vergonha.


Por:Paulo Morais, Professor Universtário

O poder da EDP em Portugal atingiu uma dimensão perigosa. Enquanto consumidores de electricidade, estamos hoje indefesos perante um domínio absoluto e arbitrário.
Na factura de electricidade, a par dos seus consumos, as famílias são coagidas a financiar as empresas de energias renováveis, os gastos perdulários em painéis solares ou os investimentos em antenas de energia eólica. Ao onerar as contas de energia com taxas e mais taxas, em benefício próprio ou em proveito do lóbi da energia, a EDP está a exercer um poder tributário, privilégio dos estados.
A sua fúria despesista, a expensas do povo, não pára. A nova e malfadada barragem do rio Tua irá gerar lucros milionários para a EDP porque tem uma rentabilidade garantida pelo Estado, pela via do défice tarifário que todos pagamos.
Acresce que a EDP arroga-se estar à margem da lei. Bem recentemente lançou uma campanha publicitária utilizando ilegalmente crianças, visando a venda de serviços que não têm relação directa com a sua faixa etária. O que é interdito, nos termos da lei da publicidade. A EDP emprega trabalho infantil, lesa a dignidade das crianças, mas fica impune. O que só é possível porque dispõe de uma enorme influência sobre o poder político. Eduardo Catroga, em nome do PSD, advogava a redução das rendas pagas à empresa, para logo a seguir defender, enquanto presidente da eléctrica, a manutenção do seu pagamento. A ministra Assunção Cristas e o deputado Mesquita Nunes estão ligados ao escritório de advogados que assessora a sociedade nos seus maiores processos, enquanto tutelam e fiscalizam negócios em que o estado tem favorecido descaradamente a empresa. O deputado Pedro Pinto é consultor de empresas intimamente dependentes da EDP. E muitos mais.
Há muitos políticos de duas caras. Duas caras… e muitas coroas. Por outro lado, todos quantos se opõem ao poder da eléctrica, como o ex-secretário de estado Henrique Gomes, que pretendia reduzir-lhe as rendas em 165 milhões, são convidados a "demitirem-se".
Como a EDP beneficia de favores políticos sem limite por parte de políticos sem vergonha, estamos condenados à servidão a uma organização que já não é só uma empresa eléctrica. É um estado dentro do estado.
In: Correio da Manhã

O país está em crise, a economia em recessão, os cortes e a austeridade continuam em crescendo, mas não com a equidade desejada nem na devida proporcionalidade. O que o povo mais deseja, é que as medidas sejam bem explicadas e não menos importante, que sejam para todos. Mas nessas duas matérias, continuamos longe do objetivo desejado.
O Dr. Paulo Portas, em frente às câmaras tem uma face, mas por trás parece ter outra. Parece…

MNE Estado escondeu subsídios de luxo a diplomatas

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) nunca divulgou o montante dos subsídios atribuídos aos diplomatas e Paulo Portas, tal como os seus antecessores no cargo, também não vai para já divulgar esses valores, que foram alvo de críticas da troika.



In "Notícias AO Minuto":

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Assim não dá!

Estou a ver o programa da TVI24, com a Judite de Sousa e Medina Carreira. Hoje o convidado é o Dr. Paulo Morais.
O homem está a colocar a carne toda no assador. Este país está afogado em corrupção, mas pior que isso é que é governado por essa gente! :(

Rezemos pelos outros, que daqui não sai nada!!

Já não há estadistas, só políticos e quando um país é governado por políticos o resultado não pode ser bom. Segundo o dicionário, política é:
(grego politiká, assuntos públicos, ciência política)
s. f.
s. f.
1. Ciência do governo das nações.
2. Arte de regular as relações de um Estado com os outros Estados.
3. Sistema particular de um governo.
4. Tratado de política.
5. [Figurado]   [Figurado]  Modo de haver-se, em assuntos particulares, a fim de obter o que se deseja.
6. Esperteza, finura, maquiavelismo.
7. Cerimónia.Cerimônia, cortesia, civilidade, urbanidade.

Infelizmente para nós, os nossos políticos, como sempre, só foram buscar o que não interessa (e que eu sublinhei).
Vem isto a propósito desta notícia que li aqui: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=77618
Então o nosso primeiro-boi, nestes tempos de crise, dá-se ao luxo de falhar uma reunião destas? Quando todos os países que estão ou vão ser intervencionados estão lá para procurarem soluções para as dificuldades que os mesmos atravessam, Nós, o país mais periférico, que muitas vezes se queixa de ser esquecido na europa por estar geograficamente afastado, auto exclui-se desta reunião???? Está tudo doido?
E o motivo avançado pelo Primeiro-Boi de Portugal é que tem o debate quinzenal na assembleia? É por causa desta gente que o país está como está. Dão prioridade a “mandar umas bocas” aos outros partidos e a aparecerem nas televisões a enxovalharem-se como se de um concurso se tratasse, em que no final ganha quem “mandar as bocas” mais inesperadas, do que a sentarem-se no gabinete a tentar encontrar soluções para o país.
Nós todos, povo, confundimos políticos com estadistas/governantes. E votámos estes anos todos, no tipo que mandava as melhores bocas, mas que é só isso que sabe fazer: bocas. Por isso é que estamos como estamos e agora vai-nos “rebentar a boca”.
Por último, tenho para mim que o primeiro-boi não vai falar com os restantes parceiros porque simplesmente não tem nada para dizer. Coitado, ele não tem ideias, não sabe nada, é um pau mandado. Se fosse à tal reunião, era só para ser gozado pelos parceiros europeus – “oh Mariano Rajoy, este tuga é aquele que tirou a licenciatura com apenas duas cadeiras? Não??! Esse é outro??! Uhm… É que o tipo é burro que nem uma porta…”
É isto que temos à frente dos destinos do nosso país… É por isso que estamos onde estamos… E é também por isso que vamos para a miséria. A menos que, Portugal apanhe boleia dos outros países… Rezemos então pelos outros, que daqui não sai nada!!..

domingo, 16 de setembro de 2012

O ponto a que chegámos!


São de aproveitar estas tardes de domingo quente para passear um bocado, nunca muito longe porque não se pode entrar em loucuras.O passeio deste domingo em particular acabou com uma ida ao McDonalds (passo a publicidade), que isto da "europoupanca" está cada vez mais apelativo e estes fdp andam a tentar manter-me fora dos restaurantes mais caros; - larguem-me fdp! Deixe-me viver a minha vida, não têm nada que ver com o sítio onde como!

Com a barriga cheia e o coração a cavalgar para dar cabo das bolas de gordura que acabei de comer, dou comigo a olhar para o chão: - "aquilo é uma nota?" Ah raios que parecia mesmo, é só um papel enrugado, tão bom que era se fosse uma nota! E nesse momento tento lembrar-me da última vez em que encontrei uma nota recentemente, ou uma moeda que seja.. Não me lembro!
.. e até que me lembro de alguns casos enquanto criança, no parque, na escola.. Sabia tão bem! Fdp, até isso me tiraram, nem na rua há dinheiro, quem anda a pé não o tem, por isso também não o perde e ao mesmo tempo não o acha.

Já pensaram, a crise tem destas coisas. Fdp!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012


“Ministro Gaspar pede aos portugueses seis vezes mais do que precisa cortar para nova meta do défice”.

“O objectivo do Executivo é evitar desvios orçamentais no próximo ano, conseguir margem para enfrentar uma recessão mais acentuada e, ainda assim, conseguir o défice de 4,5% ou até inferior, explica o jornal”.



Ou será que o objetivo do Executivo é conseguir margem para oferecer umas benesses, lá para finais de 2014, a fim de convencer os portugueses a darem-lhe um segundo mandato nas eleições legislativas de 2015?



"Que se lixem as eleições", diz Passos Coelho.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/que-se-lixem-as-eleicoes-diz-passos-coelho=f741760#ixzz26SYEyqti



Participação Cívica.

 

Voltando á carga, está na altura de se exigir mudanças no sentido de conseguirmos uma melhor democracia, e isso passa por uma maior participação cívica. Um bom exemplo é o caso BPN.

(Custo do BPN no défice é maior que corte nos subsídios | Económico).

Foi dinheiro que saiu (e continua a sair) dos nossos bolsos e que afeta a nossa qualidade de vida.

Foram mandatados para tomar essa decisão? Se não, porque não fomos consultados?

É verdade que a decisão sobre o BPN foi tomada pelo anterior governo, mas alguém acredita que este ou outro governo teria primeiro consultado a vontade dos portugueses?

Não é prática em Portugal fazerem-se referendos (apenas 3 foram feitos: dois dobre a IVG e um sobre a regionalização).

Como é isso possível se a população portuguesa somos todos nós, e se a governação é feita com a contribuição dos nossos impostos?
Será que os governos acham que não temos maturidade para tomar decisões desta dimensão, ou simplesmente preferem ser eles a decidir o que é melhor (para quem?).
Gostava que tivessem explicado como é que o BPN faliu. O que aconteceu, como aconteceu, porque aconteceu. Queria que tivessem dado uma explicação clara, precisa e imparcial. Depois, seria explicado quais as opções e as consequências que cada uma teria. Por último, os portugueses seriam chamados a pronunciarem-se sobre qual das opções queriam que fosse seguida. Mesmo que a opção tomada não fosse a minha, saberia que foi a opção da maioria dos portugueses e não haveria razões para suspeições.
Gostava que a nossa constituição exigisse que os governos fizessem mais consultas aos portugueses.
Gostava que fosse motivo para destituição imediata de qualquer governo, o não cumprimento de promessas eleitorais, ou mais grave ainda, fazerem o oposto do que prometeram.
Claro que se admitiriam exceções, como por exemplo, o país ter sofrido um tremor de terra, mas dizer que não sabia… não é desculpa (se não sabe, não promete).

L Pamplona



O sonho de Pedro Passos Coelho


«Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar, e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. (...) Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. (...) Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portar-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à élite.»

...
José Vítor Malheiros, em «
O sonho de Pedro Passos Coelho»


Texto completo:

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os faraós da era moderna!

As manhãs são terríveis, gostava de ser daquelas pessoas que acordam sem despertador, que os olhos se abrem como se nunca tivessem fechado e que tomam o pequeno almoço enquanto escovam os dentes e passam a camisa do dia a ferro! Infelizmente não tive essa sorte, perco a conta de vezes que desligo o despertador antes de conseguir arrastar o corpo para fora da cama, meio inerte ainda da dorrmência de uma noite de sono, e não quero estar a exagerar mas por vezes penso que os olhos só focam a 100% já a caminho do trabalho.
Mas todos os dias lá estou, de pedra e cal, não fico no sofá, não vou para o café nem para a praia, ainda assim sou eu que no fim do mês tenho o privilégio de exercitar o neurónio para fazer esticar o saldo. Mas estou de consciencia tranquila, aquilo que me é dado em troca chega para pagar a casa, as contas a comida e algumas outras despesas.. sou um afortunado por ainda ter emprego? Nos tempos que correm posso ser considerado um idiota.
 
Uma coisa que me dá prazer são os minutos de animação que me separam a casa do trabalho, concentrado nas brincadeiras sem malícia de uma estação de rádio popular; até isso hoje falhou!

As notícias, são sempre as notícias.. e são sempre as mesmas, a tropa da Troika não se cala, têm sempre um miminho para nos levantar o espírito, oh seita maldita! No ano passado era a austeridade, no mês passado continua a austeridade, na semana passada mais austeridade e ontem aumentou-se a austeridade.. hoje não, hoje a austeridade afinal já não chega, afinal o País só lá vai com mais produtividade! Pra mim que tenho ouvido treinado, mais produtividade tem sabor a sábado amargo!

Sou solidário, vou trabalhar mais, vou receber menos, vou ter menos cuidados de saúde, vou ter mais arrelias, mais revolta, vou ficar cansado mais cedo e para a cova rapidamente, com isto poupo uns trocos valentes ao estado, e o país, que vai estar cá sempre, vai-me agradecer. Ou será que estou só a engordar quem não me agradece? Valemos puto..

UM GRANDE ZERO!!


É isto que tiro da entrevista do Pedro Massamá Coelho! Quer dizer, acho que percebi que também me vão tirar mais dinheiro do bolso nos próximos meses...

Mota

Políticos no seu melhor: a dormir! (lá se vai o Bacalhau!)


 

Quando soube da notícia que os países nórdicos queriam adicionar fosfatos ao bacalhau com a desculpa que ficaria mais branco, em vez da verdade – que os fosfatos ajudam a reter água pelo que vamos pagar mais por menos – disse-o logo: “lá vamos nós ser comidos pelos países do norte, uma vez mais! Depois dizem que somos malandros!”.
Infelizmente vai-se confirmar mais uma vez. Portugal é sempre desconsiderado na comissão europeia. Está para nascer o dia em que vai sair do parlamento europeu uma lei que beneficia claramente Portugal em detrimento dos restantes membros.
Mas isto não é sina, é incompetência dos nossos políticos. A maioria deles é tão competente como um pinguim a voar. São pessoas impreparadas para defender os interesses deste povo.
Talvez por isso não me surpreenda a notícia que vi hoje no expresso on-line. Após a apresentação da proposta em 2011, foi necessário um ano e os empresários de secagem do peixe fazerem barulho, para aquela récua instalada no parlamento europeu se debruçar sobre o assunto.
A cereja no topo do bolo é ver que a Ministra da Agricultura resolveu dar um ar da sua graça em 30 de Julho de 2012, quando a votação no parlamento europeu da proposta nórdica seria realizada hoje dia 13 de Setembro de 2012.
Ou seja, será que a Sr.ª ministra acha que os seus camaradas europeus não vão de férias em agosto? Acha que em 15 dias vai convencer alguém a votar a nosso favor?
Ou é incompetência ou negligência, mas nenhuma delas fica bem a uma ministra. Demita-se já.

Depois da asneira há que pensar em diminuir os estragos. Proibir-se a comercialização deste produto em Portugal – para não se roubar ainda mais o povo – mas permitir que as empresas nacionais exportem este tipo de produto – caso contrário perdem competitividade com as empresas nórdicas, o que significa mais desemprego.

Notícia do expresso:

 
Governo reagiu tarde?

O dossiê técnico sobre esta modificação aos regulamentos acuais foi apresentado na Primavera de 2011 e as discussões ao nível de peritos, ou seja, envolvendo representantes de todos os Estados-Membros, arrancaram no início deste ano. Mas só em fevereiro deste ano é que Portugal 'acordou' para o problema, depois da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) ter soado o alarme. É nessa altura que surgem os primeiros artigos na imprensa e é na reunião de peritos europeus do dia 27 de fevereiro que Portugal levanta pela primeira vez "preocupações" em relação à proposta.
No Parlamento Europeu os primeiros a intervir foram Capoulas Santos e Maria do Céu Patrão Neves, os eurodeputados do PS e do PSD com assento na comissão da agricultura, que questionaram a Comissão Europeia sobre o assunto também em Fevereiro. Na mesma altura, Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, utilizou uma intervenção no plenário do para fazer eco das preocupações levantadas pela AIB.
A oposição do governo português foi subindo de tom desde fevereiro e acabou por envolver contactos ao mais alto nível com o comissário europeu responsável pelo pelouro e com o envolvimento do gabinete do próprio presidente da Comissão Europeia. Assunção Cristas escreveu ao comissário europeu responsável pela defesa dos consumidores, uma missiva remetida com a data de 30 de julho e que chegou à Comissão em plena pausa estival.

Ler mais:
http://expresso.sapo.pt/bacalhau-com-fosfatos-a-partir-de-2013=f752890#ixzz26LAzqqSA




Mota

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PPC 2011 Vs PPC 2012 - Como seria?

Confesso que não resisti a recordar o debate de PPC com Sócrates. Parece-me bastante contemporâneo, com papéis invertidos claro.


Fiz um resumo do que importa, o resto é palha…

4:20 - 5:55 PPC coloca algumas perguntas, que poderiam ser colocadas hoje ao actual PM (ele próprio).
15:10 – 16:40 – Uma vez mais, creio que se adapta bem, se ele estava chocado com os 700mil desempregados, que diria agora que ultrapassámos os 820mil? Se estava chocado com a diminuição de prestações sociais, que diria do corte de subsídios? E dos +7% que vamos pagar do nosso bolso para a SSocial?
25:30 – 26:05 Afinal ele já admite que existe uma crise internacional, e afinal ele já sabia que o número de desempregados ia subir para mais de 800mil em um ano! Então e não fez nada para o evitar?
43.35 – 44:58 – José Sócrates diz que o PSD não diz onde vai buscar o dinheiro para compensar a descida da taxa social única em 8%, ficámos agora a saber: ao nosso bolso!. E o facto é que PPC não respondeu…
49:57 – 50:20  PPC critica Sócrates porque baixou o défice à custa de impostos, que diria agora depois de ter aumentado os impostos e o défice ter ficado em 6,9% quando era suposto atingir 4,5%? Em 2010 foi de 6,8%, tendo subido para 8,6 devido aos custos do BPN, BPP e absorção de dívidas das empresas públicas. Em 2012 vamos com 6,9%.. e já vendemos a EDP e a REN…
1:00:40 Intervenção final de PPC.. não sei porquê, mas acho que hoje o Seguro podia dizer as mesmas palavras sobre PPC.

Como as coisas são iguais… Estes políticos parecem material reciclado! Não seria engraçado ver um jornalista a colocar PPC versão 2012, a responder a PPC versão 2011? J

Mais de um ano depois, vejo a cara do PPC e penso: vê-se que o homem estava a mentir descaradamente.


Mota