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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Futebol e TV - Parte II


Fonte: Abola

Ainda sobre as transmissões televisivas, não posso deixar de concordar com as declarações de Manuel Machado - treinador no Nacional da Madeira - quando referiu que os acordos conseguidos pelo Benfica, Porto e Sporting eram muito bons para os grandes mas muito maus para os pequenos clubes. Que os grandes ficariam ainda maiores e os mais pequenos cada vez mais pequeninos.
De facto a centralização dos direitos televisivos e respectiva distribuição de receitas através de factores de ponderação estão na origem da revolução que aconteceu nos últimos dois anos no futebol Inglês.
Agora não são só os grandes que compram bons jogadores, vemos pequenos clubes a darem 10, 20 ou 30 milhões por jogadores que há uns anos seria impensável.
Temos por isso uma Premiere League muito competitiva pois a diferença de orçamentos, apesar de ainda ser grande, não é abismal. 500milhões para 80 milhões é uma diferença de 6,25 vezes.
Em Portugal, no ano em que o Olhanense desceu de divisão (2anos atrás), o Benfica venceu a liga com o orçamento de 95milhões e o Olhanense desceu de divisão com um orçamento de 1,9 milhões – com muito incumprimento à mistura – numa diferença que se cifra em 50x.

Com uma diferença financeira menor, sobressai quem melhor gere o seu dinheiro. Talvez por isso não seja de estranhar que, com vinte jornadas, clubes como o Leicester, West Ham, Crystal Palace, Watford, e Stoke City se encontrem na primeira metade da tabela. Clubes que sempre me lembro de ver a lutar por não descer.
No inverso temos o Everton, Chelsea, Newcastle e Aston Villa na segunda metade da tabela com algumas dificuldades.

Os pequenos ficaram maiores e os grandes mantiveram-se grandes, mas alcançáveis.