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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

EMA – Não comes tu, nem como eu.

O Porto e Portugal perderam a EMA para Amesterdão. É um desfecho que não me surpreende. Quando soube da notícia que Lisboa se ia candidatar a receber a EMA (Agência Europeia do Medicamento) que ia abandonar as terras de “Sua Majestade” na consequência do Brexit, pensei na altura que ia ser difícil, mas que a concretizar-se seria muito bem jogado e bom para a economia.
Mas depois… Bom, depois veio o Rui Moreira com o discurso dos tiranos da capital que centralizam tudo e o António Costa a querer ajudar o Pizarro candidato pelo PS à CM do Porto e pensei que isto ainda ia dar asneira. Ainda me lembro de ouvir uns lunáticos a dizer que o Porto era “Central”, que descentralizar era levar para Castelo Branco, Viseu, Covilhã… (é tudo gente doida!)


Quando soube da decisão abrupta do Governo que afinal ia ser o Porto a cidade portuguesa candidata a receber a EMA e que ia concorrer com Copenhaga, Amesterdão, Barcelona, Milão e Estocolmo entre outras, pensei para mim “já fostes..”.
Qualquer uma das cidades referidas está no mínimo ao nível de Lisboa, portanto mesmo Lisboa ir ter dificuldades em ganhar, quanto mais o Porto!!.

As autárquicas passaram, o Pizarro e o PS não ganharam e agora vem esta derrota da candidatura do Porto.

Este Zé Povinho esquece-se que não somos nós que decidimos para onde a EMA vai, são eles. E eles vão escolher cidades onde seja fácil receber cerca de 70mil visitantes anuais. O Porto estava no limite do cumprimento dos requisitos mínimos para concorrer à Agência.
Politiquices sobrepuseram-se ao superior interesse nacional e o país é que perde. Como todos os partidos foram demagógicos a atacar o governo e a centralização de serviços em Lisboa, agora estão também eles bem caladinhos, mas que foi um tiro nos pés foi e que nos faz imensa falta faz. Até porque poderia atrair mais investimentos da indústria farmacêutica para Portugal. Asneira e da grossa!..

Enfim, não comes tu nem como eu.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Interferência de “hackers” russos

Tenho ouvido na rádio, mas acredito que ande por outros meios de comunicação social, a notícia que os russos, ou mais corretamente, os cibernautas russos, hackers ao serviço do governo, têm promovido ataques dissimulados, através do Twytter, Facebook e outras redes sociais, com vista a criar instabilidade na Europa e nos EUA. Por exemplo, atribuem responsabilidade aos piratas informáticos russos pelos resultados eleitorais na América. Quando digo atribuem, refiro-me às autoridades dos respetivos países e instituições internacionais. Outro exemplo, é o caso do Brexit que aconteceu em parte devido à intervenção dos mal-intencionados russos, ou, mais recentemente, o que se está a passar na Catalunha que já levou as autoridades espanholas e questionar o Ministro dos Negócios Estrangeiros Russo, assim como o Embaixador em Espanha, sobre a alegada intervenção dos cibernautas russos, a qual foi prontamente negada, embora Putin já tenha admitido a possibilidade dos hackers serem russos, nega o envolvimento do seu governo, alegando que os mesmo atuam com base nos seus próprios ideias.
A questão que tenciono levantar é esta: será possível que pretendam responsabilizar a intenção do povo britânico de abandonar a União Europeia com uma eventual influência dos russos através das redes socias? Estão a dizer que as pessoas tomam decisões tão importantes com base em comentários no Twitter ou “posts” no Facebook? Decidem que a seguir a Barack Obama faz sentido Donald Trump com base no que leram nas redes sociais? Ou que está na altura de sair de Espanha e da União Europeia? Então se assim é, podemos concluir que “somos” muito fáceis de influenciar…
Ou será que tudo isto não passa de uma estratégia para inserir o “lápis azul” nas redes sociais? Poderão estar a preparar-nos para estender o “Big Brother” à internet, nomeadamente às páginas mais visitadas?

Obviamente que não sei! Pode tudo não passar de uma teoria da conspiração na minha cabeça. Mas acho estranho esta acusação sobre os Russos. Não só estão a dizer que tomamos determinadas decisões porque fomos indevidamente mal influenciados, mas também a preparar terreno para mais tarde poderem retirar-nos liberdades porque “não estamos” preparados para as ter. Parece que nos estão a querer tratar como criancinhas. Reparem, sou um enorme admirador de Barak Obama, tenho pena que os ingleses tenham decidido sair da União Europeia e não menos se o Barça deixar de jogar a “La Liga”, mas continuo a acreditar na liberdade de decisão individual e na democracia.