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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Zé Trolha & Picareta


 

Estádio Nacional (do Jamor) - Remodelar?

 

Com o aproximar do final da Taça de Portugal volta o tema que todos os anos vem “à baila” por esta altura: para quê jogar no Jamor quando existem outros estádios de futebol melhores?

Bom, efetivamente o estádio está ultrapassado para os padrões atuais. Caramba, é de 1944!! Se não estivesse ultrapassado é que seria estranho!

Para mim, que cresci a ver estas finais e as romarias na mata do Jamor em dias de jogos, nem me passa pela cabeça que a final seja noutro lugar. É um espaço que não fica longe do comboio, tem imenso estacionamento e espaço para convívio.

Mas compreendo quem não goste. As Instalações Sanitárias, por exemplo, são um problema, tal como a entrada no estádio. Não percebo a inércia da federação relativamente ao complexo do Jamor. Não é necessário fazer um estádio novo, bastaria apenas fazer umas pequenas remodelações para melhorar significativamente o estádio sem alterar grande coisa.

Relembro que o estádio foi construído escavado no terreno com as bancadas a serem construídas com blocos de pedra assentes no terreno.

A federação lançou ainda no final do ano passado (2023) um concurso para propostas de projeto com um valor de obra até 25M€. Penso que será suficiente para melhorar, mas tudo depende de quão longe se quer ir e qual o futuro a dar à instalação.

Se o objetivo é melhorar as condições de segurança e “saúde” bastaria fazer um corredor externo (a amarelo) escavado uns 4 m e escavar uns rasgos até meio da bancada (a azul) para criar acessos, repondo depois a bancada por cima. Criar junto aos acessos pequenos edifícios para as instalações sanitárias e um bar (a roxo) para disponibilizar bebida e comida. Por fim, o acesso exterior a esse novo corredor através de uma nova porta de entrada sul com a bilheteira (a verde).

Só estas pequenas alterações, coisa para custar uns 2 milhões no lado sul e mais 2 milhões no lado norte, fariam uma diferença enorme no recinto sem alterar a traça do mesmo (e assim sem ferir sentimentos nostálgicos).

  

Partindo daqui o céu é o limite. Em vez do corredor amarelo poderia ser feito uma estrutura de suporte a uma cobertura do 2º anel. Ou 2º e 1º anel (mais caro). Ou poderia ser um edifício apenas com camarotes. Alterar a tribuna atual? Ou não alterar? Construir bancada no lado nascente ou deixar o espaço amplo como está? É necessário aumentar o n.º de lugares sentados ou não? Quer-se o estádio para fazer parte da organização de um mundial de rugby com Espanha ou não?

Antes de remodelar é necessário decidir qual o propósito da infraestrutura.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Recentemente fiz umas perguntas ao Gemini (IA da Google) e o que mais me impressionou foi a primeira parte das respostas (antes das descrições mais técnicas), porque, claramente, a inteligência do “outro lado” percebe as perguntas. Imagino se é assim agora, que está a começar, como será dentro de 20 anos…

As minhas perguntas estão a bold e as respostas do Gemini a itálico.

Li um artigo que dizia que os raios de sol quando faziam reflexão na terra, deviam voltar para o espaço, mas que muitas vezes isso não acontecia porque batiam nos átomos de carbono (e outros) que estão na atmosfera, e que era isso que provocava o efeito de estufa. é verdade?

A afirmação de que os raios solares que batem na Terra deveriam retornar ao espaço, mas são retidos pelos gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, está parcialmente correta. É verdade que os gases do efeito estufa contribuem para o efeito estufa, mas o processo é um pouco mais complexo do que a simples reflexão.

O que é o efeito estufa?

O efeito estufa é um processo natural que mantém a Terra habitável. A atmosfera terrestre contém gases como dióxido de carbono, metano e vapor d'água, que absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra. Essa radiação infravermelha é o que nos mantém aquecidos após o pôr do sol. Sem esses gases, a temperatura média da Terra seria cerca de 33°C mais fria, tornando o planeta inóspito para a maioria das formas de vida.

Como os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global?

As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a agricultura, aumentaram significativamente as concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera desde a era pré-industrial. Esse aumento está intensificando o efeito estufa natural, levando a um aumento da temperatura global, conhecido como aquecimento global.

O que acontece com os raios solares que batem na Terra?

Quando a radiação solar atinge a Terra, parte dela é refletida de volta ao espaço pelas nuvens, gelo, neve e outras superfícies reflexivas. A outra parte é absorvida pela superfície terrestre, aquecendo-a. A superfície aquecida emite radiação infravermelha, que é parcialmente absorvida pelos gases do efeito estufa na atmosfera. Essa radiação infravermelha retida aquece a atmosfera inferior, o que por sua vez aquece a superfície terrestre em um ciclo.

É importante lembrar que o efeito estufa é um processo complexo e os gases do efeito estufa desempenham um papel crucial na regulação do clima da Terra. No entanto, o aumento excessivo das concentrações de gases do efeito estufa pelas atividades humanas está desequilibrando esse sistema natural, levando a consequências graves como o aquecimento global, a elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos e mudanças nos padrões de precipitação.

Para combater o aquecimento global e mitigar seus impactos, é necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa através da transição para fontes de energia renováveis, da adoção de práticas agrícolas sustentáveis e da proteção das florestas.

De acordo com o artigo, os fotões batiam nos átomos de carbono (e outros) e em vez de seguir para o espaço, retornavam para a terra. Isto está correto?

A afirmação de que os fótons que atingem os átomos de carbono (e outros) na atmosfera e retornam à Terra em vez de seguir para o espaço está incorreta.

Embora os gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, possam interagir com os fótons da radiação solar, o processo não é tão simples quanto um rebote direto.

O que acontece realmente:

  • Absorção e emissão: Quando um fóton de radiação solar colide com um átomo de carbono, ele pode ser absorvido pelo átomo. O átomo então usa a energia do fóton para excitar um elétron para um nível de energia mais alto. No entanto, o elétron logo volta ao seu estado original de menor energia, liberando a energia na forma de outro fóton. Esse fóton reemitido pode ser direcionado em qualquer direção, incluindo de volta para a Terra ou para o espaço.
  • Espalhamento: Além da absorção e emissão, os fótons também podem ser espalhados por átomos e moléculas na atmosfera. O espalhamento é um processo em que a direção do fóton é alterada sem que sua energia seja alterada. Esse processo é responsável pelo céu azul durante o dia.
  • Difusão: Em alguns casos, os fótons podem sofrer múltiplos eventos de espalhamento antes de escapar da atmosfera. Esse processo é chamado de difusão e é responsável pela cor branca das nuvens.

Portanto, os fotons da radiação solar também colidem com os átomos de carbono e outros no caminho descendente? Isto é, quando vêm do Sol para a Terra?

Sim, os fótons da radiação solar colidem com os átomos de carbono e outros elementos na atmosfera no caminho descendente, ou seja, quando viajam do Sol para a Terra. Essa interação é fundamental para o efeito estufa, mas não da maneira descrita em alguns artigos que afirmam que os fótons simplesmente ricocheteiam de volta para a Terra.

Mas podiam ser enviados novamente para o espaço sem chegar à superfície da Terra?

Sim, os fótons da radiação solar podem ser enviados de volta ao espaço sem chegar à superfície da Terra de várias maneiras:

1. Reflexão: Uma parte da radiação solar incide diretamente em superfícies reflexivas, como nuvens, gelo, neve e água, e é refletida de volta ao espaço sem interagir com a atmosfera.

2. Espalhamento: Os fótons podem ser espalhados por átomos e moléculas na atmosfera, alterando sua direção. Em alguns casos, esse espalhamento pode direcionar os fótons de volta para o espaço antes que eles atinjam a superfície terrestre.

3. Absorção e emissão: Quando um fóton é absorvido por um átomo ou molécula, ele pode ser reemitido em qualquer direção, inclusive de volta para o espaço.

4. Difusão: Os fótons podem sofrer múltiplos eventos de espalhamento dentro da atmosfera, o que pode levar a um caminho tortuoso que eventualmente os direciona de volta para o espaço antes de atingirem a superfície.

Fatores que influenciam a quantidade de radiação solar que retorna ao espaço:

  • Tipo de superfície: Superfícies mais reflexivas, como neve e gelo, refletem mais radiação solar do que superfícies menos reflexivas, como florestas e oceanos.
  • Ângulo da radiação solar: A radiação solar que incide em um ângulo mais oblíquo tem maior probabilidade de ser refletida de volta ao espaço do que a radiação solar que incide em um ângulo mais direto.
  • Composição da atmosfera: A quantidade de gases do efeito estufa e outras partículas na atmosfera pode afetar o espalhamento e a absorção da radiação solar, influenciando a quantidade que retorna ao espaço.

Em resumo:

  • Uma parte significativa da radiação solar que atinge a Terra é refletida de volta ao espaço por nuvens, gelo, neve e outras superfícies reflexivas.
  • Os fótons também podem ser espalhados ou absorvidos e reemitidos pela atmosfera, com alguns deles sendo direcionados de volta para o espaço.
  • A quantidade de radiação solar que retorna ao espaço depende de vários fatores, como o tipo de superfície, o ângulo da radiação solar e a composição da atmosfera.

Gostava de perceber porque é que os gases com efeito de estufa funcionam mais como uma estufa, ou seja, conservando o calor, e não como um chapéu de Sol, prevenindo o calor de chegar ao solo?

É uma ótima pergunta! A analogia com a estufa é útil para entender o efeito básico dos gases do efeito estufa, mas é importante ter em mente que o processo na atmosfera é mais complexo.

Diferenças entre efeito estufa e chapéu de Sol:

  • Estufa: Uma estufa retém o calor dentro de sua estrutura transparente, principalmente por dois mecanismos:
    1. Redução da convecção: O ar quente dentro da estufa tende a subir, mas a cobertura transparente impede que ele escape, fazendo com que o calor se acumule no interior.
    2. Emissão infravermelha: A superfície aquecida dentro da estufa emite radiação infravermelha, que é menos eficaz em escapar do que a radiação solar visível. A cobertura transparente bloqueia essa radiação infravermelha, impedindo que ela se dissipe no espaço e retendo o calor dentro da estufa.
  • Chapéu de Sol: Um chapéu de Sol funciona de forma oposta, bloqueando a radiação solar visível que aquece diretamente a superfície. Ao impedir que a radiação solar atinja o solo, o chapéu de Sol ajuda a manter a temperatura mais baixa.

Gases do efeito estufa e a atmosfera:

  • Absorção de radiação infravermelha: Os gases do efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e vapor d'água, absorvem radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre. Essa radiação infravermelha é essencial para manter a temperatura média da Terra em um nível habitável, pois impede que ela se dissipe rapidamente no espaço.
  • Emissão em todas as direções: Ao absorver a radiação infravermelha, os gases do efeito estufa não apenas a retêm, mas também a reemitem em todas as direções, incluindo de volta para a superfície terrestre. Essa reemissão de radiação infravermelha contribui para o aquecimento adicional da superfície e da baixa atmosfera.

Analogia mais precisa:

Em vez de pensar nos gases do efeito estufa como um chapéu de Sol, uma analogia mais precisa seria compará-los a um cobertor. Um cobertor retém o calor corporal principalmente por meio da radiação infravermelha, da mesma forma que os gases do efeito estufa retém o calor da Terra.

Conclusão:

  • Os gases do efeito estufa funcionam de maneira similar a uma estufa, retendo o calor através da absorção e reemissão de radiação infravermelha, e não apenas bloqueando a radiação solar como um chapéu de Sol.
  • O efeito estufa é um processo natural e essencial para a vida na Terra, mas o aumento excessivo de gases do efeito estufa pelas atividades humanas está intensificando esse efeito natural, levando ao aquecimento global.

Espero que essa explicação mais detalhada ajude a esclarecer suas dúvidas sobre o papel dos gases do efeito estufa na atmosfera! 


segunda-feira, 6 de maio de 2024

Sporting Campeão 2023/24 E se corre bem?

 

Sou leão, pelo que o meu comentário, muito provavelmente, será tendencioso, mas tentarei ser objetivo na análise.

Na altura da contratação de Rúben Amorim, o mesmo referiu: "e se corre bem?" Por  vezes o sucesso segue mesmo esse "random" de eventos ao longo da vida.


Não considero que o Sporting tivesse o plantel mais completo. Não que meça a qualidade pelo dinheiro investido. Se assim fosse, o Benfica ganhava todos os anos, tal é a diferença de capacidade de investimento que tem face aos restantes. Mas, pelas várias opções que os mais diretos rivais tinham para as várias posições, o plantel do Sporting tinha claramente lacunas.

Recordo que neste fim-de-semana, por exemplo, o FCP viu-se privado de 10 jogadores, uns por birra do seu treinador, e ainda assim ganhou.

Vamos aos factos:

1)     Para defesa direito perdemos um jogador como o Pedro Porro e tínhamos à partida, um Esgaio (que convence poucos, é jogador esforçado mas não brilha), um Fresneda, miúdo vindo de lesão longa e sem jogar e um Geny Catamo que jogou num Marítimo amorfo que desceu de divisão.

2)     Para o meio-campo, cuja tática exige dois jogadores, tínhamos Morita como único jogador testado e comprovado. Veio Hjulman acabado de chegar de uma equipa italiana (Lecce) que lutou para não descer de divisão. Voltou Daniel Bragança depois de 1 ano inteiro lesionado e, diga-se, é mais médio ofensivo do que médio centro. E pronto. Apenas 3 jogadores para 2 lugares. Só a meio da temporada chegou um Koba Koindredi (suplente no Estoril) para dar mais opções e porque Morita andava na Taça Asiática.

3)     Para avançado tínhamos 1 avançado (muito lento) e chegou um jogador da 2ª liga inglesa. Ficámos com 2 jogadores para 1 posição.

4)     Para a posição de extremos (RA joga com 2), tínhamos apenas 3 jogadores, Trincão (um desespero), Edwards (muito leve fisicamente) e Pedro Gonçalves (um médio adaptado a extremo).

5)     O GR também não é fabuloso.

Os únicos sectores em que o Sporting estava efetivamente forte, eram o centro da defesa (Diomande, Inácio, Coates, St. Juste, Quaresma, Luis Neto) e a lateral esquerda com Matheus Reis e Nuno Santos, ambos com 2 jogadores por posição e jogadores já com garantia de qualidade.

Curioso é que, olhando para os rivais, no primeiro terço do campeonato, a defesa do Porto sofreu bastante e a do Benfica também não ficou atrás.

Acresce a isto que em janeiro, Diomande, Geny Catamo e Morita ficariam 1 mês fora do clube. Risco máximo. Apenas Hjulman e Daniel Bragança para duas vagas no meio campo!..

 

Temos sempre esperança, a cada início de época, que vai correr tudo bem. Mas por tudo isto e vendo o rival Benfica a gastar milhões em vários jogadores supostamente “tarimbados” com selo de qualidade, seria hipócrita se não dissesse que no íntimo achava que ia ser muito complicado para o Sporting.

Na minha opinião, só não foi complicado porque felizmente, não houve lesões longas, a única foi a do Pote que esteve lesionado 1 mês, já mais para o final, e porque os reforços resultaram. Porque, realisticamente falando, as opções do meio-campo para frente não abundavam (e continuam a não abundar) no plantel do Sporting.

Para o ano, se nenhum jogador sair, diria que Fresneda e Geny são garantias. Logo todos os setores defensivos estão equilibrados, ficando a faltar apenas a questão do guarda-redes.

O meio-campo, com Morita, Hjulman e Bragança são garantias. Fica a faltar o 4º médio, que não sei se será o Koba ou o jogador emprestado ao Estoril, Mateus Fernandes. Talvez até fosse melhor manter os dois e ficar com 5 jogadores para o meio-campo.

Para as extremas, ficam a faltar, na minha opinião, mais 2 jogadores. Pelo menos 1 extremo esquerdo de raiz.

Bem sei que RA gosta de plantéis curtos, mas para o ano, vão ser 8 jogos em vez de 6 na Champions e caso fique a meio da tabela no grupo ainda pode ter de jogar mais 2 jogos antes dos oitavos de final. O comboio não passa duas vezes. A lotaria dificilmente sai, quanto mais sair  duas vezes!! 

Logo, para que a próxima época não seja uma aposta em jogos de sorte/azar, é imperioso que arranjem  1GR e 2 extremos. Isto se ninguém sair. Admitindo também que será dada a oportunidade de um miúdo da academia treinar com a equipa principal como ponta de lança. Porque só Paulinho e Gyokeres, convenhamos, é curto.

Posto isto, ver os rivais da Luz a fazerem tanta pressão na equipa e direção por uma época que correu menos bem, quando isto podia ter corrido muito mal ao Sporting, parece-me extremo!. Mas, o futebol é de extremos, vive de paixões. Todos sabemos que, em algum momento das nossas vidas, as paixões já nos toldaram a razão.

Parabéns Sporting, podia ter corrido mal, mas correu bem.