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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Aeroporto, no Montijo?




Continua a discussão se o novo aeroporto de Lisboa vai para o Montijo ou não. Confesso que já tenho dificuldade em lidar com esta falta de decisão, este anda para a frente e anda para trás. Também já se percebeu que a Vinci tem todo o interesse em que isto se arraste no tempo uma vez que vai aumentando as taxas e, a lei da oferta e da procura não falha, quanto mais os horários tiverem preenchidos mais caro vai ser aterrar em Lisboa.
Mas independentemente de eu já estar enfadado com isto, não me posso conformar com o que parece à vista de todos um erro, por várias razões. Primeira: é um aeroporto militar e não civil. Segundo porque é suposto ser um Portela+1 em vez de ser só Montijo. Terceiro por causa dos pássaros. Quarto porque é um aeroporto na margem sul para servir a margem norte, ou seja, os passageiros vão todos para lá e depois temos de os transportar a todos para a margem norte através de autocarro, com todos os constrangimentos ambientas que isso traz. Quinto e último (e já não são poucos) não existe transporte público decente, rápido e fiável para trazer os passageiros para a margem norte. Fazer depender de uma travessia de uma ponte o acesso ao aeroporto é jogar na roleta russa os bilhetes para o avião. Quando houver um acidente na ponte chega tudo atrasado aos voos..
Continuo a ter para mim que as melhores soluções seriam:
  1. Se é para manter a Portela, o outro aeroporto deveria ser em Tires. Grande parte dos turistas que aterram em Lisboa vão a Sintra e Cascais, assim talvez algumas transportadoras não se importassem de operar para aquela zona. Uns 800 milhões daria para expropriar e recolocar algumas casas que infelizmente deixaram construir ali ao pé, aumentar a pista e construir um terminal ao estilo terminal 2 da Portela com capacidade para umas 12 portas de embarque. Com mais uns 120 milhões construía-se um metro de superfície Tires-Carcavelos para ligar à linha de comboio.
  2. Se a solução passa por acabar com a Portela, só vejo uma solução possível, a base aérea de Alverca. Sim tem lá a Força Aérea, sim tem as oficinas. Mas tem uma coisa muito boa: a linha do norte! Em 20 minutos se o transporte fosse directo os passageiros estavam na Gare do Oriente ou com um pouco mais em Santa Apolónia. Melhor que isto é impossível. Tem espaço para crescer para cima do Tejo (estritamente o necessário claro) e fazer duas pistas em paralelo para aumentar o fluxo de transporte.