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terça-feira, 30 de julho de 2013

A quota BPN nos governos PSD

Não sei se é pura e infeliz coincidência, mas depois de terem nomeado Franquelim Alves para o governo, agora foram buscar Rui Machete para ministro dos negócios estrangeiros. É estranho isto de haver sempre um Ex-BPN nas escolhas do governo, parece que tem de haver um polícia para controlar os “papeis” do processo. Não há vergonha neste país. Se estes senhores tivessem assumido funções no BPN ao nível de um trabalhador normal do banco, nada teria a dizer. Mas estes senhores ocuparam os mais altos cargos do banco, com grandes responsabilidades e com remunerações a condizer. Se não queriam olhar para os papéis que assinavam, nem estar atentos aos negócios do banco, abandonavam o cargo. Mas não. O dinheirinho falou mais alto, foram ao pote com tudo. Então agora, que tenham vergonha e assumam as consequências de terem assumido funções superiores às suas competências num banco que, não faliu, foi assaltado e que os portugueses é que estão a pagar os prejuízos do assalto…

Porque se deve demitir a Ministra das Finanças

Tenho visto muito "comentadeiro" com ligações aos partidos do governo a defenderem a ministra lançando o ruído de que os contratos Swap foram feitos no governo PS. É verdade que os contratos foram feitos no tempo do governo Sócrates, por administradores de empresas públicas (não pelo Governo), que, espanto dos espantos, administrações essas que até incluíam a actual ministra Albuquerque na REFER. Outra coisa que convém não esquecer, é que no final de 2008 a euribor atingiu os 5,99% e hoje está nos 0,33%. Todas as previsões indicavam que as taxas, com a crise petrolífera, (convém não esquecer, coincidiu com a falta de combustíveis nas bombas de gasolina, tal era o preço do custo do transporte que levou à greve dos distribuidores), continuariam a crescer. Assim as empresas públicas com necessidade de financiamento fizeram contratos que fixavam a taxa num valor, prevenindo subidas. Acontece que com a crise europeia o BCE resolveu descer as taxas de juro, que se fixaram abaixo da taxa contratualizada pelas empresas. Podemos dizer, demagogicamente, que não se deviam ter contraído créditos, óbvio, mas isso significava as empresas fecharem. Também nós povo não contratámos crédito para a habitação? O grave é a partir do momento que as taxas de juro no mercado passam a ser mais baixas que a taxa contratualizada no swap, não se fazer nada, principalmente pela crise que o país atravessava, porque se é verdade que o Banco agora estava a ganhar dinheiro, também é verdade que na altura que o Banco assinou o swapp poderia perder. A ministra mentiu e deve ser demitida por isso e por nada ter feito. Porque hoje sabemos que afinal ela foi alertada, coisa que nem deveria ser necessário uma vez que ELA PRÓPRIA CONTRATOU UM SWAP. E porque numa situação de emergência financeira nacional, conseguiu demorar 2ANOS para agir em conformidade. Se é certo que os contratos na altura da transição da pasta Junho de 2011 atingiam as perdas de 1400milhões de euros, em Setembro de 2012 a empresa StormHarbour estimava as perdas em 3314milhões. E os contratos só foram cancelados em Abril de 2013!! Aos nossos salários e subsídios não tiveram problemas em sacar logo no início da legislatura. É por isso que a Ministra devia ser demitida!! Porque foi incompetente e depois mentiu para sacudir a água do capote e o preço da sua irresponsabilidade/incompetência/cobardia, são os mais 1500milhões de euros que vamos ter de pagar...
Tiro de misericórdia

Por Fernando Dacosta
publicado em 25 Jul 2013

No último dia como ministro das Finanças, Vítor Gaspar assinou um decreto que pode liquidar a vida de, pelo menos, 3 milhões de portugueses. Esse decreto determina que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (que geria uma carteira de 10 mil milhões de euros) "terá de adquirir 4,5 mil milhões de euros de dívida soberana".
Sabendo-se que o referido fundo foi criado como reserva para assegurar, em caso de colapso do Estado, os direitos dos reformados, pensionistas, desempregados e afins durante dois anos (segundo o articulado de lei de bases), o golpe em perspectiva representa o risco de uma descomunal tragédia entre nós.
Lembremos que dos rendimentos dos seniores vivem hoje gerações de filhos e netos seus, sem emprego, sem recursos, sem amparo, sem futuro. Lembremos ainda que os últimos governos têm sido useiros no desvio de verbas da Segurança Social para pagamentos de despesas correntes - "o que qualquer medíocre gestor de fundos sabe que não se deve fazer", comenta, a propósito, Nicolau Santos no "Expresso".
Em 2010, dos 223,4 milhões de euros que deviam ser transferidos para o fundo em causa, o executivo apenas entregou 1,3 milhões.
Após ter semidestruído Portugal economicamente, socialmente, familiarmente, psicologicamente, com total impunidade e arrogância, Vítor Gaspar deixa, ao escapar-se, apontado um tiro de misericórdia aos idosos (e não só), depois de os ter desgraçado com o seu implacável autismo governamental. Sindicatos, partidos, oposições, igrejas, comentadores, economistas, intelectuais meteram, por sua vez, a viola no saco ante mais esta infâmia - entretanto, os papagaios de serviço aterrorizam as populações com a insustentabilidade da Segurança Social.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

A nova Santa Portuguesa: Maria Luís Albuquerque

Quando penso que já vi tudo, surge sempre uma nova alminha que consegue surpreender-me mais um pouco. Desta vez o mérito(!) é todo da nova ministra das finanças. Já ouvi dizer que para se ser um bom político tem que se saber mentir, pelo que prevejo um futuro auspicioso para a nova ministra. Ninguém a vai parar. Não tenham dúvidas! De ministra só sai para presidente!!
Quem a viu ontem, com aquele ar cândido e angelical na entrevista à Clara de Sousa no telejornal da SIC, não consegue acreditar que a senhora não está de facto a dizer a verdade e que os outros são uns mauzões invejosos que lhe querem fazer a folha!! A única coisa que chama a atenção para o ardil em que a senhora se envolveu são as suas palavras. Afinal, ela teve conhecimento, não teve foi a informação toda que precisava para tomar uma decisão (AHHH!). Informação essa que pelos vistos ninguém tinha uma vez que foi adjudicada uma acessória externa para interpretar os contratos.
Ou seja, a senhora teve conhecimento dos contratos, mas como não percebia nada deles (apesar de ter assinado uns!) é como se não soubesse, por isso disse há uns meses que não sabia de nada. Assim, aqueles e-mails que recebeu um mês depois de tomar posse, é como se não tivessem existido porque não os soube ler. Parece-me bem justificada a teoria da senhora.(!)
Uma vez que nenhum Português compreende o nosso sistema fiscal e muitas das vezes nem nas repartições nos sabem explicar como funciona, proponho que não se paguem impostos. Ninguém me informou das minhas obrigações fiscais quando comecei a trabalhar e não percebo nada de finanças pelo que, invocando esse guru Maria Luís Albuquerque, não sou responsável. Parece-lhe bem Sr. Juíz?

Portas – o bailarino

Muito se especula na comunicação social sobre o que se passou. Já ouvi dizer que o “coitado” do Portas foi forçado pelo partido (CDS) a revogar a sua decisão de se afastar do poder, a bem do país e do partido. Eu sou um pouco old fashion. Quando tomo uma decisão importante na minha vida assumo as minhas responsabilidades e defendo as minhas convicções, mesmo que isso signifique perder com essa decisão. Palavra há só uma, foi assim que me ensinaram. O Paulo não é, nem foi, obrigado a nada. Fê-lo porque quis, porque lhe cheirava a poder. Mas a ser verdade a teoria do partido, então Portas é um cobarde sem carácter. Porque ser forte, sério e com personalidade, por vezes implica abdicarmos da companhia de colegas/amigos ou de regalias.

Cavaco falou e a mosca entrou

Nunca gostei de Cavaco Silva, nem como pessoa nem como líder. Sempre o considerei um erro de casting, por isso, admito não ter a mesma dose de paciência que poderei eventualmente ter com outra figura pela qual nutra maior simpatia. A verdade é que este espécime sempre que teve oportunidade de marcar uns pontinhos na minha consideração falhou.
A decisão de aceitar a proposta de governo PSD/CDS demonstra uma vez mais a falta de carácter e de liderança de Cavaco. Daquela boca nada sai que se aproveite, ou mente ou omite ou foge. Primeiro fingiu não aceitar o governo proposto argumentando com a falta de confiança no mesmo, no entanto, condicionou a sua queda a um imprevisível acordo com o PS. Depois fugiu de uma decisão importante (demitir aquela malta toda) passando também de desconfiado a confiante.
Eu não concordo com a visão estreita de que o presidente só tinha duas saídas: marcar eleições ou aceitar o governo PSD/CDS. O presidente tinha pelo menos cinco opções. A terceira opção seria chamar o PSD e o CDS e dizer algo do género: “se querem continuar a governar Portugal mudem os protagonistas, incluindo o Coelho e o Portas, porque eu não trabalho com irresponsáveis, nem permito que numa situação tão dramática o meu país seja governado por tais pessoas”.
A quarta seria a marcação de eleições antecipadas, que, uma vez que se perderam quase 4semanas neste circo, mais um mês não ia causar tanta dor.
A quinta e última era a sua demissão claro… era um bem para todos nós.
Mas nada disso aconteceu. Fingiu que se chateou, fingiu que fez qualquer coisa para proteger a sua imagem e acalmar o povo, para depois continuar tudo na mesma. Mas cuidado!! Que o senhor disse que ia ficar vigilante!! Que medo!!! Mas isto deixa-me uma questão no ar: então e antes? Andou a dormir??

Sai o Paulo entra o Paulo - Rádio Comercial


Para terminar a telenovela fica este clássico, original de Quim Barreiros, em versão Paulinho CDS...

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A recente crise política 

Sobre a recente crise política o meu colega do Blog já disse praticamente tudo. Pretendo apenas acrescentar o seguinte: Em Portugal muitos políticos persistem em desrespeitar os eleitores (ou o povo, como alguns preferem chamar).
O Dr. Paulo Portas fez um xeque-mate público ao Dr. Passos Coelho e dessa forma conseguiu o que quis. É ridículo que aqueles dois senhores que encabeçam a coligação que governa este país, não consigam conversar, entre eles, e chegar a um acordo.

No fim, passaram-se três semanas e acabou tudo como aquele senhor pretendia. Grande jogada! O país precisa mesmo destes políticos brilhantes...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ciúme da Mulher - Rádio Comercial


Após a demissão de Vítor Gaspar, segue-se a demissão de Paulo Portas com direito a nova música.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vivi dos 741 dias - Rádio Comercial


Começa aqui a série de músicas de sátira política da rádio comercial sobre a recente telenovela das demissões no governo. Bem apanhada, diga-se, por isso o destaque no blog.

A tentativa de Golpe de Estado

No início de julho fomos confrontados com uma situação que há muito não se assistia em países europeus e que, na minha opinião, não foi suficientemente analisada e publicitada. A verdade é que, hoje, olhando para trás, para tudo o que se passou, para tudo o que era irrevogável e passou a ser revogável, constatamos facilmente que o CDS tentou um golpe de estado. Quando um partido que apenas tem 12% dos votos de um povo, exige o protagonismo e um papel, mais do que determinante, quase único e de líder, só podemos estar perante um assalto ao poder – golpe de estado. Não consigo perceber o papel submisso do PSD, que perante o golpe de estado, ainda abre as portas e convida ao assalto.
Também não percebo como um presidente da república perante isto, perante um desrespeitar do voto do povo nas eleições legislativas de 2011, pondera deixar as coisas como estão. Digo isto porque, ficou explícito que o actual governo se encontra em funções e lá se manterá até 2014 com ajuda do PS. Se o PS não entrar em acordo parece-me, pelo discurso, que o governo ficará até 2015. Enquanto isto o povo cá estará com mais um IRS, um IMI ou um IVA para pagar o acréscimo dos juros, causados por este golpe de estado.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O estoiro do BANIF?

Em janeiro escrevi este post no blog (http://enaosepodematalos.blogspot.pt/2013/01/mais-um-bpn-chamado-banif.html ). Foi o primeiro de três que escrevi até hoje, sobre a nuvem que é a “recapitalização do Banif” pelo Estado que encapotou uma nacionalização. Ontem o BANIF voltou a ser o foco das notícias do dia. O banco anunciou uma recapitalização com recurso a emissão de 10mil milhões de acções/obrigações vendidas a 1 cêntimo, o que causou um crash das acções em bolsa caindo para o mínimo histórico de 0,035cêntimos/acção. Para quem não saiba, quando chegar a zeros significa que pifaram (falência).
Previ que na forma ruinosa em que banco se encontrava, quando chegássemos a julho e os accionistas privados tivessem de recuperar as acções ao Estado, que tal não iria acontecer. Que ninguém no seu perfeito juízo iria investir num banco descapitalizado e intervencionado pelo Estado. Disse também que até julho, os “amigalhaços” teriam o tempo necessário para retirarem das suas contas do banco o dinheiro que o Estado lá colocou e que depois alguém iria pagar e arcar com a porcaria toda, tal como aconteceu com o BPN.
Aí está. Chegada a hora dos investidores (antigos accionistas do BANIF) resgatarem o banco das mãos do estado o que se vê? Nada. Aliás, o que se vê é o banco a tentar captar dinheiro de novos investidores e incautos, que sem terem muita informação, podem ser levados pela promessa do rendimento de 7,5%.
Cuidado Zé Povinho, não vás cair nesta armadilha!
PS1 - “A Associação de Investidores e Analistas Técnicos aconselha os investidores a informarem-se bem antes de irem ao aumento de capital do Banif e considera que a remuneração das obrigações não é proporcional ao risco do banco”.
PS2 – Será que não foi por isto que Vítor Gaspar se demitiu? Ele não queria que os 1,3mil milhões investidos no BANIF entrassem para o défice do 1º trimestre (10,6%), uma vez que, em teoria, em Julho o estado iria recuperar o dinheiro. Ou será que ele já sabia que não ia?.. Bem fez a troika em obrigar a colocar no défice este valor… Já para não falar que, segundo me constou, existe a possibilidade de os privados recuperarem a totalidade do banco ao Estado, por um valor inferior (metade) ao valor que o estado injectou no banco!! (que assalto!!).
PS3 – Pelo que escrevi nas últimas linhas do PS2, poderemos estar perante um estoiro ou perante uma OPA encapotada conduzida por “amigalhaços”.

O fantasma do BPN não nos larga

Depois de termos absorvido o calote dado por Oliveira e Costa e seus compinchas num valor superior a 5mil milhões de euros, depois do governo ter transferido lixos tóxicos e dívidas incobráveis para a Caixa Geral de depósitos atirando-a para resultados negativos em 2012, vem agora o comprador do BPN por 40milhões, o BancoBic, exigir mais 100milhões ao estado. Eu nem sei o que diga a isto…

Concessão do Lucro?

Vi aqui: http://economico.sapo.pt/noticias/estradas-de-portugal-investem-41-milhoes-em-pontes_173529.html , que as Estradas de Portugal vão investir 40milhões em obras de manutenção de pontes. Acho muito bem, para não acontecer outra tragédia semelhante à de Entre-os-Rios. Mas saltou-me à vista um pormenor. Diz na notícia que vão gastar 8milhões na ponte 25 de Abril!? Então para que serve a concessão da ponte ao grupo Lusoponte? É só para cobrar portagens? Para onde vai dinheiro que os utentes pagam cada vez que passam a ponte, situação deveras desigual, uma vez que em nenhuma outra zona do território se pagam portagens para atravessar pontes como na região de Lisboa? Se o concessionário tem a exploração e não tem a manutenção?? Neste país tudo é possível. E quando digo tudo é mesmo tudo.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Passos Coelho - O pedinte

A figura parece-me um pouco triste. Mas para mim existe uma razão: a privatização da EGF (resíduos do grupo Águas de Portugal) avança em Outubro (está quase) e o amigo Ângelo Correia está de olho… Até lá o PPC vai ter de aguentar a agarrar-se ao poder com todas as unhas e dentes e como puder, mesmo que para isso tenha de fazer as figuras tristes que fez. Vale tudo. Depois disso já pode demitir-se…

CDS – Como Devemos Saltar

Como Devemos Saltar fora do Governo? Como fazer para não perder eleições autárquicas? Esta é a grande questão que ainda vai naquelas cabeças. Sinceramente, se eu já tinha pouco respeito e consideração por as gentes deste partido agora não tenho nenhum. Isto porque um partido num governo não pode colocar os seus interesses à frente da população para a qual governa.
Paulo Portas escreveu na sua carta que havia incompatibilidade com as políticas do governo. Não disse que eram questões pessoais. Assim sendo não consigo compreender como o CDS pode sequer ponderar continuar com o PSD no governo. Quer dizer poder posso: não querem perder os tachos. Vão ficar pior na fotografia do que se saírem agora. Isto porque existe um ditado americano “the damage done” que traduz o que se passou: o dano já foi feito com os mercados a reagirem mal e a bolsa a afundar. Faz-se isto e mantém-se um governo para daqui a poucos meses cair causando novamente outra crise nos mercados? Isto é de uma irresponsabilidade enorme e brincar com a vida dos portugueses. Se é para quebrar, quebra-se logo não aos poucos causando um dano maior a todos nós.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Maria Luís Albuquerque

A secretária de estado do tesouro assume o lugar deixado vazio por Gaspar. É uma escolha estranha. Digo isto porque a mesma tem estado envolvida em algumas polémicas. Primeiro veio dizer que o ex-ministro Teixeira dos Santos não tinha avisado os seus sucessores dos contratos SWAP, o que foi desmentido pelo próprio e por Vítor Gaspar. Segundo, lançou a polémica dos SWAP para a praça pública, escondendo os contratos por si assinados e culpando o antigo governo pelas perdas de milhões de euros nesses contratos. Afinal, ela própria assinou uns contratos ruinosos e, espanto dos espantos, parece que afinal nem todos os contratos SWAP são maus. Parece que o anterior governo assinou uns quantos contratos que correram mal e outros que correram bem, sendo que no balanço entre os mesmos, o estado não perdeu dinheiro.
Assim, a nova ministra parece-me mais um “peão” no tabuleiro do xadrez político do que propriamente uma pessoa competente para o cargo. Parece-me me a mim, que há falta de melhor, o primeiro-ministro resolveu recompensar quem nos últimos meses tem feito política, mesmo que baixa, contra a oposição. Este é um problema geral da nossa sociedade, preocupam-se mais em denegrir os outros do que a esforçarem-se para se auto promoverem com os resultados do seu trabalho (preferencialmente bons).

Os motivos de Gaspar

Quando um governo perde toda a credibilidade torna-se difícil arranjar quem queira representá-lo. Estão à vista de quem quiser ver as dificuldades que aí vêm. Não sei porque Gaspar saiu, se é verdade ou não que pediu a demissão há 8meses, mas uma coisa eu sei, é que há uma semana atrás soubemos que o défice do estado no primeiro trimestre de 2013 estava nos 10,6% quando tem de chegar ao final do ano nos 5%. Será que Vítor Gaspar não sabe já o que aí vem no final do ano? Será que não sabe já que vamos ter de pedir ao FMI um 2º resgate? Será que são só sentimentos de incapacidade ou serão também sentimentos de culpa pelo BANIF? É que este belo negócio do BANIF, em que o estado comprou o banco sem ficar com a sua gerência, pode resultar num tremendo golpe, uma vez que existe a possibilidade de os accionistas recuperarem o banco por menos dinheiro do que o estado pagou por ele… (ups Vítor)

O Castelo de Cartas do Governo

Vão-se fazendo mini remodelações mas dois dos mais importantes já caíram.  Se isto não é uma remodelação…
O primeiro-ministro vai ficando sozinho a aguentar o barco, não sei se por orgulho se por pressões do partido, por que isto já se sabe, cai o governo, caiem uns quantos tachos.
No entanto, a grande questão que se coloca é a seguinte: é melhor ou pior para o país o primeiro-ministro ficar nestas condições? Tenho de dizer a verdade, sempre o considerei uma nulidade autêntica, no entanto, mesmo estas nulidades quando apetrechadas com uma máquina partidária, podem passar despercebidas. Agora, sozinho e - parece-me a mim - abandonado pelo próprio partido que não lhe “arranjou” um novo ministro das finanças capaz, tem tudo para se espetar ao comprido. Quando um governo depende exclusivamente de um incompetente, prevejo um futuro ainda mais negro para o país.
As alternativas também não são melhores é verdade, são até aterradoras, no entanto, se trouxerem coesão podem ser mais produtivas que um governo esfrangalhado.