Pesquisa

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Triste figura na Champions!

Ontem fui ao Estádio da Luz ver o Benfica.
O treinador decidiu fazer imensas alterações no onze inicial face ao que tem utilizado, nomeadamente ao que jogou no passado dia 1 de dezembro contra o FCP.
A equipa não começou bem o campeonato mas até vinha de uma série de bons resultados, como a vitória por seis a zero contra o Setúbal e o empate no Dragão.
Mas neste jogo havia que fazer várias alterações. Era importante dar minutos aos jogadores que são menos utilizados. Até porque não é coisa fácil de fazer, nomeadamente naqueles jogos que estão praticamente ganhos mas que as substituições só são feitas quase ao cair do pano, quando já não há grande tempo para fazer, ou mostrar, o que quer que seja.
Por isso tinha que se aproveitar este jogo da liga dos campeões. Mesmo que os pontos valham milhões… Isso já não interessava para nada. O importante era dar minutos aos jogadores que geralmente não jogam, ou que entram mesmo, mesmo, nos últimos minutinhos.
E em relação aos sócios e adeptos que se deslocaram ao estádio, comprando o respetivo bilhete, oh meus amigos! Mas afinal querem ver bom futebol ou querem títulos?
Pois é! Nem uma vitória, Sr. Rui.
Em dezoito pontos possíveis, nada, zero, ó!
Mas que grande consideração por quem contribui para vos pagar os fabulosos ordenados!

Sabem o que é que eu digo: Vá dar banho ao cão, Sr. Treinador!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

EMA – Não comes tu, nem como eu.

O Porto e Portugal perderam a EMA para Amesterdão. É um desfecho que não me surpreende. Quando soube da notícia que Lisboa se ia candidatar a receber a EMA (Agência Europeia do Medicamento) que ia abandonar as terras de “Sua Majestade” na consequência do Brexit, pensei na altura que ia ser difícil, mas que a concretizar-se seria muito bem jogado e bom para a economia.
Mas depois… Bom, depois veio o Rui Moreira com o discurso dos tiranos da capital que centralizam tudo e o António Costa a querer ajudar o Pizarro candidato pelo PS à CM do Porto e pensei que isto ainda ia dar asneira. Ainda me lembro de ouvir uns lunáticos a dizer que o Porto era “Central”, que descentralizar era levar para Castelo Branco, Viseu, Covilhã… (é tudo gente doida!)


Quando soube da decisão abrupta do Governo que afinal ia ser o Porto a cidade portuguesa candidata a receber a EMA e que ia concorrer com Copenhaga, Amesterdão, Barcelona, Milão e Estocolmo entre outras, pensei para mim “já fostes..”.
Qualquer uma das cidades referidas está no mínimo ao nível de Lisboa, portanto mesmo Lisboa ir ter dificuldades em ganhar, quanto mais o Porto!!.

As autárquicas passaram, o Pizarro e o PS não ganharam e agora vem esta derrota da candidatura do Porto.

Este Zé Povinho esquece-se que não somos nós que decidimos para onde a EMA vai, são eles. E eles vão escolher cidades onde seja fácil receber cerca de 70mil visitantes anuais. O Porto estava no limite do cumprimento dos requisitos mínimos para concorrer à Agência.
Politiquices sobrepuseram-se ao superior interesse nacional e o país é que perde. Como todos os partidos foram demagógicos a atacar o governo e a centralização de serviços em Lisboa, agora estão também eles bem caladinhos, mas que foi um tiro nos pés foi e que nos faz imensa falta faz. Até porque poderia atrair mais investimentos da indústria farmacêutica para Portugal. Asneira e da grossa!..

Enfim, não comes tu nem como eu.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Interferência de “hackers” russos

Tenho ouvido na rádio, mas acredito que ande por outros meios de comunicação social, a notícia que os russos, ou mais corretamente, os cibernautas russos, hackers ao serviço do governo, têm promovido ataques dissimulados, através do Twytter, Facebook e outras redes sociais, com vista a criar instabilidade na Europa e nos EUA. Por exemplo, atribuem responsabilidade aos piratas informáticos russos pelos resultados eleitorais na América. Quando digo atribuem, refiro-me às autoridades dos respetivos países e instituições internacionais. Outro exemplo, é o caso do Brexit que aconteceu em parte devido à intervenção dos mal-intencionados russos, ou, mais recentemente, o que se está a passar na Catalunha que já levou as autoridades espanholas e questionar o Ministro dos Negócios Estrangeiros Russo, assim como o Embaixador em Espanha, sobre a alegada intervenção dos cibernautas russos, a qual foi prontamente negada, embora Putin já tenha admitido a possibilidade dos hackers serem russos, nega o envolvimento do seu governo, alegando que os mesmo atuam com base nos seus próprios ideias.
A questão que tenciono levantar é esta: será possível que pretendam responsabilizar a intenção do povo britânico de abandonar a União Europeia com uma eventual influência dos russos através das redes socias? Estão a dizer que as pessoas tomam decisões tão importantes com base em comentários no Twitter ou “posts” no Facebook? Decidem que a seguir a Barack Obama faz sentido Donald Trump com base no que leram nas redes sociais? Ou que está na altura de sair de Espanha e da União Europeia? Então se assim é, podemos concluir que “somos” muito fáceis de influenciar…
Ou será que tudo isto não passa de uma estratégia para inserir o “lápis azul” nas redes sociais? Poderão estar a preparar-nos para estender o “Big Brother” à internet, nomeadamente às páginas mais visitadas?

Obviamente que não sei! Pode tudo não passar de uma teoria da conspiração na minha cabeça. Mas acho estranho esta acusação sobre os Russos. Não só estão a dizer que tomamos determinadas decisões porque fomos indevidamente mal influenciados, mas também a preparar terreno para mais tarde poderem retirar-nos liberdades porque “não estamos” preparados para as ter. Parece que nos estão a querer tratar como criancinhas. Reparem, sou um enorme admirador de Barak Obama, tenho pena que os ingleses tenham decidido sair da União Europeia e não menos se o Barça deixar de jogar a “La Liga”, mas continuo a acreditar na liberdade de decisão individual e na democracia.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Trump that thing!!



Ainda não foi abordado o tema “Trump” no nosso blog, por falta de tempo ou simplesmente por estupefação que nos leva a não saber ao certo o que escrever. Bom, poderia enveredar pela crítica fácil com base nos meios de comunicação social americanos e dizer que o senhor é um erro de casting invocando tudo e mais alguma coisa, desde o cabelo que me faz lembrar a “popinha” que o meu cocker Spaniel tinha, aos jeitinhos que faz com a boquinha a fazer lembrar a Lili Caneças, ou à forma como se posiciona e reposiciona quando discursa que me faz ter pena do homem, pois ninguém me tira da cabeça que deve sofrer de hemorroidal (mas dos fortes! Xiça!).

A verdade é que o homem até agora tem assumido o cargo de presidente dos EUA como se de um cargo de Chairman de uma grande multinacional se tratasse. Tudo para ele é negócio. A própria diplomacia é negócio. Vai à Arábia, diz mal do Irão e firma um acordo de milhares de milhões de dólares em armamento ao Rei da Arábia. Vai à China, ameaça atacar a Coreia do Norte e coloca todos os países asiáticos a firmar acordos económicos para “amansar” a fera pois ninguém quer uma guerra à porta de casa. Vai à NATO, ameaça bater com a porta e coloca os outros membros a pagar para algo que na verdade não controlam, pois a NATO é de todos mas no final quem manda são os EUA e quem vende armamento para a NATO são os… EUA.

Bom, o homem vende e é disso que a economia Americana precisa para se reerguer. Portanto no capítulo estritamente económico eu diria que para os empresários americanos, para os industriais, principalmente os mais retrógrados, Trump vai ajudar. Rasgar o acordo de Paris não é mais do que dizer aos empresários americanos “tenham calma, não vão ter de gastar tantos dólares com o ambiente pois não vão ter de dar o salto tecnológico necessário para poluírem menos”. Mas, e para os americanos ditos mais intelectuais? E para o resto do mundo? Esta política do medo e da chantagem vai correr bem até quando? Será que um dia isto vai descambar para mais um conflito qualquer? É que para se vender armas depois tem de se lhes dar uso…

É por isso que tenho dificuldade em analisar a ascensão de Trump ao cargo de presidente dos EUA. Acredito sinceramente numa coisa, que na mesma o mundo e os EUA não vão ficar. Acho que uma personalidade como o Trump ou acaba muito bem ou muito mal. Não haverá meio termo. É por isso que escolhi a frase “Trump that thing!” para o título deste post. É possível que daqui a umas dezenas de anos “Trump That Thing!” se torne numa expressão idiomática para os Americanos tal como “Cai o Carmo e a Trindade” ou “É um azar dos Távoras” para os Portugueses. Resta saber se a expressão tem um significado bom ou mau. Por exemplo, “Trump that thing!” – “Levanta essa moral! Reergue-te!” ou “está tudo lixado” ou em termos mais brejeiros “lixaram essa m..da toda!”.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Escalões de IRS em Portugal

Este tema vem a propósito da notícia das condições de mudança da Agência Europeia do Medicamento, do Reino Unido para Portugal. Com a saída do Reino Unido da Europa, muitas instituições europeias que se encontravam instaladas em terras de sua majestade terão de abandonar o país e serem reinstaladas em países que façam parte da União. Portugal candidatou-se a receber a agência, o que pode significar, não só a captação de técnicos altamente qualificados para o país, como também os salários que lhes estão associados, como toda a logística e tráfego constante de técnicos que visitam as instalações da agência.
 É aqui que o tema do IRS é chamado ao barulho. O governo já veio esclarecer que os técnicos que são pagos por instituições europeias não estão abrangidos pelos escalões de IRS nacionais pelo que os mesmos vão pagar uma taxa de 20%.
É interessante esta preocupação com as taxas, que deve ser motivo de reflexão do porquê das grandes empresas mundiais, grandes multinacionais, escolherem muitas vezes outros países para instalarem filiais em detrimento de Portugal. A verdade é que a essas grandes empresas estão muitas vezes associados técnicos altamente qualificados cujo nível de remuneração é muito elevado. Quando se olha para a taxa de IRS cobrada em Portugal facilmente se percebe que é difícil convencer algum empresário a trazer a sua empresa para este país. Pois estas empresas por norma trazem uma equipa de técnicos para o país onde se vão instalar, que para ganharem o mesmo (ou mais, porque ninguém abandona o seu país pelo mesmo valor de remuneração), o empregador terá de subir consideravelmente os custos com remunerações. Enquanto um funcionário, técnico superior, que nos países mais desenvolvidos da Europa aufere algo como 4mil€/mês, em Portugal teria de pagar 30% de IRS mais os 11% de Segurança Social, o que dificilmente se torna atractivo para empresas de top. Vamos sim continuar a atrair empresas (indústrias) de sector secundário de baixos salários cuja % de impostos incidentes é baixa pois pagam pouco mais que o salário mínimo.

Como se pode ver o gráfico a progressão da taxa é enorme em salários pequenos e baixa nos salários mais elevados. Ainda assim, sou da opinião que nunca, em circunstância alguma, um trabalhador deveria ver confiscado o seu salário em mais de 40% em taxas (IRS+SegSocial). Acho que é urgente pensar nos escalões de IRS, não apenas na perspectiva de quem ganha mais, paga muito mais. Se para atrair a Agência Europeia do Medicamento só é possível com taxas de 20%, o pensamento deve ser semelhante para atrair empresas de multinacionais de top, ou pelo menos deve fazer o Governo reflectir sobre isso.