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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 


16.          As desigualdades profundas

As grandes desigualdades são recentes. Terão certamente menos de dez mil anos. Só passaram a existir quando deixamos de ser caçadores coletores.

O que surpreende é que apesar de estarmos cada vez mais evoluídos, refiro-me ao desenvolvimento tecnológico, mas também ao conhecimento científico nas mais diversas áreas, as desigualdades entre ricos e pobres não param de aumentar. Diria que se agravaram nos últimos 40 anos ao ponto de atingiram valores verdadeiramente escandalosos.

A única razão para estas desigualdades que não servem os interesses da esmagadora maioria da população mundial (e muito provavelmente o tempo dirá que afinal não serviu os interesses de ninguém), tem que ver com as regras do jogo.

É exatamente como no jogo de tabuleiro “Monopólio”. Termina quando um fica com tudo e os restantes com nada.

Na vida real, na economia em que vivemos, basta alterar as regras do jogo para que não seja possível amealhar tanto dinheiro e tão depressa. No limite, até se podia permitir que multimilionários continuassem a expandir os seus negócios desde que a partir de determinado montante, os lucros fossem para a população onde os mesmos eram gerados. Como acontece na pesca desportiva que no fim atiram de novo o peixe, ainda vivo, para o local de onde foi retirado.

Não acredito minimamente que este modelo sirva o interesse do ser humano. Julgo mesmo que pode determinar o fim da nossa espécie.

Não conheço pessoalmente nenhum homem rico, mas acredito que tenham grandes qualidades, principalmente em criar riqueza e a gerir negócios.

Mas houve homens e mulheres que fizeram muito pela humanidade, que ajudaram a tornar vida de todos muito melhor e não ficaram “escandalosamente” ricos.

O que pretendo dizer é que só há uma justificação para que certas pessoas tenham tanto dinheiro, especialmente quando ainda há tantas pessoas com tão pouco: porque as regras do jogo estão feitas para que seja assim.

A grande questão prende-se em saber se gostamos de viver neste modelo económico, ou se simplesmente não o tentámos alterar, porque não tivemos capacidade para tal.

Pode dar-se o caso de ainda não termos conseguido porque os mais ricos conseguiram impor a sua vontade, mas também pode ser que queiramos que as coisas assim continuem…

Poderá ser essa uma das razões?

No fundo todos gostaríamos de ser ricos!

Na verdade, não é um sonho impossível, no sistema capitalista liberal em que vivemos: uma pessoa enriquecer em relativamente pouco tempo (principalmente se não fizer parte do clube dos pobres).

O problema é que este sistema, à semelhança do que acontece em jogos do estilo EUROMILHÕES, só dá para muito poucos. A esmagadora maioria ficará sempre a ver navios.

No entanto, se optássemos por um outro modelo, poderíamos erradicar a miséria e a pobreza (mesmo que isso nos exigisse, a certa altura, algum tipo de controlo populacional).

Portanto essa é a questão que se coloca: Um sistema com ricos com quase tudo, alguma classe média e muitos pobres? Ou um sistema sem pobres, enorme classe média e alguns ricos (embora nenhum podre de rico).

Tenha em atenção os números que o atual sistema criou.

A população mundial está atualmente muito próxima de atingir os oito mil milhões de habitantes[1] (faltam pouco mais de cem milhões de habitantes).  

De acordo com o relatório publicado pela organização não-governamental OXFAM,[2] os 1% mais ricos (menos de 80 milhões de habitantes) possui o dobro da riqueza detida por 6.9 mil milhões de habitantes.

Do mesmo relatório chegam-nos números ainda mais impressionantes: apenas 2.153 (dois mil cento e cinquenta e três) multimilionários detêm mais riqueza do que 4,6 mil milhões de pessoas, que correspondem a cerca de 60% da população mundial.

A riqueza combinada dos 22 homens mais ricos do mundo é superior à de todas as mulheres do continente africano[3]. Significa isto que apenas 22 homens detêm mais riqueza que 689 milhões de mulheres[4].

O número que se segue é ainda mais incrível: “Se todos se sentassem sobre o valor da sua riqueza empilhadas em notas de 100 dólares, a maior parte da população mundial estaria sentada ao nível do chão. As pessoas de classe média dos países mais ricos conseguiram estar na altura de uma cadeira. Mas os mais ricos do mundo estariam sentados no espaço sideral.

A OXFAM salienta que poupar dez mil dólares por dia desde a construção das Grandes Pirâmides serviriam apenas para ter um quinto da fortuna média dos cinco mais ricos do mundo”.

Jeff Bezos considerado atualmente o mais rico do mundo tem uma fortuna avaliada em 149 mil milhões de euros[5].

Em contrapartida:

Cerca de 800 milhões de pessoas vive na extrema pobreza com menos de 2 (dois) dólares por dia[6].

Perto de 3.4 mil milhões de pessoas (Mais de 43% da população mundial) não consegue receber mais do que 10 dólares por dia. Estamos, portanto, a falar de viver com menos de 300€ por mês.

Aproximadamente 1.6 mil milhões de pessoas (cerca de 20% da população mundial) vive com 20 dólares por dia (não chega a 600 euros por mês).

A soma destes três grupos representa quase três quartos da população mundial (73.6%).

Surpreende-me que não se faça mais para alterar este absurdo, porque não é justo, não é o que melhor serve o interesse de todos e porque só é possível, porque assim o continuamos a permitir (ou porque o queremos ou porque não soubemos fazer mais para o contrariar).

Este sistema criou a crise de 2008. Uma crise gerada por ganâncias e egoísmos sem qualquer justificação para além dos interesses próprios dos seus autores.

Em Portugal, os dois banqueiros que mais prejudicaram o país com a referida crise financeira, em valores que não deverão estar muito longe dos vinte mil milhões de euros, um deles morreu em prisão domiciliária, e o outro, ainda recentemente foi visto a passar férias em Itália.

Tenho ideia de já ter ouvido dizer que neste país já há quem tenha ido parar à prisão por ter sido apanhado a roubar um pacote de batatas fritas em um supermercado.

Mas este sistema económico em que vivemos é igualmente responsável por outra crise que está longe de estar resolvida e que ainda não fazemos ideia de qual será a sua amplitude, mas que pode vir a ser demasiado grave ao ponto de seguirmos caminho idêntico ao dos dinossauros, com a diferença de não aparentarmos necessitar da ajuda de qualquer asteroide.

Temos uma enorme tendência para endeusar aqueles que atingem o sucesso. O homem mais rico do mundo, o dono da maior empresa do mundo, o melhor jogador da bola, etc.

Mas muitas vezes a diferença do melhor para os que o seguem não é assim tão grande. Não querendo tirar mérito a quem o tem, muitas vezes é (também) uma questão de oportunidade, de estar na hora certa no lugar exato. Atrevo-me até a dizer que se não fosse fulano seria sicrano e se não fosse hoje seria amanhã.

Mas infelizmente, nada parece ser mais importante do que o nosso desejo projetado de vencermos o EUROMILHOES.

Qualquer dos milionários deste mundo, se após um naufrágio fosse o único sobrevivente a chegar a nado a uma ilha deserta, mesmo que fosse a ilha mais amistosa do planeta, sem quaisquer predadores, sem repteis ou insetos venenosos, rica em recursos, tais como água potável, plantas e frutos comestíveis, peixes e pequenos mamíferos, mesmo nessas condições, na melhor das hipóteses conseguiria sobreviver.

Para se ficar milionário, é necessário que estejam criadas determinadas condições que não dependem, nem foram criadas por ninguém isoladamente.

Imaginem o mundo atual como um gigantesco Burundi. Os quase oito mil milhões de habitantes, mas com o nível de vida que encontramos atualmente neste pequeno país de Africa.

Se o mundo fosse um enorme Burundi, de certeza que a riqueza dos multimilionários seria muitíssimo inferior. Em contrapartida, se o mundo fosse uma enorme Singapura, a riqueza seria ainda mais astronómica.

Apenas para se ter uma noção dos valores em causa, o Produto Interno Bruto per capita do Burundi não chega a ser 1% do PIB per capita de Singapura.

A Amazon permitiu ao seu maior acionista tornar-se no homem mais rico do mundo ao vender para quem tem forma de comprar on-line.

Preocuparam-se certamente em adaptar-se ao mercado das compras pela internet para melhor satisfazer a procura dos seus clientes (e potenciais clientes).

Tanto quanto sei, as empresas não se preocupam em resolver problemas socias, como a educação e a saúde, nem com a qualidade de vida das populações ou com a sua ascensão social. Isso cabe aos próprios cidadãos (e eventualmente) aos governos dos respetivos países.

Não creio que a Amazon se preocupe em dar poder de compra a quem não o tem, ou sequer em garantir o acesso generalizado à internet e às compras digitais.  

Imagine que amanhã surge uma nova pandemia, mas com um vírus dezenas de vezes mais mortal que o atual Covid-19.

Por razões ainda desconhecidas, esse vírus implantou-se muitíssimo mais no hemisfério norte do que no hemisfério sul.

Nesse cenário imaginado, as vendas da Amazon cairiam a pique, no entanto, não foi porque trabalhou menos ou pior do que em anos anteriores.

Imagine agora um cenário totalmente oposto. Um cientista descobria uma forma de energia limpa, inesgotável e extremamente barata. A economia mundial crescia como nunca.

Há vários fatores que não dependem do bom desempenho das empresas e que podem determinar resultados diametralmente opostos.

Cristiano Ronaldo é um jogador de futebol com fãs espalhados pelo mundo inteiro. Isso deve-se ao seu talento e empenho, mas também devido ao desenvolvimento tecnológico que permitiu que os seus jogos sejam acompanhados por adeptos de futebol espalhados pelo planeta, seja através da internet ou da televisão (por cabo ou satélite).

Essa visibilidade global permite-lhe faturar milhões todos os anos, valores que por exemplo, nunca estiveram ao alcance de Diego Armando Maradona, apesar de ser considerado por muitos, o melhor futebolista de todos os tempos.

Claro que o dinheiro proveniente dos contratos publicitários que Cristiano assina, pertencem-lhe inteiramente e são totalmente legais. Apenas quis referir que nunca conseguiria ganhar tanto dinheiro se não tivesse tanta visibilidade, e que grande parte dessa visibilidade só é possível graças ao aumento do poder de compra e ao desenvolvimento tecnológico que ainda não havia apenas há três décadas (e para o qual, muito provavelmente, ele não terá contribuído).

Temos assistido a governos ajudarem grandes empresas quando estas atravessam momentos de grande dificuldade. Não me refiro apenas aos dinheiros públicos e às medidas de austeridade que serviram para salvar bancos (geridos por gananciosos). O mesmo já aconteceu (e provavelmente continuará a acontecer) com outras empresas públicas e privadas.

Apesar de estarem disponíveis para serem ajudadas pelo dinheiro dos contribuintes, as empresas pretendem cada vez mais lucros para os seus acionistas e pagar o menos possível em impostos e salários, mesmo que os ditos sirvam para aumentar o poder de compra (de muitos que também são seus clientes).

A distribuição da riqueza é altamente injusta. Apesar do trabalho ser feito por uma organização, o lucro é maioritariamente distribuído por uma pequena parte (na verdade, atualmente, na grande maioria das vezes, é todo).

Por essa razão temos uma desigualdade tão brutal, e não menos impressionante, ainda não parou de crescer: não querem pagar mais impostos; nem aumentar os salários nem distribuir os lucros.

Não nos devemos esquecer que em qualquer empresa que seja viável, os trabalhadores pagam-se a si próprios e ainda geram mais-valias. Se assim não for, a empresa para subsistir necessita de ser financiada.

Sim, é verdade que dão emprego e contribuem para o crescimento económico e a melhoria de vida de muita gente. Mas isso é assim porque não pode ser de outra maneira. Quando as empresas tiverem máquinas que façam o trabalho de pessoas, de forma mais eficiente e económica, acredita que (por vontade delas) vai continuar a ser assim?

É inegável que alguém que passa de uma empresa de garagem para uma empresa como a Amazon tem de ter muitas qualidades. Provavelmente são pessoas com um excelente entendimento do funcionamento de mercados (e talvez da própria sociedade). Muitos tiveram o mérito de criar riqueza e ajudar a economia a crescer. Mas acima de tudo, é importante reter que só é possível, porque as atuais regras do jogo permitem que se enriqueça relativamente rápido e com limites para lá da troposfera.

Do meu ponto de vista, não creio que fosse injusto a certa altura colocar um travão, não tanto para impedir o crescimento da riqueza pessoal, mas para o desacelerar.

Se, de um modo geral, a sociedade contribui para a possibilidade de criar mais riqueza, através do desenvolvimento tecnológico, do investimento no conhecimento, e do aumento do poder de compra, então parece-me justo que a partir de certo nível de riqueza, a contribuição das empresas para os que proporcionaram esse enriquecimento, pudesse ser maior do que é atualmente.

Isso não iria impedir que os ricos continuassem a poder ter as suas excentricidades, apenas que a certa altura, o enriquecimento desacelerava, para poderem contribuir para a comunidade que os ajudou a ter sucesso.



[1] https://www.worldometers.info/

[2] https://www.oxfam.org/en

[3] https://visao.sapo.pt/exame/macro/2020-01-20-seis-numeros-que-mostram-um-mundo-cada-vez-mais-desigual/

[4] https://countrymeters.info/pt/Africa

[5] https://www.jn.pt/economia/os-dez-homens-mais-ricos-do-mundo-num-ano-com-mais-660-multimilionarios--13546748.html

[6] https://www.gapminder.org/tools/#$chart-type=mountain&url=v1


sábado, 17 de setembro de 2022

 

25.          Alterações climáticas

Durante algum tempo, para os menos informados, e talvez mais ingénuos, ainda havia esperança que fosse reversível.

Parecia difícil de acreditar que íamos deixar acontecer uma mudança que de forma generalizada nos ia trazer tantas e tão sérias dificuldades.

Podemos até questionar-nos se haverá quem venha a beneficiar com as alterações climáticas, e nessa sequência de pensamento, especular se houve quem fez força para impedir aqueles que as tentavam travar.

Atualmente são uma certeza, de tal modo que as palavras de ordem passaram a ser “mitigar” e “adaptar”.

Aqui é importante realçar que uma depende da outra: quanto menos conseguirmos mitigar, mais será necessário adaptar para tentar sobreviver.

Hoje sabe-se que a subida da temperatura resulta de uma maior concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera da Terra, com forte destaque para o dióxido de carbono, que é libertado pela queima de combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural[1].

Prevê-se que com as atuais taxas de emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, a temperatura média da Terra possa aumentar 2ºC até 2050, atingindo o valor limite, para lá do qual atingiremos valores perigosos.

Em 2019 a temperatura média da Terra esteve ao redor de 1.1ºC acima dos níveis pré-industriais.

É importante sublinhar que se atravessarmos o limite definido para 2050, teremos de enfrentar os efeitos irreversíveis de uma crise climática sem precedentes na história da humanidade.

Podemos, portanto, concluir que já não há forma de voltar atrás, que a subida da temperatura média da Terra ainda não estabilizou e que quanto maior for, mais graves (ou catastróficas) serão as consequências do que iremos ter de enfrentar.

É como se estivéssemos a bordo do Titanic, com a certeza de que não vamos conseguir impedir o choque frontal com o iceberg, apenas ainda sem saber com que estrondo, e quais as consequências do embate.

É completamente diferente viver com os fenómenos das alterações climáticas, uma vez por ano, ou, uma vez por mês, isto sem falar na intensidade dos mesmos:

Fenómenos extremos como fortes chuvadas com valores de precipitação num curto espaço de tempo, equivalente a um longo período. Por exemplo, chover numas horas o mesmo que num ano.

A perda de humidade nas florestas e consequente seca dos solos, resultado da subida da temperatura, tem conduzido a incêndios cada vez mais difíceis de combater. 

Longos períodos sem chuva que tem levado a secas extremas com graves consequências na alimentação e disponibilidade de água potável que tem afetado algumas populações, em particular no continente africano, de forma extremamente severa.

Ondas de calor, capazes de tirar a vida a quem estiver com a saúde mais debilitada e não tiver meios para se proteger.

Caídas repentinas e inesperadas de granizo que destroem por completo produções inteiras de cultivos.

Furacões (ou outros fenómenos semelhantes: Tufões, Ciclones e Tornados) que atingem níveis muito elevados e que têm a capacidade de provocar elevados danos, inclusive em habitações próprias.

Acidificação dos Oceanos, com significativas perdas de biodiversidade, como por exemplo, a Grande Barreira de Corais da Austrália.

A subida do nível de águas do mar que poderá atingir os dois metros de altura no final deste século, irá deixar milhões de quilómetros de zonas costeiras sujeitas à mercê de inundações, e levará muitas pessoas (estima-se perto dos 750 milhões) a ter de procurar estabelecer-se noutro local.

Parece evidente que devemos fazer de tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar chegar perto de valores perigosos.

Mais, não devemos desprezar a possibilidade de a certa altura dar-se um salto no aumento da temperatura, e passarmos de um crescimento progressivo para uma subida exponencial.

Infelizmente continuo com a sensação de que não estamos a dar a importância devida a este grave problema.

Mais, adianta muito pouco se um determinado país faz tudo o que está ao seu alcance para combater as alterações climáticas, enquanto o país ao lado não faz nada, desprezando o problema e a ideia da necessidade de um esforço coletivo.

Mas há outro lado da moeda: houve uma altura em que ainda era possível reverter as alterações climáticas resultantes dos gases com efeito de estufa que continuamente enviamos para a atmosfera.

A explicação que mais tenho encontrado para explicar por que não agimos nessa altura, diz que optamos por não desperdiçar a energia fácil e acessível disponibilizada pelos combustíveis fósseis. Que essa energia nos permitiria atingir um nível de progresso e desenvolvimento tecnológico, que nos daria as ferramentas necessárias para combater as alterações climáticas.

Como se fosse vantajoso ter meios mais sofisticados e eficazes para combater desastres, do que não o ter, mas também não ter desastres para combater.

Parece-me que a verdade é outra: já tínhamos as infraestruturas montadas e havia ainda muitos combustíveis fósseis para retirar dos solos do planeta.

Claro que teria sido preferível abrandar o progresso e o crescimento económico, “chegávamos lá na mesma”, e teríamos evitado este “gigantesco problema para sempre”

Mas a decisão não foi “nossa”. Não foi feito nenhum referendo. Os lóbis do petróleo (e do carvão e gás natural) conseguiram pressionar políticos que souberam impor essa decisão.

Se tivéssemos iniciado a transição para as energias verdes há várias décadas, certamente que não estávamos tão desenvolvidos, mas teríamos evitado os custos que vamos ter, não se sabe por quanto tempo…

O interesse egoísta de muitíssimos poucos, sobrepôs-se ao interesse de todos nós, os restantes vários milhares de milhões).

É importante não esquecer que esses custos serão suportados por todos, embora mais por uns do que por outros, e alguns estarem menos preparados para os combater.

Por ironia do destino, nem sempre são os mais responsáveis aqueles que terão de pagar a maior fatura.

Mas uma coisa todos já sabemos, houve quem tenha beneficiado muito mais do que todos os outros, com a exploração até ao limite dos combustíveis fósseis.

Parece uma maldição!

Já sei o que vão dizer: É a lei na natureza!

Os mais fortes impõem a sua vontade aos mais fracos!



[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa