tag:blogger.com,1999:blog-87039977606940975362024-03-11T01:31:05.269+00:00E NÃO SE PODE MATÁ-LOS?Bem-vindo ao nosso Blogue!
Aqui pretende-se dar cacetada valente nos malandros que nos andam a tramar… mas sempre com muito sentido estético, alguma ironia e um pouco de carinho.
SMotahttp://www.blogger.com/profile/08909318246942952675noreply@blogger.comBlogger428125tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-16429417830090362782024-03-11T01:29:00.002+00:002024-03-11T01:29:32.985+00:00O povo votou e… o egoísmo ganhou<p><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não vejo outra razão para um
partido como o Chega conseguir obter os resultados que conseguiu a não ser por
beneficiar desse sentimento pouco nobre que é o egoísmo que vive entranhado e
se transfere nos cromossomas das almas que constituem este – cada vez menos –
nobre povo.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os candidatos deste partido são o
que são. Os discursos são o que são. O programa é o que é (ridículo). Mas Ventura
promete tudo a todos sem excepção, encaixa-se na alma mais ultraconservadora
até à alma mais brava marxista-leninista. E esse egoísmo floresce.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Recordo as palavras de Sérvio Galba,
que chegou a governar o Império Romano entre 68 e 69 D.C. e que antes governou a
Hispânia, quando se referiu ao povo Lusitano “Há, na parte mais ocidental da
Ibéria, um povo muito estranho, não se governa nem se deixa governar”.
Também Estrabão, filósofo grego do século I A.C descreveu o povo Lusitano como
sendo muito individualista e com grande falta de coesão política. Povo esse que
foi vencido. Pelo dinheiro, claro. Sempre o vil metal a alimentar-se desse egoísmo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Roma conquistou-os, comprando-os.
O dinheiro da traição sobrepôs-se a qualquer coesão política ou identitária. O tal
egoísmo já lá estava e dois mil anos depois continua presente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Alguém acena com euros e
perdem-se os valores cívicos, societários e políticos. Ventura sabe disso e usa
a estratégia tão bem-sucedida no passado. E como este povo é inculto, vive embriagado
entre futebol, telenovelas e reality shows, não conhecerá certamente o destino traçado
ao traidor em Roma. “Roma não paga a traidores, assassina-os”. Nesta rábula,
Ventura é a Roma, o traidor são os egoístas que o levaram em ombros. Estes, que hoje tiveram voz, amanhã poderão não a ter.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Karl Popper explica no seu
paradoxo da tolerância, que a tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da
tolerância. <span style="background: white; color: #202122; line-height: 107%;">Segundo ele, a </span>intolerância <span style="background: white; color: #202122; line-height: 107%;">não deve ser tolerada, pois se a tolerância
permitir que a intolerância tenha sucesso completamente, a própria tolerância
estaria ameaçada</span>. Foi o que todos, partidos e fundamentalmente a
comunicação social, fizeram nestes últimos anos. Podemos, pois, estar a
caminhar paulatinamente para a extinção dos tolerantes sem sequer se aperceberem.<o:p></o:p></span></p>
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">Como democrata, individuo que cresceu num país livre,
pós 25 de abril, custa-me ver o caminho que este país trilha na cegueira dos
seus egoísmos. Ainda haverá salvação? Temo pelas gerações mais novas. Haverá
algo que possa fazer?</span></span>SMotahttp://www.blogger.com/profile/08909318246942952675noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-38762117484699720022024-02-21T15:59:00.001+00:002024-02-23T16:28:54.774+00:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Há (quase<u>)</u> Três Séculos A
Desenterrar Carbono<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A revolução industrial ocorreu entre cerca de 1730 e 1850 em
Inglaterra, e marca o início da utilização massiva de combustíveis fósseis
(primeiramente o carvão).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Estes, permitem ter energia relativamente barata e acessível
que pode facilmente ser transportada para onde é necessária.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A energia proporcionada pelo carvão, petróleo e gás, são o
motor do crescimento económico desde então (sempre apoiado pelo desenvolvimento
tecnológico).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Antes desse acontecimento, era habitual que a produção (as
primeiras “fábricas”) estivessem onde fosse possível aproveitar a energia de
recursos naturais (por exemplo, a água e o vento).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Embora tenham nascido cidades junto a minas de carvão, era
possível inaugurar uma fábrica noutro local, por exemplo, onde a mão de obra
fosse abundante e mais barata.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O progresso e o crescimento económico desde então,
trouxeram-nos para níveis de riqueza inimagináveis. Infelizmente, a
distribuição da mesma não foi capaz de erradicar a fome e a pobreza no mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Curiosidade<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sabia que “a formação do petróleo é um processo fascinante e
demorado que leva milhões de anos. A teoria mais aceite é que ele se formou a
partir da decomposição de matéria orgânica, principalmente algas e outros
pequenos organismos marinhos, em ambientes com pouco oxigénio”. (fonte:
Gemini). <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os seres humanos estão a causar o
aquecimento global e as alterações climáticas.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Foi por volta de 1988 que o então diretor da NASA<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>,
James Hansen, “levou o assunto para o Congresso dos Estados Unidos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A partir desse alerta, os políticos passaram a estar mais
atentos para os fenómenos resultantes das alterações climáticas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Doze anos mais tarde, Al Gore perde as eleições nos Estados
Unidos para George W. Bush. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Este, que tinha sido Governador do Texas, foi fortemente
apoiado pelo lóbi do petróleo, indústria na qual trabalhou após terminar os
estudos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Foi uma eleição com recontagem de votos na Flórida e em que
globalmente Al Gore teve mais votos, mas perdeu as eleições por uma margem
estreita. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">G. Bush com 271 votos no Colégio Eleitoral contra os 266 de Al
Gore (com um eleitor a abster-se na contagem oficial).<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Foi mais um contratempo na luta contra o aquecimento global (ou
deverei dizer azar)?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em 2006 foi lançado o documentário “Uma Verdade Inconveniente”,
“dirigido por Davis Guggenheim, sobre a campanha do ex-Vice-presidente dos
Estados Unidos, Al Gore, para educar os cidadãos do mundo acerca do aquecimento
global”<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Infelizmente, este problema que se pode tornar demasiado
grave, continua a ser levado pouco a sério por grande parte da população, mas
pior que isso, pelos decisores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Essa aparente pouca preocupação, não nos assegura que o
problema não esteja a agravar-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Como diz John Kerry: "É preciso responsabilizar os políticos
por causa do clima"<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“O ex-responsável da diplomacia norte-americana John Kerry
afirmou hoje que o mundo está a perder a luta contra as alterações climáticas
porque ninguém cumpre os compromissos assumidos no acordo de Paris e há líderes
que não acreditam na ciência”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">"A triste verdade é que não estamos a ganhar. Não há um
único país a fazer aquilo a que se comprometeu em Paris", disse John
Kerry, em Lisboa, no último dia da conferência Futuro do Planeta, promovida
pelas fundações Oceano Azul e Francisco Manuel dos Santos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Do que tenho lido, são duas as principais razões que
justificam a pouca atenção dos políticos para um problema tão sério.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- A população não se queixa, ou queixa-se muito pouco. A
razão para tal deve-se ao facto do problema (ainda) ser pouco visível. Nós
humanos, damos mais atenção aos problemas imediatos e visíveis do que aos que
ainda “poderão” acontecer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Como é que poderemos ter a certeza da magnitude dos problemas
se não os sentimos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sim, é verdade que cada vez mais presenciamos eventos
extremos relacionados com as alterações climáticas, furacões, ciclones, grandes
incêndios florestais, precipitações intensas que provocam cheias, ondas de
calor, secas prolongadas, degelo, etc, mas certamente que a maioria considera <i>que
se não passar disso</i>, <i>conseguiremos dar conta do recado</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- A outra razão está relacionada com a invisibilidade. As
ações climáticas preventivas não têm visibilidade imediata. Visam
fundamentalmente mitigar os problemas. Uma ação desenvolvida hoje não produzirá
resultados climáticos imediatos. Na melhor das hipóteses, poderemos vir a dizer
que determinado político tomou medidas que evitaram que as condições climáticas
fossem hoje muito mais graves. Mas, nessa altura, o líder em questão, até pode já
estar reformado ou morto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">As ações visam evitar que os problemas provocados pelas
alterações climáticas se agravem. Já não é possível voltar ao clima que
tínhamos antes do aquecimento global.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Reverter completamente as alterações climáticas para o estado
pré-industrial é considerado extremamente improvável. As emissões de gases com
efeito de estufa já causaram um aumento significativo da temperatura global e
mudanças nos padrões climáticos. O dióxido de carbono, por exemplo, pode
permanecer na atmosfera por milhares de anos, o que significa que os efeitos
das emissões passadas continuarão a ser sentidos por muito tempo. (Fonte:
Gemini).<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os políticos preferem gastar as verbas disponíveis em ações
que tenham visibilidade, pois são essas que dão votos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A não ser que os eleitores lhes digam que votam neles se prestarem
atenção ao clima.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Precisamos de passar à ação!<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Recentemente passou um documentário na televisão “Em busca do
carbono neutro”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em resumo, o diagnóstico está feito e as ações necessárias
estão identificadas. Sabemos o que temos de fazer para atingir esse objetivo
até 2050 (carbono neutro).<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf_84YOqEJaqoJckRkqcqvcdSSjCjZZjK65HC-DvzyWztf1iwPXk2X5hyL6kKDa6F1va-7Q_MrJTCatqv_rs8_R0nJeYfaOwkomT4xIVr6vSqrl5gxRgU7DZbMmYWGEl4dqlfZy5bLDzbIQXA7Qr-VCYPQcw8A2wF6OermWIpj5SBjJxbx2r2KBzOnZsE/s566/foto%201%20-%20carbono%20neutro.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="566" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf_84YOqEJaqoJckRkqcqvcdSSjCjZZjK65HC-DvzyWztf1iwPXk2X5hyL6kKDa6F1va-7Q_MrJTCatqv_rs8_R0nJeYfaOwkomT4xIVr6vSqrl5gxRgU7DZbMmYWGEl4dqlfZy5bLDzbIQXA7Qr-VCYPQcw8A2wF6OermWIpj5SBjJxbx2r2KBzOnZsE/w397-h223/foto%201%20-%20carbono%20neutro.png" width="397" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;">Será que vamos conseguir? Por que não antes?</span></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A resposta é simples: após ver o referido documentário, todas
as medidas dependem, para além da dedicação política, de serem economicamente
viáveis. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Ou seja, dificilmente serão implementadas (a tempo) enquanto não
forem lucrativas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Pior, esta sociedade desenvolveu-se, desde a revolução
industrial, assente nos combustíveis fósseis. Há toda uma estrutura montada que
não é fácil, nem barato, substituir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Um bom exemplo, é o dos carros elétricos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O documentário diz que nos EUA já representam 5% dos carros
novos vendidos. Embora pareça um número baixo, indicia que irá conseguir
completar a primeira fase do ciclo de vida de um produto (Introdução).<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPcpLB6XPWmzs6DPWTiCGUxahS8idAPlvFFQOgtp3sMFHnXQljiyCJhk__gtJ3nPRkgRA3t5bV-aBKAHac3Nmal3MTLvzuArhUO1uMhwNkFdgJQIK6UTZdcCAzyyYOzlSF0-ihz6cbjzttXwKUTnsllLTOALBveBD4hHdv700FKoaBakUzAstcCpMGSy4/s512/foto%202%20-%20ciclo%20vida%20produto.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="220" data-original-width="512" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPcpLB6XPWmzs6DPWTiCGUxahS8idAPlvFFQOgtp3sMFHnXQljiyCJhk__gtJ3nPRkgRA3t5bV-aBKAHac3Nmal3MTLvzuArhUO1uMhwNkFdgJQIK6UTZdcCAzyyYOzlSF0-ihz6cbjzttXwKUTnsllLTOALBveBD4hHdv700FKoaBakUzAstcCpMGSy4/w447-h192/foto%202%20-%20ciclo%20vida%20produto.png" width="447" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">No entanto, dificilmente entra na fase de crescimento de
forma sustentada se os preços não descerem. Um carro elétrico ainda tem um
custo bastante significativo a mais do que um carro a gasóleo (a diferença é ainda
maior se for a gasolina). Para além do facto de ter de trocar de bateria, em
princípio, ao fim de dez anos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Um carro elétrico da mesma gama, custa em média, mais dez mil
euros do que um carro a gasolina, com a agravante de ter de investir outro
tanto passado o período de vida da bateria (por volta de dez anos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Pretendo com este exemplo, realçar a dependência da aplicação
de ações para reduzir as emissões de carbono, à necessidade de que as mesmas
sejam economicamente rentáveis (o que é diferente de viáveis).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">No fundo, parece que estamos a dizer que só vale a pena
salvar o planeta, se não colocarmos o crescimento económico (e o nível de vida)
em causa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Claro que é preferível ter o melhor dos dois mundos, conseguir
atingir as metas sem perdermos qualidade de vida, mas até quando podemos
continuar a procrastinar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Não devemos permitir que a ansiedade perturbe a capacidade de
bem decidir, mas também não podemos continuar a desperdiçar tempo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Ver em pleno inverno praias cheias de pessoas a divertirem-se
é espantoso, mas devemos nos perguntar como será o verão dentro de 10 anos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Voltar para trás já é impossível. Imagine a improvável tarefa
de voltar a congelar o gelo que o aquecimento global derreteu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os sinais continuam a chegar-nos (comunicação social,
Internet, rádio, etc), não só quando ouvimos / lemos notícias de fenómenos
extremos, mas também de estudos científicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Recentemente li uma notícia que sugeria que a AMOC estava a
enfraquecer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A Circulação Meridional do Atlântico (AMOC, na sigla em
inglês), da qual a Corrente do Golfo faz parte, funciona como uma gigantesca
transportadora global, levando água quente dos trópicos em direção ao extremo
Atlântico Norte, onde a água esfria, torna-se mais salgada e afunda
profundamente no oceano, antes de se espalhar para o sul.</span></i><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a></span></span><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></i></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzWyRCOBxZ04AjJTwBiT5mZ3H6KyxPbY-7uilASuTKih_nmsU4U2PDPyB7wg2IpAw3jdV3h9ITvJu7tGJQdRWG1Ezx02iHJi8NVpn6XfNKWK0NqNbwzSfioPiFKvYs2ChvtwBi7qnxzsRPFKJcExGxd2Pp7AeJycFo3hG3HjWke_8NG1DdDTdtHKmLP9Y/s226/foto%203%20-%20amoc.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="226" data-original-width="226" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzWyRCOBxZ04AjJTwBiT5mZ3H6KyxPbY-7uilASuTKih_nmsU4U2PDPyB7wg2IpAw3jdV3h9ITvJu7tGJQdRWG1Ezx02iHJi8NVpn6XfNKWK0NqNbwzSfioPiFKvYs2ChvtwBi7qnxzsRPFKJcExGxd2Pp7AeJycFo3hG3HjWke_8NG1DdDTdtHKmLP9Y/w256-h256/foto%203%20-%20amoc.png" width="256" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">As principais causas do enfraquecimento da AMOC são:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">•<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aumento do
derretimento do gelo na Gronelândia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">•<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aumento da
temperatura do oceano<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O colapso da AMOC teria consequências graves para o clima
global, incluindo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">•<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Arrefecimento
na Europa e América do Norte<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">•<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aumento do
nível do mar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">•<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mudanças nos
padrões de precipitação<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">De acordo com o programa europeu de observação da Terra, <b><i>Copernicus</i>,
“</b>O mundo ultrapassou pela primeira vez durante 12 meses consecutivos o
limite do aquecimento de 1,5ºC face à era pré-industrial<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Este aumento não foi sentido de forma idêntica em todo o
lado. Aqui, na região Oeste (Portugal), o inverno mostrou-se muito timidamente.
As temperaturas diárias têm se assemelhado mais às da primavera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Torna-se preocupante por estarmos cada vez mais perto do limite
dos 2ºC estabelecido no acordo de Paris, quando ainda faltam mais de 25 anos
para atingirmos a data-limite (2050), e ainda não parámos de bater recordes nos
milhões de toneladas de carbono, enviados anualmente para a atmosfera.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Perguntei à IA do Google e da Microsoft (Gemini e ChatGPT)
quais as consequências para a humanidade </span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="background: white; color: #0d0d0d;">e para o planeta como um todo,</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> se a temperatura subir 2ºC face ao
período pré-industrial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Eis algumas das respostas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“As consequências para a humanidade se a temperatura subir
2ºC face ao período pré-industrial são graves e abrangentes, impactando
diversos aspetos da vida humana e natural.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Aumento do nível do mar: O derretimento das calotas polares e
de glaciares levaria a um aumento significativo do nível do mar, inundando
áreas costeiras e deslocando milhões de pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Eventos climáticos extremos: Ondas de calor, secas,
inundações, tempestades e furacões, mais frequentes e intensos, causando perdas
de vidas, danos em infraestruturas e impactos na agricultura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Perda de biodiversidade: O aumento da temperatura levaria à
extinção de diversas espécies de animais e plantas, alterando os ecossistemas com
forte impacto na cadeia alimentar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Acidificação dos oceanos: A absorção de CO2 pelos oceanos
tornaria a água mais ácida, prejudicando a vida marinha e a cadeia alimentar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Escassez de água e alimentos: A seca e a desertificação
afetariam a produção de alimentos, levando à escassez e à fome, especialmente
em regiões já vulneráveis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Migração em massa: A elevação do nível do mar e os eventos
climáticos extremos deslocariam milhões de pessoas, criando crises humanitárias
e refugiados climáticos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Impactos na saúde: As ondas de calor e a proliferação de
doenças transmitidas por mosquitos aumentariam a morbidade e a mortalidade,
especialmente entre grupos vulneráveis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Danos à infraestrutura: Eventos climáticos extremos
danificariam casas, estradas, pontes e outras infraestruturas, gerando custos
bilionários para reparos e reconstrução.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Conflitos e instabilidade: A escassez de recursos e os
impactos sociais poderiam levar a conflitos por água, terra e alimentos,
desestabilizando regiões e aumentando a violência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Para evitar as piores consequências do aumento de 2ºC, é
necessário que os países assumam compromissos sérios e urgentes para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">E se forem 4ºC? Uma vez que as respostas podem ser facilmente
obtidas, apresento apenas um resumo da resposta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“Aqui estão algumas das consequências que poderiam ser
esperadas de um aumento de 4ºC na temperatura global:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">1.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Colapso dos
Ecossistemas: … extinção em massa de espécies e mudanças irreversíveis nos
sistemas naturais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">2.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aumento
Drástico do Nível do Mar: … levando ao deslocamento de centenas de milhões de
pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">3.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Agricultura
Severamente Afetada: … levando a crises alimentares generalizadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">4.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Escassez de
Água Generalizada: … exacerbando os conflitos sobre recursos hídricos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">5.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Condições
Climáticas Extremas Incontroláveis: … causando danos catastróficos à
infraestrutura e à vida humana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">6.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Colapso da
Economia Global: … podendo levar a uma crise económica global sem precedentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Riscos para a
Saúde Pública: … A disseminação de doenças infeciosas, representaria sérios
riscos para a saúde pública em todo o mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">8.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Instabilidade
Social e Política: … conflitos resultantes da competição por território e
recursos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em resumo, um aumento de 4ºC na temperatura global teria
impactos devastadores à escala global, com consequências profundas para a
humanidade, os ecossistemas e a economia”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Não vale a pena perguntar por temperaturas mais altas…<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Imaginem que milhões de anos depois, um ser inteligente
consegue reescrever a história do planeta Terra e conclui que “os humanos eram
mais inteligentes que os dinossauros, mas que estes eram menos estúpidos,
afinal os répteis não faziam ideia que um pedregulho iria chocar com a Terra
enquanto os primatas sabiam o que estavam a fazer e como o evitar”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Confesso que sinto a minha preocupação pouco correspondida.
Por exemplo, até à data de hoje, não vi o assunto das alterações climáticas ser
discutido em qualquer dos debates às eleições do próximo dia 10 de março.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Muitas vezes pergunto-me se estarei errado… <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Afinal, não estar a ser divulgada informação como gostaria, não é razão para pensar que pouco está a ser feito ou que não vamos conseguir
atingir os objetivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Não tenho dúvidas que o problema existe e que pode tornar-se
grave.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os cientistas têm alertado o mundo para este problema há
décadas, e como sabemos, os investigadores científicos têm por regra analisar
os factos e procurar comprová-los, antes de falar deles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-gonzalez/noticia/2018/10/08/um-pouco-de-historia-sobre-o-relatorio-que-alerta-para-o-risco-das-mudancas-climaticas.ghtml<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_nos_Estados_Unidos_em_2000<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://pt.wikipedia.org/wiki/Uma_Verdade_Inconveniente<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://pt.euronews.com/2019/09/16/john-kerry-e-preciso-responsabilizar-politicos-por-causa-do-clima<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/sistema-de-correntes-do-atlantico-mostra-sinais-de-colapso-resultado-pode-ser-catastrofico/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn6" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/H%C3%A1%20(quase)%20Tr%C3%AAs%20S%C3%A9culos%20A%20Desenterrar%20Carbono.docx#_ftnref6" name="_ftn6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://cnnportugal.iol.pt/clima/copernicus/limite-do-aquecimento-foi-ultrapassado-pela-primeira-vez-em-12-meses-consecutivos/20240208/65c5086ed34e371fc0bcdcfc<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-18212894552537975702024-02-02T13:41:00.005+00:002024-02-02T13:44:14.898+00:00A lição de ensino básico do PSD-Madeira ao país (para os que quiserem aprender)<p style="text-align: justify;"> <span style="text-align: justify;">Vivemos tempos conturbados na
nossa democracia. Nunca imaginei ver sondagens a dar 20% de intensão de voto a
um partido fascista, vazio de conteúdo, cheio de frases feitas demagógicas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“Os políticos dos partidos democráticos
são uma vergonha e são corruptos.” Frase tão fácil de proferir e de colar nos
ouvidos de pessoas cuja paciência para a política é nula, absorvidos no seu egoísmo
social.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Visto que todos eles (políticos)
vêm da mesma “massa” que é o povo, não são seres extraterrestres puros de
espírito, que caíram neste país para que, qual paladinos, o transformarem no olimpo
da honestidade, existe uma forte probabilidade de mudar o partido no
governo, mas no final, tudo ficar na mesma no que respeita à corrupção.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Existe, no entanto, uma diferença
significativa. É que partidos democráticos são mais permeáveis à Comunicação
Social e ao Sistema Judicial – mesmo assim, na Ilha da Madeira, um partido democrático
conseguiu controlar a ilha, quer o sistema judicial quer a comunicação social.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, a diferença não está na
postura idónea dos partidos paladinos da verdade e honestidade. A diferença vai
estar no que nós, simples cidadãos, vamos saber. Do que nos vai chegar através
da comunicação social. Quando um partido fascista como o Chega controlar o
país, não haverá corrupção, não porque não se pratique, mas porque não vai
chegar aos ouvidos do povo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este é o ensinamento básico que o
PSD-Madeira nos deixa e que todos deveríamos interiorizar, perder 5 minutos
para pensar – em detrimento de 5 minutos de instagram do Chega. É que,
felizmente para a Ilha da Madeira, existe um governo central, o qual o partido
regional não controla, e que pode fazer aterrar na ilha dois aviões com 300 técnicos
de investigação. Num continente controlado por um partido fascista, não haverá
2 aviões a aterrar (europeu?) para investigar o que um partido fascista anda a
fazer no governo de um país soberano. Quem nos salvará? Quem irá investigar roubos
de milhões?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Corruptos por corruptos, dou
preferência aos que possibilitam que se saiba na comunicação social os casos de
corrupção, que deixam procuradoras escrever parágrafos a solicitar
investigações ao primeiro-ministro, ou juízes a destilarem ódio contra juízes,
ou juízes a almoçarem com políticos. Porque no final, posso sempre dormir de
consciência tranquila de que não foi com o meu voto que foram para o poder.<o:p></o:p></p>
<span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"><b>Já com outros partidos autocráticos/fascistas a
controlar o poder, não terei essa liberdade de espírito, pois muito provavelmente,
o meu voto não contará nas urnas. </b></span></div></span>SMotahttp://www.blogger.com/profile/08909318246942952675noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-52864520873275647292024-01-09T18:27:00.002+00:002024-01-09T18:27:52.162+00:00<p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">QUE NÃO
SEJA TARDE DEMAIS!</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A propósito das alterações climáticas
provocadas pelo aquecimento global, gostaria de dizer que não se ouve falar
muito sobre o assunto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Isso parece querer dizer que não
se espera que daí venha um grande problema.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No entanto, são vários os autores
e cientistas que parecem preocupados, e incansáveis de alertar para as consequências
dramáticas que advêm se a temperatura ultrapassar os dois graus centigrados, tornando-se
catastrófico se chegar aos 3 e difícil de imaginar como seria se ultrapassasse
os 4.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pessoalmente, incomoda-me mais do
que a falta de discussão sobre o assunto, estar-se a fazer muito pouco para
mitigar o aquecimento global, confirmado pelo facto dos valores dos gases com
efeito de estufa, continuarem a aumentar ano após ano.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A principal explicação que tenho
encontrado para justificar tamanha passividade prende-se com o facto de as
medidas contra as alterações climáticas não produzirem efeito no curto/médio
prazo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, muito dificilmente as
medidas que os políticos tomarem no presente produzirão resultados no tempo dos
seus mandatos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como já li algures, as condições
climáticas de hoje são consequência das ações humanas de há vinte anos. É o
tempo de leva a produzir efeito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Logo, as ações de hoje só serão
sentidas daqui a 20 anos (sensivelmente).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Portanto, não dá votos!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por outro lado, dizem também
alguns especialistas, não é fácil que seja percecionado como um perigo, algo
que ainda não o é.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sim, é verdade que temos tido
longos períodos sem precipitação e depois parece que chove tudo num só dia. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou que os incêndios são cada vez
mais difíceis de controlar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E que nalgumas regiões já se fala
em racionar a água ou construir dessalinizadoras.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas nada disso parece, pelo menos
para já, suficientemente motivador para convencer a esmagadora maioria dos
eleitores a abdicar de exigências relativas à melhoria do nível de vida, e em
particular do poder de compra, por significativos investimentos em medidas para
mitigar o aquecimento global.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para agravar a situação, o
combate ao aquecimento global depende do envolvimento de muitos, para não dizer
de todos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Claro que há atividades muito
mais poluentes, assim como países mais responsáveis do que outros, mas o que se
tem visto é uma clara primazia para o crescimento económico, e que os países
não tencionam tomar medidas que os atrasem face aos principais competidores.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguém imagina os EUA a
preocuparem-se mais com o clima do que com a China? Ou vice-versa?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas o ponto mais importante de
todos, é que mesmo com preocupações económicas já era possível, já temos
capacidade tecnológica e financeira, para fazer muito mais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se não estamos a fazer o que podíamos,
e se não se sente muita preocupação no ar, talvez seja porque o aquecimento
global só é um problema na cabeça de alguns.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou então, os decisores estão à
espera de que se torne grave para que a população assustada exija finalmente a
tomada de medidas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se assim for, tornar-se-á no
grande negócio.</p><p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-6129142500373426682024-01-05T11:37:00.000+00:002024-01-05T11:37:32.336+00:00<p> <b style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">AQUECIMENTO GLOBAL</span></b></p>
<p class="MsoNormal">A propósito do aquecimento global, procurei tentar saber se
houve, em tempos passados, períodos em que a Terra tenha aquecido de modo
idêntico ou superior ao que vivemos atualmente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Encontrei dois períodos, um há relativamente pouco tempo, e
outro, muito antes de surgirem os primeiros primatas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nunca o homem ou qualquer hominídeo viveu um período tão
quente quanto o que vivemos atualmente, e o planeta ainda não parou de aquecer
(nem sabemos quando vai parar).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Falemos um pouco sobre esses dois períodos:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>O PERÍODO QUENTE MEDIEVAL<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um dos argumentos mais citados
pelos céticos do aquecimento global é que o Período Quente Medieval (800-1400
d.C.) foi tão ou mais quente do que hoje.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">«(…)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Desde o aquecimento do início do
século, as temperaturas têm subido muito além das alcançadas durante o Período
Quente Medieval na maior parte do globo. O Relatório da Academia Nacional de
Ciências de 2006, considerou plausível que as temperaturas atuais sejam mais
quentes do que durante o Período Quente Medieval. Outras evidências obtidas
desde 2006 sugerem que mesmo no Hemisfério Norte, onde o Período Quente
Medieval foi mais evidente, as temperaturas atuais estão além das
experimentadas durante a época medieval (Figura 1). Isso também foi confirmado
por um importante artigo escrito, em 2013, por 78 cientistas representando 60
instituições científicas ao redor do mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em segundo lugar, o Período
Quente Medieval tem causas conhecidas que explicam a escala e o padrão do
aquecimento. Está claro para os cientistas agora que o Período Quente Medieval
ocorreu durante uma época em que a radiação solar estava acima da média e a
atividade vulcânica abaixo (ambos resultando em aquecimento). Uma nova
evidência também sugere que mudanças nos padrões de circulação oceânica tiveram
um papel importante ao levar águas mais quentes para o Atlântico Norte. Isso
explica muito do extraordinário aquecimento da região. Essas causas de
aquecimento contrastam significativamente com o aquecimento atual, que nós
sabemos que não pode ser causado pelos mesmos mecanismos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No geral, nossas conclusões são:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">a) Globalmente as temperaturas
estão mais quentes do que estiveram durante os últimos 2.000 anos, e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">b) as causas do aquecimento
Medieval não foram as mesmas que causaram o aquecimento do final do século XX.<o:p></o:p></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeNdIG5gS0BFUYjM7wteQ3bOcVDHJAqOGbMyGRhlvUnG9Gi2yIEjkoqF6PJiOZ1W8PybdDS-DzVoAo1P3Il-ZHfhJnSmAmT-SxKKD4i9WH2Amty_YMnztaJYjO_EX50RsWv9KlKvJyFOJGKygwMJH560wKthi3h67q84oknKpbuZkuqLD15hyphenhyphenn5prADM/s500/Temperaturas%20Hemisferio%20Norte.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="301" data-original-width="500" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeNdIG5gS0BFUYjM7wteQ3bOcVDHJAqOGbMyGRhlvUnG9Gi2yIEjkoqF6PJiOZ1W8PybdDS-DzVoAo1P3Il-ZHfhJnSmAmT-SxKKD4i9WH2Amty_YMnztaJYjO_EX50RsWv9KlKvJyFOJGKygwMJH560wKthi3h67q84oknKpbuZkuqLD15hyphenhyphenn5prADM/s320/Temperaturas%20Hemisferio%20Norte.png" width="320" /></a><br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Figura 1: Reconstrução das
Temperaturas do Hemisfério Norte por Moberg et al. (2005), mostrada em azul;
Registro Instrumental de Temperaturas da NASA, mostrado em vermelho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">(…)»<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ver artigo completo em: <a href="https://skepticalscience.com/translation.php?a=4&l=10">https://skepticalscience.com/translation.php?a=4&l=10</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>TEMPERATURA DO PLANETA ATINGIU
NÍVEIS LETAIS NO PERÍODO TRIÁSSICO <o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p>«(…)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há 250 milhões de anos,
temperatura na região tropical do planeta chegava a 60ºC, impedindo a vida nos
trópicos do planeta <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os pesquisadores já sabiam que o
aquecimento do planeta havia sido uma das principais causas da extinção em
massa no final do Permiano, mas agora descobriram que níveis letais de calor
foram responsáveis pelos cinco milhões de anos de dificuldades que se seguiram.
Durante esse período a temperatura nos continentes na região dos trópicos
variava entre 50 graus Celsius e 60 graus Celsius. No mar, chegava a 40 graus
Celsius. “Já sabíamos que o aquecimento global estava ligado à extinção em
massa do fim do Permiano, mas esse estudo é o primeiro a mostrar que
temperaturas extremas impediram a vida de recomeçar nas baixas latitudes
durantes milhões de anos”, disse Yadong Sun, pesquisador da Universidade de
Leeds e um dos autores do estudo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Antes da grande extinção, a Terra
era intensamente povoada por plantas e animais, com uma grande população de
répteis e anfíbios primitivos nos continentes e uma grande variedade de
criaturas no mar. Após o aquecimento, a zona morta se estendeu por toda região
tropical do planeta, que se tornou uma área extremamente quente e húmida. Foi o
fim das florestas. Sobraram apenas pequenos arbustos e samambaias. Nenhum
animal conseguiu sobreviver em terra. Os peixes e répteis marinhos fugiram para
regiões mais frias, deixando os oceanos tropicais para serem habitados apenas
por animais invertebrados, como os moluscos. Nesse período, as regiões polares
se tornaram o último refúgio da biodiversidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Forno triássico – Para chegar a
esse resultado, os pesquisadores analisaram os dentes de 15.000 Conodontes,
peixes pré-históricos que se parecem com as enguias, encontrados no sul da
China. Nesses animais, a quantidade de isótopos de oxigênio encontrada no
esqueleto depende da temperatura do ambiente. Logo, por meio da análise química
dos dentes os pesquisadores conseguiram prever a temperatura da Terra há
milhões de anos. <o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaV0OxvuQONL_lXCAiehl8jAT4xLzdUYDP_rQIiiRJLnMUhVS055NgVsadiDFbQkp8DHIFTjzUq9qVhnLd1T3mLdDfGsslP6j7NUg2d8BsVpYqkMhf8JZCNrk5Eqp5MTu5VBBeE2IpKVmmTjDAFyU0Ic82AWA-Fcf7GlFwbl5ty4jmMhuJ-LbuCZm4KNc/s1040/F%C3%B3ssil%20de%20um%20Conodonte.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="1040" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaV0OxvuQONL_lXCAiehl8jAT4xLzdUYDP_rQIiiRJLnMUhVS055NgVsadiDFbQkp8DHIFTjzUq9qVhnLd1T3mLdDfGsslP6j7NUg2d8BsVpYqkMhf8JZCNrk5Eqp5MTu5VBBeE2IpKVmmTjDAFyU0Ic82AWA-Fcf7GlFwbl5ty4jmMhuJ-LbuCZm4KNc/s320/F%C3%B3ssil%20de%20um%20Conodonte.png" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esse é o primeiro estudo a
mostrar que a temperatura nos oceanos poderia chegar a letais 40 graus Celsius
– uma temperatura tão elevada que a maioria dos animais morre e a fotossíntese
não é mais possível. Para efeitos de comparação, hoje a temperatura média nos
mares equatoriais vai de 25 a 30 graus Celsius.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nunca ninguém havia ousado dizer
que o clima do passado havia atingido níveis tão altos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">Se tivermos sorte</span>, a atual tendência de
aquecimento global não vai nos levar nem perto da temperatura de 250 milhões de
anos atrás. <span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">Mas, se chegar</span>,
nós mostramos que a Terra pode demorar alguns milhões de anos para se
recuperar”, disse Paul Wignall, professor da Universidade de Leeds e um dos
autores do estudo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">(…)»<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ver artigo completo em: <a href="https://veja.abril.com.br/ciencia/temperatura-do-planeta-atingiu-niveis-letais-no-periodo-triassico">https://veja.abril.com.br/ciencia/temperatura-do-planeta-atingiu-niveis-letais-no-periodo-triassico</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Tabela Do Tempo Geológico<o:p></o:p></b></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6QQ4aY4Cb8J9YBRjsREsSTKnmlY38KJJobInLz4hyphenhyphengwA_K0UpkBYM2kxkAu4zo3R_p5mndCqlOS1uXvlswUbAnWJ_fApXmYMytTFbFCSSfb3yYMQBRjhHQR2MeZgsTGMpsm572fKmY3AYiwjSJpImTdfILqzNgK0LVR7c2JFbOp2W-n9vyFjvX-namMs/s500/Tabela%20Tempo%20Geologico.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="392" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6QQ4aY4Cb8J9YBRjsREsSTKnmlY38KJJobInLz4hyphenhyphengwA_K0UpkBYM2kxkAu4zo3R_p5mndCqlOS1uXvlswUbAnWJ_fApXmYMytTFbFCSSfb3yYMQBRjhHQR2MeZgsTGMpsm572fKmY3AYiwjSJpImTdfILqzNgK0LVR7c2JFbOp2W-n9vyFjvX-namMs/s320/Tabela%20Tempo%20Geologico.png" width="251" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Fonte: </b><a href="https://paleontologiaeevolucao.blogs.sapo.pt/eras-geologicas-938">https://paleontologiaeevolucao.blogs.sapo.pt/eras-geologicas-938</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-84715318910801274172023-10-20T19:52:00.000+01:002023-10-20T19:52:12.971+01:00No vácuo do “pipi” do Montenegro <p><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Pipi quer dizer muita coisa e de
forma informal, conjugado com algumas palavras, pode ser interpretado como “bonito”
ou “arranjadinho” ou até de forma irónica resvalar para um “pintas”. É
expressão utilizada no grupo de amigos, principalmente jovens – pós-adolescência
– quando se encontram nos preparos para a caça noturna, numa “disco” qualquer,
levando a sua melhor roupa ou, não sendo a “melhor”, a que consideram com mais
estilo ou se enquadra com a sua figura ou até com a presa que pretendem caçar.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Eis, pois, que o maior candidato
da oposição decide falar sobre algo tão importante como o Orçamento de Estado,
talvez mesmo o tema mais importante que uma oposição possa ter para malhar no
governo, referindo-se ao mesmo usando o termo: pipi.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Caro Montenegro, tudo o que
possas dizer depois de usar o termo pipi, desvanece-se, são palavras soltas,
ocas e mudas. Ninguém prestou atenção. Poderás ter dito as coisas mais
acertadas sobre o OE (ou então não), que ninguém conseguiu perceber, reter ou
refletir, tal foi o impacto que o termo pipi teve na nossa – parca – mioleira. Até
para falar com o povo é necessário ter jeito ou cultivá-lo, principalmente para
quem não nasceu do povo.<o:p></o:p></span></p>
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: georgia;">Bem sei que tentas falar para nós, povo, de forma informal,
para ver se nós, coitadinhos, conseguimos apanhar a mensagem. Fica-te mal. Não
te assenta. É estranho. É estranho ver um “betinho” com manias de James Bond, a
tentar “ser do povo”. Corres o risco de perder os verdadeiros betinhos que te
acompanham e não chegares ao povo. Tenho a certeza que ninguém do povo fixou
uma palavra ou ideia depois de ouvir o pipi. Espera… seria esse o teu objetivo?
Nada dizer? Aaaah!…. Ok!.. Então foste bem-sucedido! Vês? Que te digo? Este povo
não percebe nada de política!</span></span>SMotahttp://www.blogger.com/profile/08909318246942952675noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-78369252286248660632023-10-14T16:55:00.001+01:002023-10-14T16:55:40.148+01:00O eterno conflito Israelo-Árabe<p> </p><br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vivem-se dias complicados no
médio oriente após o ataque bárbaro do HAMAS que teve como único objetivo
aterrorizar as populações, algo digno das antigas tribos Germânicas e Hunos que
há milénio e meio aterrorizavam as povoações romanas. Sim, isso mesmo, milénio
e meio.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Custa a acreditar que 1500 anos
depois, ainda estejamos a assistir a este tipo de ações em zonas de conflito –
não é exclusivo desta zona geográfica tendo, infelizmente, muita incidência no
continente africano, a que não é alheio o facto de serem zonas com baixo índice
de escolaridade e educação não sendo no entanto fator único, basta ver pelo que
está a acontecer na Ucrânia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É interessante ver os políticos,
nacionais e internacionais, a fazer equilíbrio no trapézio: condenam o ataque e
as ações do HAMAS mas depois apressam-se a condenar o estado de Israel e a
defender o “povo” da palestina e o seu direito à autodeterminação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas quem são afinal os
palestinianos? E qual era o seu território afinal tão proclamado? Esta é a
questão mais interessante de todas e que, se olharmos com algum distanciamento
emocional veremos, que é tão válido o argumento do estado da Palestina, como agora gerar-se um movimento
no sul de Espanha liderado por muçulmanos a exigir o direito ao estado de
Granada. Bom, talvez esteja a exagerar, mas não por muito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Palestina, só existiu como
região, após o Império Romano tomar conta da região e eliminar os Reinos de
Israel (sim já existia), Damasco, Judá, Filisteus, Edom, Moabe, Amon e
Finícios. Todos eles separados, mas que juntos formavam a “Judeia”. Só em 135
d.c. é que a zona passa a ter o nome de Síria-Palestina depois do Império Romano agregar outros territórios vizinhos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com a queda do Império Romano em
640 d.c. a região é dominada por Muçulmanos Árabes e é nesta altura que surgem
os “palestinos” uma mescla de árabes e judeus com estes últimos, os que puderam, a fugirem do território e a espalharem-se pelo mundo, os outros (tal como hoje acontece com os "Palestinos") foram ficando.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vieram Cruzados, voltaram
Muçulmanos Árabes, vieram Otomanos ( Muçulmanos mas sunitas) e depois Britânicos. Dividiu-se a
região saindo a Jordânia e o Mandato Britânico da antiga “Judeia”. Houve guerra de
Judeus e Árabes contra os britânicos. Houve guerra entre árabes e judeus com
vitória dos últimos que conquistaram o seu espaço - ao qual chamaram de Israel - e aumentaram, muito motivados
pelo facto de, após II Guerra Mundial, se encontrarem desesperados por terem um
pedaço de terra no mundo a que chamar “terra”, o seu refúgio. Os Árabes da
Jordânia ficaram com parte do Mandato Britânico na Cisjordânia, outros Árabes
que já lá estavam, ficaram em Gaza com proteção do Egipto. E Israel ficou e foi
conquistando o resto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando os judeus declaram o seu estado de Israel, os
Árabes, todos eles, tenham nascido na antiga região da palestina, ou nos países
vizinhos do Líbano, Síria, Jordânia, Egipto e Iraque não gostaram e declararam
guerra. E perderam.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Anos mais tarde voltaram a
declarar guerra e voltaram a perder.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Convém lembrar que os Britânicos,
quando dominavam a região, agastados com as permanentes guerrilhas no
território, tentaram dividir o território entre judeus e muçulmanos árabes,
tendo realizado várias propostas todas elas rejeitadas pelos árabes por considerarem
não haver direito à existência do estado de Israel.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quem são afinal os palestinianos?
São ambos, Judeus e Muçulmanos (árabes). Quem tem direito ao território? Se
formos pelos “nomes” cronológicos e religião, então o estado de Israel e os
Judeus teriam direito ao pedaço de terra. Se formos pelas batalhas, cujo
resultado normalmente origina um vencedor e um perdedor, então também Israel
ganhou. Sendo que amanhã pode perder. É o resultado das guerras.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um perdedor dificilmente pode
impor as regras ao vencedor. Pode continuar a lutar ou seguir em frente. Yasser
Arafat lutou durante anos, mas no final percebeu que o caminho era seguir em
frente, aceitar a derrota e criar um estado na Palestina no território que Israel deixou para eles - Faixa de Gaza e Cisjordânia. Infelizmente morreu
antes de conseguir cimentar a sua ideia. Foi pena, tal como Mandela, teria sido
fundamental para estabilizar a região e reduzir os ódios, neste caso religiosos.
O tempo cura as feridas. O HAMAS não quer curar feridas, pelo contrário, quer
abri-las mais e marcar gerações jovens, estimulando o ódio.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Neste estado das coisas é
impossível uma solução para o conflito. Não sejamos hipócritas. Israel não pode
ajudar um povo que por sua vez sustenta um grupo armado (HAMAS) que atenta
contra o estado de Israel. Faríamos nós diferente? Centenas de milhar de
palestinianos atravessam a fronteira todos os dias para ganhar dinheiro em
Israel, para depois serem extorquidas no seu território, para alimentarem o
estado armado. Estaríamos nós dispostos a ceder território, a promover o
desenvolvimento de um povo, sabendo que isso significaria uma ameaça permanente à nossa
existência?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E porque é que os países
vizinhos, todos eles muçulmanos árabes fecham as portas aos “palestinianos”
árabes? Se foram solidários com eles ao declararem guerra a Israel, porque não
são solidários e arranjam uma solução? Há espaço neste mundo que chegue para
todos. Mas parece que não. Mais vidas serão ceifadas, todas, pelo menos aos
olhos de alguém, serão justificadas, o que torna isto macabro, grave e impossível de
resolver. Enquanto o fanatismo religioso se sobrepuser à razão, ao respeito
pelo próximo, à liberdade existencial de cada um, a tragédia será irremediavelmente
o destino dos dois povos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">PS – quem estupidamente tenta
colar este conflito ao conflito da Ucrânia revela uma limitação do seu QI
preocupante e deveria imiscuir-se de falar sobre o assunto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>SMotahttp://www.blogger.com/profile/08909318246942952675noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-25582440403667949202023-08-03T17:50:00.000+01:002023-08-03T17:50:36.663+01:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mais uma mãozinha para os bancos?</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Temos ouvido falar, nos meios de
comunicação social, dos lucros extraordinários que os Bancos têm tido<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/Temos%20ouvidos%20nos%20meios%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20social%20falar%20dos%20lucros%20extraordin%C3%A1rios%20que%20os%20Bancos%20t%C3%AAm%20tido%20com%20os%20sucessivos%20aumentos%20das%20taxas%20de%20juro.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>,
numa altura de sucessivos aumentos das taxas de juro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, enquanto uns vão vivendo
cada vez mais sufocados com a perda de poder de compra, outros beneficiam escandalosamente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que não deixa de ser curioso, é
que não me recordo de ter ouvido falar em prejuízos extraordinários, ou sequer em
prejuízos, quando as taxas de juro estiveram em valores próximos de zero, ou
mesmo em valores negativos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, independentemente de
eventuais explicações, isto não devia de ser mais proporcional?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com taxas de juro muito baixas, os
lucros caem, é certo, mas os bancos conseguem evitar prejuízos. Quando as taxas
sobem, os lucros crescem exponencialmente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dizem que os bancos compram
dinheiro mais caro, quando as taxas estão altas, e mais barato, quando estão baixas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No meio de tudo isto, ainda temos
o “spread”, que supostamente é a taxa de lucro dos bancos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, o coelhinho foi com o Pai
Natal, e o palhaço, no comboio ao circo…<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Lá, foi lhes dito que o BCE tem
como grande objetivo manter a inflação num valor relativamente baixo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para tal, sempre que necessário, usa
a subida das taxas de juro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas uma parte significativa do
efeito provocado pela subida das taxas de juro não é o mesmo em todos os países
afetados pelas decisões do BCE.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há países em que cerca de 80% dos
créditos à habitação são com taxa fixa, enquanto outros, como é o caso de
Portugal, essa percentagem refere-se ao crédito com taxa variável<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Talvez seja porque geralmente é a
que compensa na altura do contrato, e (digo eu), para a grande maioria, todo o
pilim faz falta.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Isto significa que as subidas das
taxas de juro têm um impacto muito maior nas famílias com crédito à habitação
com taxa variável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Logo, se a maioria das pessoas
optar por mudar para taxa fixa (agora não é a melhor altura, esperem que desça significativamente),
as ações do BCE perdem impacto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se deixar de ter o efeito que tem
no crédito à habitação, terá de ter maior efeito no crédito ao consumo e no
crédito ao investimento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nesse cenário, e se continuar a
ser a única ferramenta para baixar a inflação, arrisco-me a dizer que o BCE não
tem outra alternativa para além de subir ainda mais as taxas de juro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/Temos%20ouvidos%20nos%20meios%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20social%20falar%20dos%20lucros%20extraordin%C3%A1rios%20que%20os%20Bancos%20t%C3%AAm%20tido%20com%20os%20sucessivos%20aumentos%20das%20taxas%20de%20juro.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://www.dinheirovivo.pt/empresas/lucros-do-bcp-disparam-580-na-primeira-metade-do-ano--16765243.html<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-30929698589675157462022-11-22T09:21:00.001+00:002022-11-22T20:21:32.982+00:00<p><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Descer a inflação? Até onde? E, até quando?</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não consigo deixar de achar alguma
graça às notícias que têm sido transmitidas pela comunicação social, nos
últimos dias, relativas a <b>vários</b> bancos terem decidido distribuir prémios pecuniários aos seus funcionários.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quer dizer, os bancos (seguindo
orientações do banco central) para fazer descer a inflação, tiram poder de
compra a todos os seus clientes com empréstimos, subindo-lhes as prestações, e em
simultâneo, contrariam essa intenção de fazer descer a inflação, aumentando o poder de compra dos
seus funcionários.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sim, é verdade que os clientes
são em muito maior número, mas onde fica o critério e o exemplo?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um amigo diz que não tem nada a
ver com isso, que os bancos apenas estão a evitar pagar tantos impostos sobre
os lucros.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Então onde fica esse grande
imperativo de fazer descer a inflação?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A esse propósito, continuo com
aquelas dúvidas na cabeça: existe algum estudo que diga que são as pessoas que
têm empréstimos contratados, as únicas responsáveis pela subida da inflação? Não
haverá forma mais eficiente de fazer descer a inflação?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou será que isto de poder subir e
descer as taxas de juro não passa de um poderosíssimo instrumento ao serviço de
quem o pode usar?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A verdade é que muitas pessoas estão
a ver o fruto do seu trabalho diminuir, <i>algumas</i> de forma considerável, mesmo
que estejam a remar em sentido contrário! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E nem sequer conseguem ficar com
a sensação que isto de fazer descer a inflação é para levar a sério!<o:p></o:p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-25075817559768657482022-11-14T17:26:00.005+00:002022-11-14T17:26:47.860+00:00<p><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Deixem os mercados funcionar!</span></b></p><p><span style="text-align: justify;">Recentemente li uma notícia que
dizia que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de quase 700 milhões nos
primeiros nove meses do ano</span><a href="#_ftn1" name="_ftnref1" style="text-align: justify;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span></span></a><span style="text-align: justify;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não considero mau as empresas
terem lucro, mas não consegui evitar que me viesse à memória uma pergunta, em
jeito de resposta, que um amigo deu a outro:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Sabias que o fulano tal vai
casar?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Ai vai! Contra quem?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas o meu comentário vai para
outra notícia, igualmente da CGD, que diz que o banco público pretende avançar
com uma compensação salarial de até 900 euros, a trabalhadores que aufiram um
rendimento mensal até 2.700 euros<a href="#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
(900 para os que ganham até 1.500 e 600 para quem ganha entre 1.500 e 2.700€).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A decisão visa compensar a subida
acelerada da inflação (que já vai numa “histórica inflação”).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não tenho qualquer inveja e até acho
muito bem que uma empresa/instituição que tenha lucros, decida atribuir
compensações salariais aos seus trabalhadores.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Aliás, a esse respeito, tenho a
dizer que lamento que cada vez menos empresas distribuam lucros com os seus
trabalhadores. Vivemos um tempo em que o capital-humano tem perdido valor para
o capital-capital. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas, não consegui evitar de
pensar que a CGD, por interposta decisão do Banco Central Europeu (e sua
presidente, Sr.ª Christine Lagarde) aumente as taxas de juro aos seus clientes
para lhes retirar poder de compra, e dessa forma fazer descer a inflação, e, em
simultâneo, procure combater a perda de poder de compra dos seus trabalhadores,
com compensações salariais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Afinal, qual é o critério?<o:p></o:p></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://observador.pt/2022/11/10/caixa-lucra-692-milhoes-em-nove-meses-mais-61-e-preve-pagar-ao-estado-o-maior-dividendo-de-sempre/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/cgd-avanca-com-compensacao-salarial-de-ate-900-euros-a-trabalhadores<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-15187219808421952282022-11-04T17:11:00.004+00:002022-11-05T20:30:43.960+00:00<p><b><span style="font-size: medium;">A Inflação e a Subida dos Juros</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Recentemente ouvi um economista
dizer que estávamos perante uma tempestade perfeita: <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Falta de algumas
matérias-primas (porque nada neste mundo é infinito, e porque ainda não se
encontraram alternativas);<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Escassez de artigos para
entrega, resultante do encerramento de fábricas devido ao Covid;<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Aumento dos preços dos produtos
energéticos e dos produtos alimentares, devido à guerra na Europa;<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- E, quanto a mim, alguma
especulação, resultante da vontade de subir margens para aumentar lucros.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tudo isto, em simultâneo, a tal
tempestade perfeita, resultou numa subida acentuada dos preços, o que levou à
subida da inflação, que em valor médio está nos 10.2 (em Portugal), mas que em
alguns produtos, ultrapassa o dobro desse valor.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Banco Central Europeu tem como
objetivo controlar a inflação, tendo como valor de referência os 2%<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/A%20Infla%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20subida%20dos%20Juros.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para fazer baixar a inflação,
aumenta as taxas de juro<a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/A%20Infla%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20subida%20dos%20Juros.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Desse modo incentiva a poupança e, mais importante, desincentiva o consumo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que está errado nisto? A
injustiça da medida!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta medida é injusta, e não
creio que seja a mais eficiente, porque só afeta uma parte da população.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nem todos têm empréstimos
bancários.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguém pode afirmar que as
pessoas que têm empréstimos à habitação são as mais consumidoras? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou que esta crise foi provocada
pelo consumo resultante de dinheiro emprestado?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estou menos informado do que se
passa ao nível das empresas, mas acredito que também aí, haja empresas mais
afetadas com a subida das taxas de juro do que outras, mas tal não significa necessariamente,
que sejam as mais responsáveis pelo aumento da inflação.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se o grande objetivo é fazer
descer os preços reduzindo a procura, então porque não subir a taxa de IVA? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Claro que esta medida não se
aplicaria aos produtos de primeira necessidade. Definia-se um cabaz com
produtos fundamentais e todos os outros ficavam sujeitos a uma subida do IVA
proporcional à subida do respetivo preço. O IVA voltaria ao valor inicial à
medida que os preços fossem descendo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outra medida possível, seria a
redução do poder de compra, com medidas semelhantes às adotadas no tempo da Troika.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Seriam certamente medidas mais
eficazes, mas acima de tudo, mais abrangentes, e por isso, mais justas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por outro lado, o dinheiro que o
Estado arrecadava a mais com o IVA, ou com o IRS, podia (e devia) ser utilizado
para ajudar aqueles que mais necessitam.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Afinal, porque é que aquelas
pessoas que contraíram empréstimos, muitas delas, vários anos antes desta
crise, estão a ver o esforço do seu trabalho cair a pique.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muitos trabalhadores competentes
e dedicados, já viram o seu esforço ser “engolido” pelas taxas de juro. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os aumentos salarias (que ainda
não chegaram) para ajudar a compensar os aumentos da inflação, bem como eventuais
aumentos resultantes de progressões nas carreiras, por mérito, já foram resgatados
pelas subidas das taxas de juro, e as taxas de juro vão continuar a subir.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta crise não devia ser
suportada por todos? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para onde vai o dinheiro das
taxas de juro? O dinheiro que estão a tirar às famílias para que não consumam?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns vão dizer que quando as
taxas de juro desceram, ninguém disse nada.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É verdade, mas até nessa altura
os Bancos tiveram lucros. Recebem sempre o montante do empréstimo mais a
respetiva taxa de lucro, o SPREAD.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não é comparável! <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que é certo é que uma parte da
população chega ao fim do mês com muito menos dinheiro disponível na carteira.
E não é porque trabalharam menos, é porque “o sistema”, decidiu de forma
administrativa, que esse dinheiro tinha de ser entregue ao Banco.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou seja, sem nada de palpável que
o justifique, o dinheiro ganho a trabalhar passa do bolso de uns para a conta
de outros. Assim, por decreto!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dizem-nos os economistas que numa
sociedade capitalista (como a nossa) devemos deixar os mercados funcionar. Não
devemos interferir.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Então tirar a uns para entregar a
outros não é uma interferência? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E, porque diabo, são sempre os
mesmos a receber? <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">
</p><div><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/A%20Infla%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20subida%20dos%20Juros.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> https://pt.euronews.com/my-europe/2022/06/25/porque-e-que-os-bancos-centrais-aumentam-as-taxas-de-juro-para-conter-a-inflacao<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/lpamplona/Downloads/A%20Infla%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20subida%20dos%20Juros.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> https://www.ecb.europa.eu/ecb/educational/explainers/tell-me-more/html/interest_rates.pt.html<o:p></o:p></p>
</div>
</div><div style="mso-element: footnote-list;"><div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-35609218582238951742022-10-31T13:44:00.001+00:002022-10-31T13:45:29.795+00:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OgXNB_3FJ5oJS5MSsRa00g-ae_Va6h_K-RB-4E9L-cHR6npcgEhBuK42jvRqz6cZXnVNmqc5cVBSJSzQbNkJXaSX8crxFfEICSOrn_qavLN2-dlSjQ6Vn7pPUXRZ_gFe_gK8a8BwNfbLx3TN97h6O5veu_uRMGET2q5IOvhGjsEaqKSUMPw_l8bm/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OgXNB_3FJ5oJS5MSsRa00g-ae_Va6h_K-RB-4E9L-cHR6npcgEhBuK42jvRqz6cZXnVNmqc5cVBSJSzQbNkJXaSX8crxFfEICSOrn_qavLN2-dlSjQ6Vn7pPUXRZ_gFe_gK8a8BwNfbLx3TN97h6O5veu_uRMGET2q5IOvhGjsEaqKSUMPw_l8bm/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><br /><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 30pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc114300591"><!--[if !supportLists]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">17.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">Afinal porque cá andamos?</span></span></a><span style="mso-bookmark: _Toc114300591;"></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Não sei se esta pergunta faz
algum sentido. Talvez haja algum pretensiosismo em pensarmos que andamos cá por
alguma razão. Pode ser que estejamos cá apenas por que sim; porque a vida
forma-se sob determinadas condições (ou porque Deus assim o quis, para os que
acreditam que foi assim que tudo começou).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Não pretendo relançar a
questão da teoria criacionista versus a teoria evolucionista. Independentemente
de como começou a vida na terra, parece que ninguém duvida que temos um forte
instinto de sobrevivência e que a continuidade da espécie (se possível, com os
nossos genes) parece estar gravada na pele de cada um (refiro-me, obviamente, à
generalidade).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No essencial, praticamente
todos queremos sobreviver, deixar descendente/s, melhorar de nível de vida e ajudá-lo/s
a ter sucesso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A vida na Terra, após
formar-se, ganhou complexidade, e nunca mais parou de adaptar-se ao meio envolvente.
O Homo sapiens, com os seus cerca de trezentos mil anos, tem evoluído, não
tanto em termos físicos, mas fundamentalmente graças ao desenvolvimento
tecnológico e ao conhecimento que este lhe continua a proporcionar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A agricultura (e a
domesticação de animais) deram-nos a oportunidade de vivermos organizados em
cidades/estados, que permitiram não apenas a divisão de tarefas, mas mais importante,
que surgissem novas atividades, como é o caso dos investigadores/cientistas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Passamos a ter atividades para
além das que estão diretamente relacionadas com a produção de alimentos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Já somos a espécie mais
inteligente e com as ferramentas tecnológicas mais evoluídas. Temos uma enorme
influência sobre a vida dos outros seres vivos (até há data, muito mais
negativa do que positiva), ao ponto de estar em curso a sexta extinção em massa
(esta, infelizmente, provocada por nós).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Daí a pergunta, o que
pretendemos enquanto sapiens, para nós e para o mundo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A resposta à pergunta em cima
poderia ser que temos vários objetivos nas mais diversas áreas, e que devemos
estar otimistas porque ainda não parámos de obter progressos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sugiro a visita ao sítio </span><a href="https://www.gapminder.org/"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">https://www.gapminder.org/</span></a><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"> dos mesmos
autores do livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Factfulness</i>. Talvez
se surpreenda ao constatar que apesar de muito estar por fazer, tem-se
conseguido alcançar progressos significativos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Eis alguns exemplos<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Nos últimos 200 anos, a
escravatura e os trabalhos forçados, passaram de ser legais em cerca de 200
países, para os atuais menos de 5 (apenas 3 em 2017).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Há aproximadamente 200 anos,
44% das crianças morriam antes de celebrar o quinto aniversário. Hoje são menos
de 4%. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Em 1950, 28% das crianças
com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos, trabalhava a tempo inteiro,
com más condições de trabalho. Esse número em 2012 era inferior a 10%. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Nos últimos 50 anos, a
percentagem de pessoas a passar fome desceu dos 28 para os 11%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- No mesmo período, o nº de
meninas a frequentar o ensino básico, passou de 65% para 90%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Em 1800 apenas 10% da
população mundial sabia ler e escrever. Em 2016 esse nº já superava os 86%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- A percentagem de área
protegida no planeta (reservas naturais) passou de 0.03% em 1900 para 14.7% em
2016.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- A percentagem de pessoas com
acesso a água potável passou de 58% em 1980 para 88% em 2015.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas a pergunta deste capítulo
refere-se a um objetivo que necessita de muito mais tempo para ser alcançado,
ou eventualmente, que nunca seja possível de alcançar na sua plenitude.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine que:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Nós (sapiens) faremos sempre
de tudo para não nos autoextinguirmos (já agora, imagine que temos sucesso
nesse desígnio).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Que conseguimos, por sorte
ou engenho, sobreviver a todo o tipo de desastres naturas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Que nenhum asteroide de
enormes proporções embate na terra nos próximos milhões de anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Que umas vezes de forma mais
acelerada e outras de modo mais lento, continuamos sempre a evoluir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Agora, tente imaginar aquilo
que poderemos vir a conseguir:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Será que um dia nos livramos
das armas (em particular das de destruição em massa)? Não creio que os misseis
nucleares tenham sido desenvolvidos para nos defendermos de um eventual ataque
de extraterrestres. Para além de uma exagerada demonstração de força, têm
servido para garantir que ninguém se atreve a tentar invadir os seus detentores
(mas a verdade é que continuamos todos a dormir com uma bomba debaixo da cama, e
quem as tem, parece não ser capaz de se sentir seguro sem elas).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Será que vamos conseguir
viver sem pobreza? Viver num mundo onde todos vivem bem (mesmo que alguns vivam
melhor do que os outros, mas sem as atuais desigualdades descomunais)? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Será que um dia vamos
tolerar as diferenças? Ou melhor, viver com elas sem lhes prestar atenção? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Qualquer um desses objetivos
já podia ter sido alcançado. Ambos já estão perfeitamente ao nosso alcance.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Creio que ninguém duvida que
se quiséssemos, conseguíamos, sem grandes dificuldades, terminar com a fome no
mundo. Tenho inclusive a certeza de que poderíamos ir mais longe e por fim à
pobreza. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Já em relação às armas de
destruição maciça, é evidente que temos os meios técnicos para as desmantelar; o
problema reside na confiança que é necessária para o fazer. Cada um precisa de
confiar em todos os outros. Tendo por base o nosso passado relativamente
recente, não é tarefa nada fácil. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Apesar de termos os meios, não
é fácil de prever quando será concretizado este objetivo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas existem outros, igualmente
difíceis ou até impossíveis de prever quando os conseguiremos atingir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Deixo aqui alguns exemplos:<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Quanto tempo até conseguirmos</span></i><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Por fim às desigualdades
profundas? (nomeadamente enquanto houver pobreza, fome e miséria)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Deixar de poluir o ambiente?
(passando a usar produtos biodegradáveis e a reutilizar, sempre que possível)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Acabar com a dependência dos
combustíveis fósseis? (apenas usar energias limpas e renováveis)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Parar de enviar gases com
efeito de estufa para a atmosfera? (será a tempo de evitar alterações
climáticas catastróficas?)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Passar a cuidar do planeta
Terra como se fosse a nossa única casa? (em vez de o vermos como uma fonte de
enriquecimento rápido)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Conceder aos outros seres
vivos deste planeta, o espaço e a liberdade de que necessitam para que possam
viver naturalmente?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Deixar de olhar para os
outros seres vivos como seres sem alma? (antes como seres vivos que seguiram um
caminho diferente na evolução e com quem podemos aprender algo);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Deixar de morrer por causa
do cancro?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Encontrar uma defesa eficaz
contra os micro-organismos? (nomeadamente vírus e bactérias que nos causam
doenças graves)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Retardar consideravelmente o
envelhecimento celular (e dos tecidos e órgãos) de modo a aumentar significativamente
o nosso tempo de vida?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Passar a usar implantes que
potenciem as nossas capacidades inatas? (como por exemplo, visão, audição,
olfato, paladar, memória e rapidez de raciocínio)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Não ceder à manipulação genética?
(e criar super-homens);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Controlar os nossos
instintos mais negativos? (egoísmo [ou gula], ganância [ou avareza], luxúria,
ódio [ou raiva], inveja, preguiça, vaidade [ou soberba], ciúmes, mentira e
desprezo)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Viver num mundo em que
queremos o bem de todos e não apenas dos que fazem parte do nosso grupo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Ser capazes de pedir
desculpas pelo mal que fizemos aos outros? (escravidão, subjugação, roubo e
apropriação, etc.)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Livrar-nos das desigualdades
e discriminações? (por diferenças de género, cor da pele ou orientação sexual)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Ser mais informados e
exigentes dos nossos direitos (e não ficar à espera que tudo se resolva)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Acabar com as desigualdades
financeiras para lá do razoável (ninguém devia possuir mais do que X)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Parar de fazer trabalhos
repetitivos e pouco estimulantes? (deixando-os para a inteligência artificial e
robótica)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Permitir que as máquinas
mandem em nós? (talvez tenhamos o bom senso de nunca permitir que tal aconteça)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Descobrir como se formou a
vida? (e tudo o que esse conhecimento nos poderá proporcionar)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Mudar de corpo? (levando apenas a forma de
pensar, a memória e a consciência, e desse modo continuar a viver)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Habitar um planeta com
condições de vida semelhantes à do planeta Terra?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Viajar à velocidade da luz?
(ou o mais próximo possível)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Juntar e/ou separar as
partículas mais ínfimas? (as subatómicas)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Entender como era o Universo
antes de se formar? (se tal for possível)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Compreender se há um propósito
para a vida? (haverá?)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">- Saber tudo (e o que fazer a
seguir?)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">São previsões difíceis de
fazer, principalmente porque não remamos todos para o mesmo lado. Se algum dia
o decidirmos fazer, tudo irá mudar muito mais depressa (creio que é exatamente
isso que muitos não pretendem).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No entanto, atrevo-me a dizer
que apesar de 100 anos ser uma ínfima parte do tempo de vida deste planeta
(aproximadamente 4.6 mil milhões de anos, ou do tempo em que há vida neste
planeta – aproximadamente 3.5 mil milhões de anos), pode ser suficiente para
conseguirmos progressos impressionantes, e que poderão, certamente, provocar
alterações significativas na forma como passaremos a viver. E este é o ponto.
Admitindo que viveremos (sem nos autodestruirmos) por mais <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não sei quantos</i> mil milhões de anos, imagine o que podemos
descobrir e evoluir (ninguém consegue ter tanta imaginação). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Tendo em conta a evolução que
conseguimos alcançar, apenas nos últimos 100 anos, tente imaginar como será a
vida daqui a cem anos! E daqui a mil? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Creio que apenas mentalidades
conservadoras (receio da mudança) ou interesses privados, nos poderão impedir
de evoluir mais rápido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Se há dois mil anos atrás
disséssemos a alguém o que somos capazes de fazer hoje, arriscávamos a que nos
matassem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Se for possível continuar
sempre a evoluir e a acumular conhecimento, é nos completamente impossível
imaginar como seremos, o que saberemos, e o que conseguiremos fazer, dentro de dez
mil anos (quanto mais dentro de um milhão de anos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Esse poderia ser o nosso
propósito, pelo menos na minha ingenuidade gosto de acreditar que sim: “um
conhecimento, tão completo e profundo quanto possível, sobre o nosso planeta
(primeiro) e sobre o universo em geral”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Creio que ter um propósito
pode ajudar a construir um sentido mais crítico para o mundo que pretendemos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Como é que podemos alcançar um
objetivo maior se continuamos a privilegiar a parte face ao todo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que no entretanto temos
as nossas vidas, mas podemos sempre tentar conciliar objetivos de vida
individual, com metas mais amplas (ao nível da espécie e da vida em geral).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Isso é mais fácil de alcançar numa
sociedade justa e equilibrada, com forte contributo em prol da ciência e da
investigação, visando a obtenção de conhecimento que sirva a vida.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.gapminder.org/<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-14195999858535172572022-09-29T16:40:00.000+01:002022-09-29T16:40:11.180+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEzTHnRbaKEbyj9IUCPD_mhatn7U11Vmdyqx0ar4p9yYNHAjNZEEUfjr8HAqxsHIQNU2Rkw9zXJ12e3R-wpUQJkU60sWmAfv1NkYocd80DBf3n3pYnsQTBd_EsjlI8GEIGaFEA6o3Fjk2kB7HuOT-AQtvNwPdCcpcuTXCvAbgBEneE5Pn9IQsT64j5/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEzTHnRbaKEbyj9IUCPD_mhatn7U11Vmdyqx0ar4p9yYNHAjNZEEUfjr8HAqxsHIQNU2Rkw9zXJ12e3R-wpUQJkU60sWmAfv1NkYocd80DBf3n3pYnsQTBd_EsjlI8GEIGaFEA6o3Fjk2kB7HuOT-AQtvNwPdCcpcuTXCvAbgBEneE5Pn9IQsT64j5/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><br /><p></p><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc114300590"><!--[if !supportLists]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">16.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">As desigualdades profundas</span></span></a><span style="mso-bookmark: _Toc114300590;"></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As grandes desigualdades são
recentes. Terão certamente menos de dez mil anos. Só passaram a existir quando
deixamos de ser caçadores coletores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que surpreende é que apesar
de estarmos cada vez mais evoluídos, refiro-me ao desenvolvimento tecnológico,
mas também ao conhecimento científico nas mais diversas áreas, as desigualdades
entre ricos e pobres não param de aumentar. Diria que se agravaram nos últimos
40 anos ao ponto de atingiram valores verdadeiramente escandalosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A única razão para estas desigualdades
que não servem os interesses da esmagadora maioria da população mundial (e
muito provavelmente o tempo dirá que afinal não serviu os interesses de
ninguém), tem que ver com as regras do jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É exatamente como no jogo de
tabuleiro “Monopólio”. Termina quando um fica com tudo e os restantes com nada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Na vida real, na economia em
que vivemos, basta alterar as regras do jogo para que não seja possível
amealhar tanto dinheiro e tão depressa. No limite, até se podia permitir que
multimilionários continuassem a expandir os seus negócios desde que a partir de
determinado montante, os lucros fossem para a população onde os mesmos eram
gerados. Como acontece na pesca desportiva que no fim atiram de novo o peixe, ainda
vivo, para o local de onde foi retirado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não acredito minimamente que
este modelo sirva o interesse do ser humano. Julgo mesmo que pode determinar o
fim da nossa espécie.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não conheço pessoalmente
nenhum homem rico, mas acredito que tenham grandes qualidades, principalmente
em criar riqueza e a gerir negócios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas houve homens e mulheres
que fizeram muito pela humanidade, que ajudaram a tornar vida de todos muito
melhor e não ficaram “escandalosamente” ricos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que pretendo dizer é que só
há uma justificação para que certas pessoas tenham tanto dinheiro, especialmente
quando ainda há tantas pessoas com tão pouco: porque as regras do jogo estão
feitas para que seja assim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A grande questão prende-se em
saber se gostamos de viver neste modelo económico, ou se simplesmente não o
tentámos alterar, porque não tivemos capacidade para tal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Pode dar-se o caso de ainda não
termos conseguido porque os mais ricos conseguiram impor a sua vontade, mas
também pode ser que queiramos que as coisas assim continuem…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Poderá ser essa uma das razões?
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">No fundo todos gostaríamos de
ser ricos! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Na verdade, não é um sonho
impossível, no sistema capitalista liberal em que vivemos: uma pessoa
enriquecer em relativamente pouco tempo (principalmente se não fizer parte do
clube dos pobres).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O problema é que este sistema,
à semelhança do que acontece em jogos do estilo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">EUROMILHÕES</i>, só dá para muito poucos. A esmagadora maioria ficará
sempre a ver navios. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">No entanto, se optássemos por
um outro modelo, poderíamos erradicar a miséria e a pobreza (mesmo que isso nos
exigisse, a certa altura, algum tipo de controlo populacional). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Portanto essa é a questão que
se coloca: Um sistema com ricos com quase tudo, alguma classe média e muitos
pobres? Ou um sistema sem pobres, enorme classe média e alguns ricos (embora nenhum
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">podre</i> de rico).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Tenha em atenção os números
que o atual sistema criou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A população mundial está
atualmente muito próxima de atingir os oito mil milhões de habitantes<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
(faltam pouco mais de cem milhões de habitantes). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">De acordo com o relatório
publicado pela organização não-governamental OXFAM,<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> os 1%
mais ricos (menos de 80 milhões de habitantes) <i style="mso-bidi-font-style: normal;">possui o dobro da riqueza detida por 6.9 mil milhões de habitantes</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Do mesmo relatório chegam-nos
números ainda mais impressionantes: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">apenas
2.153 (dois mil cento e cinquenta e três) multimilionários detêm mais riqueza
do que 4,6 mil milhões de pessoas</i>, que correspondem a cerca de 60% da
população mundial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A riqueza combinada dos 22 homens mais ricos do mundo é superior à de
todas as mulheres do continente africano</span></i><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">. Significa
isto que apenas 22 homens detêm mais riqueza que 689 milhões de mulheres<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O número que se segue é ainda
mais incrível: “Se todos se sentassem sobre o valor da sua riqueza empilhadas
em notas de 100 dólares, a maior parte da população mundial estaria sentada ao
nível do chão. As pessoas de classe média dos países mais ricos conseguiram
estar na altura de uma cadeira. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mas os
mais ricos do mundo estariam sentados no espaço sideral</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A OXFAM salienta que poupar
dez mil dólares por dia desde a construção das Grandes Pirâmides s<i style="mso-bidi-font-style: normal;">erviriam apenas para ter um quinto da
fortuna média dos cinco mais ricos do mundo</i>”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Jeff Bezos considerado
atualmente o mais rico do mundo tem uma fortuna avaliada em 149 mil milhões de
euros<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em contrapartida:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Cerca de 800 milhões de
pessoas vive na extrema pobreza com menos de 2 (dois) dólares por dia<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Perto de 3.4 mil milhões de
pessoas (Mais de 43% da população mundial) não consegue receber mais do que 10
dólares por dia. Estamos, portanto, a falar de viver com menos de 300€ por mês.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Aproximadamente 1.6 mil
milhões de pessoas (cerca de 20% da população mundial) vive com 20 dólares por
dia (não chega a 600 euros por mês).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A soma destes três grupos
representa quase três quartos da população mundial (73.6%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Surpreende-me que não se faça
mais para alterar este absurdo, porque não é justo, não é o que melhor serve o
interesse de todos e porque só é possível, porque assim o continuamos a
permitir (ou porque o queremos ou porque não soubemos fazer mais para o
contrariar).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Este sistema criou a crise de
2008. Uma crise gerada por ganâncias e egoísmos sem qualquer justificação para
além dos interesses próprios dos seus autores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em Portugal, os dois banqueiros
que mais prejudicaram o país com a referida crise financeira, em valores que
não deverão estar muito longe dos vinte mil milhões de euros, um deles morreu
em prisão domiciliária, e o outro, ainda recentemente foi visto a passar férias
em Itália.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Tenho ideia de já ter ouvido
dizer que neste país já há quem tenha ido parar à prisão por ter sido apanhado
a roubar um pacote de batatas fritas em um supermercado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas este sistema económico em
que vivemos é igualmente responsável por outra crise que está longe de estar
resolvida e que ainda não fazemos ideia de qual será a sua amplitude, mas que
pode vir a ser demasiado grave ao ponto de seguirmos caminho idêntico ao dos
dinossauros, com a diferença de não aparentarmos necessitar da ajuda de
qualquer asteroide. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Temos uma enorme tendência
para endeusar aqueles que atingem o sucesso. O homem mais rico do mundo, o dono
da maior empresa do mundo, o melhor jogador da bola, etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas muitas vezes a diferença
do melhor para os que o seguem não é assim tão grande. Não querendo tirar
mérito a quem o tem, muitas vezes é (também) uma questão de oportunidade, de
estar na hora certa no lugar exato. Atrevo-me até a dizer que se não fosse
fulano seria sicrano e se não fosse hoje seria amanhã. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas infelizmente, nada parece
ser mais importante do que o nosso desejo projetado de vencermos o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">EUROMILHOES</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Qualquer dos milionários deste
mundo, se após um naufrágio fosse o único sobrevivente a chegar a nado a uma
ilha deserta, mesmo que fosse a ilha mais amistosa do planeta, sem quaisquer
predadores, sem repteis ou insetos venenosos, rica em recursos, tais como água
potável, plantas e frutos comestíveis, peixes e pequenos mamíferos, mesmo
nessas condições, na melhor das hipóteses conseguiria sobreviver.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Para se ficar milionário, é
necessário que estejam criadas determinadas condições que não dependem, nem
foram criadas por ninguém isoladamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imaginem o mundo atual como um
gigantesco Burundi. Os quase oito mil milhões de habitantes, mas com o nível de
vida que encontramos atualmente neste pequeno país de Africa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se o mundo fosse um enorme Burundi,
de certeza que a riqueza dos multimilionários seria muitíssimo inferior. Em
contrapartida, se o mundo fosse uma enorme Singapura, a riqueza seria ainda
mais astronómica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Apenas para se ter uma noção
dos valores em causa, o Produto Interno Bruto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">per capita</i> do Burundi não chega a ser 1% do PIB <i style="mso-bidi-font-style: normal;">per capita</i> de Singapura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A Amazon permitiu ao seu maior
acionista tornar-se no homem mais rico do mundo ao vender para quem tem forma
de comprar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">on-line</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Preocuparam-se certamente em adaptar-se
ao mercado das compras pela internet para melhor satisfazer a procura dos seus
clientes (e potenciais clientes). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Tanto quanto sei, as empresas
não se preocupam em resolver problemas socias, como a educação e a saúde, nem
com a qualidade de vida das populações ou com a sua ascensão social. Isso cabe
aos próprios cidadãos (e eventualmente) aos governos dos respetivos países. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não creio que a Amazon se preocupe
em dar poder de compra a quem não o tem, ou sequer em garantir o acesso
generalizado à internet e às compras digitais. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine que amanhã surge uma
nova pandemia, mas com um vírus dezenas de vezes mais mortal que o atual Covid-19.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por razões ainda
desconhecidas, esse vírus implantou-se muitíssimo mais no hemisfério norte do
que no hemisfério sul. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nesse cenário imaginado, as
vendas da Amazon cairiam a pique, no entanto, não foi porque trabalhou menos ou
pior do que em anos anteriores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine agora um cenário
totalmente oposto. Um cientista descobria uma forma de energia limpa,
inesgotável e extremamente barata. A economia mundial crescia como nunca. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Há vários fatores que não
dependem do bom desempenho das empresas e que podem determinar resultados
diametralmente opostos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Cristiano Ronaldo é um jogador
de futebol com fãs espalhados pelo mundo inteiro. Isso deve-se ao seu talento e
empenho, mas também devido ao desenvolvimento tecnológico que permitiu que os
seus jogos sejam acompanhados por adeptos de futebol espalhados pelo planeta,
seja através da internet ou da televisão (por cabo ou satélite).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Essa visibilidade global
permite-lhe faturar milhões todos os anos, valores que por exemplo, nunca
estiveram ao alcance de Diego Armando Maradona, apesar de ser considerado por muitos,
o melhor futebolista de todos os tempos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que o dinheiro
proveniente dos contratos publicitários que Cristiano assina, pertencem-lhe inteiramente
e são totalmente legais. Apenas quis referir que nunca conseguiria ganhar tanto
dinheiro se não tivesse tanta visibilidade, e que grande parte dessa
visibilidade só é possível graças ao aumento do poder de compra e ao desenvolvimento
tecnológico que ainda não havia apenas há três décadas (e para o qual, muito
provavelmente, ele não terá contribuído). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Temos assistido a governos
ajudarem grandes empresas quando estas atravessam momentos de grande
dificuldade. Não me refiro apenas aos dinheiros públicos e às medidas de
austeridade que serviram para salvar bancos (geridos por gananciosos). O mesmo
já aconteceu (e provavelmente continuará a acontecer) com outras empresas
públicas e privadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Apesar de estarem disponíveis
para serem ajudadas pelo dinheiro dos contribuintes, as empresas pretendem cada
vez mais lucros para os seus acionistas e pagar o menos possível em impostos e
salários, mesmo que os ditos sirvam para aumentar o poder de compra (de muitos
que também são seus clientes).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A distribuição da riqueza é
altamente injusta. Apesar do trabalho ser feito por uma organização, o lucro é
maioritariamente distribuído por uma pequena parte (na verdade, atualmente, na
grande maioria das vezes, é todo).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por essa razão temos uma
desigualdade tão brutal, e não menos impressionante, ainda não parou de
crescer: não querem pagar mais impostos; nem aumentar os salários nem distribuir
os lucros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não nos devemos esquecer que
em qualquer empresa que seja viável, os trabalhadores pagam-se a si próprios e
ainda geram mais-valias. Se assim não for, a empresa para subsistir necessita
de ser financiada. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Sim, é verdade que dão emprego
e contribuem para o crescimento económico e a melhoria de vida de muita gente.
Mas isso é assim porque não pode ser de outra maneira. Quando as empresas
tiverem máquinas que façam o trabalho de pessoas, de forma mais eficiente e
económica, acredita que (por vontade delas) vai continuar a ser assim?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É inegável que alguém que
passa de uma empresa de garagem para uma empresa como a Amazon tem de ter
muitas qualidades. Provavelmente são pessoas com um excelente entendimento do
funcionamento de mercados (e talvez da própria sociedade). Muitos tiveram o
mérito de criar riqueza e ajudar a economia a crescer. Mas acima de tudo, é
importante reter que só é possível, porque <i style="mso-bidi-font-style: normal;">as
atuais regras do jogo</i> permitem que se enriqueça relativamente rápido e com
limites para lá da troposfera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Do meu ponto de vista, não
creio que fosse injusto a certa altura colocar um travão, não tanto para
impedir o crescimento da riqueza pessoal, mas para o desacelerar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se, de um modo geral, a
sociedade contribui para a possibilidade de criar mais riqueza, através do
desenvolvimento tecnológico, do investimento no conhecimento, e do aumento do poder
de compra, então parece-me justo que a partir de certo nível de riqueza, a
contribuição das empresas para os que proporcionaram esse enriquecimento, pudesse
ser maior do que é atualmente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Isso não iria impedir que os
ricos continuassem a poder ter as suas excentricidades, apenas que a certa
altura, o enriquecimento desacelerava, para poderem contribuir para a
comunidade que os ajudou a ter sucesso.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.worldometers.info/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.oxfam.org/en<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://visao.sapo.pt/exame/macro/2020-01-20-seis-numeros-que-mostram-um-mundo-cada-vez-mais-desigual/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://countrymeters.info/pt/Africa<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.jn.pt/economia/os-dez-homens-mais-ricos-do-mundo-num-ano-com-mais-660-multimilionarios--13546748.html<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn6" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref6" name="_ftn6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.gapminder.org/tools/#$chart-type=mountain&url=v1<o:p></o:p></p>
</div>
</div><br /><p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-80765783642320821172022-09-17T10:53:00.001+01:002022-09-17T10:53:16.064+01:00<p> </p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc114300599"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US" style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"></span></span></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a name="_Toc114300599"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ryPvHl2S2labqs7hIqXAEvTgcW5PWNn4fWiEDAX24dhtXt6UvgU1sJbHOlxq-O9sSc_QHUM4krurRNTN--LO72cl09gUtuTSuOjgETALKWg6y3pIhMyidsT9AagOwWt6pzUp26KvkhFN5n80OwIm6sgEakbdreZkXyR_0MZvkJjJrgBGQ_X2YoNi/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ryPvHl2S2labqs7hIqXAEvTgcW5PWNn4fWiEDAX24dhtXt6UvgU1sJbHOlxq-O9sSc_QHUM4krurRNTN--LO72cl09gUtuTSuOjgETALKWg6y3pIhMyidsT9AagOwWt6pzUp26KvkhFN5n80OwIm6sgEakbdreZkXyR_0MZvkJjJrgBGQ_X2YoNi/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><a name="_Toc114300599" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US"></span></span></a><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc114300599" style="text-indent: 0cm;"></a><a name="_Toc114300599" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US">25.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">Alterações climáticas</span></span></a></h2></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Durante algum tempo, para os
menos informados, e talvez mais ingénuos, ainda havia esperança que fosse
reversível. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Parecia difícil de acreditar
que íamos deixar acontecer uma mudança que de forma generalizada nos ia trazer tantas
e tão sérias dificuldades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Podemos até questionar-nos se
haverá quem venha a beneficiar com as alterações climáticas, e nessa sequência
de pensamento, especular se houve quem fez força para impedir aqueles que as
tentavam travar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Atualmente são uma certeza, de
tal modo que as palavras de ordem passaram a ser “mitigar” e “adaptar”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Aqui é importante realçar que
uma depende da outra: quanto menos conseguirmos mitigar, mais será necessário
adaptar para tentar sobreviver.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Hoje sabe-se que a subida da
temperatura resulta de uma maior concentração de gases com efeito de estufa na
atmosfera da Terra, com forte destaque para o dióxido de carbono, que é
libertado pela queima de combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Prevê-se que com as atuais
taxas de emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, a temperatura
média da Terra possa aumentar 2ºC até 2050, atingindo o valor limite, para lá
do qual atingiremos valores perigosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em 2019 a temperatura média da
Terra esteve ao redor de 1.1ºC acima dos níveis pré-industriais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É importante sublinhar que se atravessarmos
o limite definido para 2050, teremos de enfrentar os efeitos irreversíveis de
uma crise climática sem precedentes na história da humanidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Podemos, portanto, concluir
que já não há forma de voltar atrás, que a subida da temperatura média da Terra
ainda não estabilizou e que quanto maior for, mais graves (ou catastróficas) serão
as consequências do que iremos ter de enfrentar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É como se estivéssemos a bordo
do Titanic, com a certeza de que não vamos conseguir impedir o choque frontal
com o iceberg, apenas ainda sem saber com que estrondo, e quais as consequências
do embate. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É completamente diferente
viver com os fenómenos das alterações climáticas, uma vez por ano, ou, uma vez por
mês, isto sem falar na intensidade dos mesmos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Fenómenos extremos como <b>fortes
chuvadas</b> com valores de precipitação num curto espaço de tempo, equivalente
a um longo período. Por exemplo, chover numas horas o mesmo que num ano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A perda de humidade nas
florestas e consequente seca dos solos, resultado da subida da temperatura, tem
conduzido a <b>incêndios</b> cada vez mais difíceis de combater.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Longos períodos sem chuva que
tem levado a <b>secas extremas</b> com graves consequências na alimentação e
disponibilidade de água potável que tem afetado algumas populações, em
particular no continente africano, de forma extremamente severa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ondas de
calor</span></b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">, capazes de tirar a vida a quem estiver com a saúde mais debilitada e
não tiver meios para se proteger.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Caídas repentinas e
inesperadas de <b>granizo</b> que destroem por completo produções inteiras de cultivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Furacões</span></b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"> (ou outros
fenómenos semelhantes: <b>Tufões, Ciclones e Tornados</b>) que atingem níveis
muito elevados e que têm a capacidade de provocar elevados danos, inclusive em
habitações próprias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Acidificação
dos Oceanos,</span></b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"> com significativas perdas de biodiversidade, como
por exemplo, a Grande Barreira de Corais da Austrália. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A subida do
nível de águas do mar</span></b><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"> que poderá atingir os dois metros de altura no
final deste século, irá deixar milhões de quilómetros de zonas costeiras
sujeitas à mercê de inundações, e levará muitas pessoas (estima-se perto dos
750 milhões) a ter de procurar estabelecer-se noutro local. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Parece evidente que devemos
fazer de tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar chegar perto de
valores perigosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mais, não devemos desprezar a
possibilidade de a certa altura dar-se um salto no aumento da temperatura, e
passarmos de um crescimento progressivo para uma subida exponencial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Infelizmente continuo com a
sensação de que não estamos a dar a importância devida a este grave problema. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mais, adianta muito pouco se
um determinado país faz tudo o que está ao seu alcance para combater as
alterações climáticas, enquanto o país ao lado não faz nada, desprezando o
problema e a ideia da necessidade de um esforço coletivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas há outro lado da moeda:
houve uma altura em que ainda era possível reverter as alterações climáticas
resultantes dos gases com efeito de estufa que continuamente enviamos para a
atmosfera. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A explicação que mais tenho encontrado
para explicar por que não agimos nessa altura, diz que optamos por não
desperdiçar a energia fácil e acessível disponibilizada pelos combustíveis
fósseis. Que essa energia nos permitiria atingir um nível de progresso e desenvolvimento
tecnológico, que nos daria as ferramentas necessárias para combater as
alterações climáticas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Como se fosse vantajoso ter
meios mais sofisticados e eficazes para combater desastres, do que não o ter,
mas também não ter desastres para combater.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Parece-me que a verdade é
outra: já tínhamos as infraestruturas montadas e havia ainda muitos
combustíveis fósseis para retirar dos solos do planeta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que teria sido
preferível abrandar o progresso e o crescimento económico, “chegávamos lá na mesma”,
e teríamos evitado este “gigantesco problema para sempre”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas a decisão não foi “nossa”.
Não foi feito nenhum referendo. Os lóbis do petróleo (e do carvão e gás
natural) conseguiram pressionar políticos que souberam impor essa decisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se tivéssemos iniciado a transição
para as energias verdes há várias décadas, certamente que não estávamos tão
desenvolvidos, mas teríamos evitado os custos que vamos ter, não se sabe por
quanto tempo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O interesse egoísta de
muitíssimos poucos, sobrepôs-se ao interesse de todos nós, os restantes vários milhares
de milhões).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É importante não esquecer que esses
custos serão suportados por todos, embora mais por uns do que por outros, e
alguns estarem menos preparados para os combater.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por ironia do destino, nem
sempre são os mais responsáveis aqueles que terão de pagar a maior fatura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas uma coisa todos já
sabemos, houve quem tenha beneficiado muito mais do que todos os outros, com a
exploração até ao limite dos combustíveis fósseis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Parece uma maldição!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Já sei o que vão dizer: É a
lei na natureza! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os mais fortes impõem a sua
vontade aos mais fracos!<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-38308594398585147312022-08-28T09:52:00.004+01:002022-08-28T11:59:48.885+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUey9zkj0RwQ2v0cnOJ9qnFLZ19Y1LwlR2Y5DH1C5jBRFfsVZUUAZS7BeZR2tzhK05830tyjqiUJ7d_8wC5vBr226ntHrLm89DOGjOVMRlzohVap9WvzNkd0A1z5wrgqankPGFAlmGkP9CWp34rl3UlE3lYlyFziLMOqKicZOJjlBLhtgH8BY3vI1n/s208/Narrativas_I.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="127" data-original-width="208" height="127" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUey9zkj0RwQ2v0cnOJ9qnFLZ19Y1LwlR2Y5DH1C5jBRFfsVZUUAZS7BeZR2tzhK05830tyjqiUJ7d_8wC5vBr226ntHrLm89DOGjOVMRlzohVap9WvzNkd0A1z5wrgqankPGFAlmGkP9CWp34rl3UlE3lYlyFziLMOqKicZOJjlBLhtgH8BY3vI1n/s1600/Narrativas_I.png" width="208" /></a></div><br /><p></p><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 30pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc110696324"><!--[if !supportLists]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">15.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">Naturalmente egoístas ou altruístas?</span></span></a><span style="mso-bookmark: _Toc110696324;"></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A resposta a esta pergunta não
pode deixar de ter em conta que a natureza “programou-nos” para sobrevivermos,
pois só assim conseguimos atingir a idade reprodutiva, que nos permite garantir
a continuidade da espécie, e em última análise, da própria vida (uma vez que o
sistema é idêntico para todas as espécies).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Nós somos um ser eminentemente
social. Se alguém tinha dúvidas, o Covid19 veio dissipá-las. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Portanto, se vivemos em grupo,
significa que precisamos uns dos outros. Se vivêssemos sozinhos, certamente que
teríamos uma vida muito mais difícil e nunca teríamos atingido o nível de
desenvolvimento que já conseguimos (nem nada que se parecesse).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Para uma vida rica de
oportunidades e plena de experiências, dependemos uns dos outros (sem mencionar
a troca de conhecimentos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Por tudo isto, poderíamos
dizer que o egoísmo não faz sentido. Embora seja compreensível que se possa
desenvolver como uma reação, quando estamos perante pessoas que só pensam nelas,
e mesmo quando podem, nunca partilham.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No entanto, sabemos hoje que
os países que no passado foram egoístas, aqueles que colonizaram e roubaram
riquezas de outros países, enriqueceram. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Porque não se sabe (nunca foi
tentado), como seria o mundo se os países tivessem optado por cooperar (em vez
de colonizar), ainda há quem acredite que ser egoísta compense. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Concluímos, portanto, que em
termos racionais o egoísmo não faz sentido, embora de um ponto de vista egoísta
e de curto prazo possa parecer que faz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">E de um ponto de vista
biológico? Será que a natureza nos programou para sermos egoístas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Um estudo recente, realizado
por pesquisadores de Yale e Harvard procurou responder à pergunta: será que
estamos predispostos a agir de forma cooperativa? Ou será que somos criaturas
egoístas<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O estudo sugere que nós não
somos criaturas intuitivamente egoístas. Embora não tenha provado que sejamos
naturalmente cooperativos, demonstrou que aqueles que vivem num ambiente onde
esses comportamentos são recompensados acabam por desenvolver uma resposta
intuitiva de cooperativismo. Ou seja, o mundo torna-se num melhor lugar para
viver se a bondade (cooperativismo) for recompensada de modo regular, porque
desenvolvemos a capacidade de pensar intuitivamente no bem comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Encontramos facilmente
relatos, relativamente recentes, de aldeias organizadas através da partilha de
bens de propriedade comum:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">“A organização da sociedade era comunitária através da partilha dos bens
de propriedade comum: água de rega, boi do povo, forno do povo, caminhos,
moinhos de água, terrenos baldios, a Vezeira (pastoreio partilhado do gado
caprino e ovino). Havia também a entreajuda: acarretar lenha para aquecimento
no Inverno, colheitas da batata e do centeio, malhadas, matança do porco,
limpeza dos caminhos e batidas aos lobos e Javalis”</span></i><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"> <a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a></span></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">. <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Considerando que o género
Humano tem 2.4 milhões de anos (surgimento do Homo Habilis) e que o evento da
agricultura só se deu há cerca de dez mil anos atrás, significa que mais de 99%
da nossa existência foi passada como caçadores coletores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Todos os estudos apontam no
sentido de um grande espírito de entreajuda dentro desses grupos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mesmo que tenha havido
confrontos entre grupos de caçadores-coletores que lutavam entre si por um
determinado recurso, tudo aponta no sentido de terem sido situações
esporádicas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">De acordo com alguns estudos a
população no mundo há cerca de quinze mil anos atrás era inferior a meio milhão
de habitantes<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O mais certo é que esses
grupos raramente se cruzassem e que quando isso acontecesse, que cada um
seguisse o seu caminho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O que nos leva à seguinte
conclusão: os grandes massacres ocorreram quando passamos a viver de forma
sedentária, que teve início com o evento da agricultura (evento esse que
possibilitou o aumento da população e o surgimento de atividades não
produtivas, como por exemplo, os burocratas e os soldados). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É compreensível que o número
de mortes seja muito mais elevado no confronto entre estados ou até mesmo
impérios, que envolvia milhares de soldados do que num confronto entre dois
bandos de caçadores coletores que no total não envolvia mais do que algumas
dezenas de indivíduos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É evidente que o poder das
armas não pode ser negligenciado. Atualmente, um míssil nuclear tem um poder
destrutivo milhões de vezes superior ao de um machado, flecha ou espada. O
poder mortal das armas tem evoluído ao longo dos tempos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas o que realmente importa
realçar é que essas guerras recentes, no período pós caçador-coletor, não
visavam a conquista de recursos para a sobrevivência dos habitantes de
determinado estado ou cidade. Para se ter um bom exército de soldados, bem
alimentados, bem treinados e bem equipados, era necessário ter recursos. O que
nos leva a concluir que o objetivo era fundamentalmente roubar riquezas aos
povos conquistados (praticando no entretanto várias atrocidades).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O que pretendo realçar, é que
essas guerras, essas conquistas, não tinham como origem um instinto de
sobrevivência. O que as motivava era o poder, a ganância e o prazer de usurpar
o que era dos outros e fazer-lhes mal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Traziam ao de cima o pior do
ser humano. E, no entanto, muitos dos seus líderes ainda hoje são admirados, ao
ponto de lhes terem sido erigidas estátuas em homenagem aos seus feitos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Eis alguns exemplos de
personagens que ficaram para a história e que foram responsáveis por milhões de
mortes:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial;">Alexandre, o Grande (356 a.C.
- 323 a.C)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Gengis Khan (1158 – 1227)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Francisco Pizarro (1476 — 1541)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Napoleão Bonaparte (1769 – 1821)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Adolf Hitler (1889 – 1945)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Admito que muitos soldados
tivessem preferido ter ficado em casa a cuidar das suas ocupações e que outros
desejassem o mesmo logo após os primeiros confrontos sangrentos, mas isso em
nada diminui as carnificinas que a história nos relata nem as mortes que daí
resultaram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Outras crueldades podem ser
referidas, tais como pessoas queimadas vivas por pensarem de forma diferente,
ou por terem uma cor de pele diferente ou por terem diferentes preferências
sexuais. Ainda hoje se matam pessoas por essas mesmas razões. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas a crueldade não foi
praticada apenas contra indivíduos da nossa própria espécie. Matamos ao ponto
de levar á extinção muitas outras espécies (e ainda estamos longe de poder afirmar
que essas maldades e egoísmos fazem parte do passado).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Algumas espécies foram
exterminadas pelo prazer de as matar, enquanto outras para satisfazer a
ganância dos seus executores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Dois exemplos bem elucidativos
são o Castor que quase foi extinto porque a sua pele era usada para fazer
chapéus (acabou por ser salvo pelo chapéu de seda), e o Dodô que foi mesmo
extinto em parte porque <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não dava luta</i>.
Era tão fácil de matar que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">parecia estar
a pedi-las</i>. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Parecia difícil de resistir!<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Este animal da família dos
pombos era endémico das Ilhas Maurício, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">uma
ilha no Oceano Índico a leste de Madagáscar</i>. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Era incapaz de voar e não tinha medo de seres humanos, pois evoluiu
isolado e sem predadores naturais<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[4]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a>.
</i>Quando o ser humano chegou à ilha, ele não fugia porque não o reconhecia
como um predador. Resultado: foi morto à paulada quase até à sua extinção. Como
era um animal que tinha muita gordura, até para manter as fogueiras acesas era
utilizado. A desmatação e os animais trazidos pelos colonos, nomeadamente
porcos, ratos e principalmente os macacos que destruíam os ninhos do Dodô,
acabaram com os restantes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ZhCiYxtBsDxINiwIhcimj-QaeXpkn6ZMn9jWkvKyJBZAh6UeyLUJktnaHl9oYRvhOwbxZS6jXIcYwfym5J4kqhRCFED8lULa4eQ0fG2oBRbD3S2UZzIlC3h5sl7QhdZdNUVTC57VUCudVBoIXJOiiUHaM42da4zZ6bRu1dXo9Y-XzWgL2BdgGrLg/s260/dodo.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="209" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ZhCiYxtBsDxINiwIhcimj-QaeXpkn6ZMn9jWkvKyJBZAh6UeyLUJktnaHl9oYRvhOwbxZS6jXIcYwfym5J4kqhRCFED8lULa4eQ0fG2oBRbD3S2UZzIlC3h5sl7QhdZdNUVTC57VUCudVBoIXJOiiUHaM42da4zZ6bRu1dXo9Y-XzWgL2BdgGrLg/s1600/dodo.png" width="209" /></a></div><br /><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="Picture_x0020_2" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 195pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 156.6pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata grayscale="t" o:title="" src="file:///C:/Users/LPAMPL~1/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.png">
</v:imagedata></v:shape></span><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Perante tais factos e muitos
outros que não foram referidos, não é possível dizer que somos naturalmente altruístas.
Atrevo-me a dizer que comparado connosco, o tubarão-branco é um peluche Coala. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Após tanto sofrimento causado
pelos seres humanos, quer a outros seres humanos quer a outros seres vivos,
ninguém iria acreditar se dissesse que somos naturalmente generosos, bons,
comunitários, altruístas, etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Acredito que muitas das pessoas
que se envolveram em conflitos mortais de grande escala, não o fizeram voluntariamente
(foram arrastados e sem possibilidade de fuga).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No entanto, a grande maioria
das pessoas que passaram por este planeta não cometeram qualquer tipo de crime
grave, quanto mais alguma atrocidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Muitos ficaram incógnitos, mas
alguns são recordados pela sua generosidade, por terem colocado o interesse comum
à frente de interesses individuais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Alguns exemplos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Abraham Lincoln (1809-1865)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mahatma Gandhi (1869 – 1948)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Madre Teresa de Calcutá (1914 – 1997)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Nelson Mandela (1918 – 2013)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span face=""Verdana",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Martin Luther King Jr. (1929 – 1968<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A maioria das pessoas pretende
levar uma vida relativamente tranquila e preocupa-se minimamente com o bem-estar
dos seus vizinhos. Não tenho quaisquer dúvidas que sente alguma tristeza com os
relatos dos horrores praticados pelo ser humano ao longo da história.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Portanto, parece evidente que
não somos naturalmente bons nem maus. Como concluí o estudo atrás referido, “não
somos naturalmente egoístas nem altruístas”. Podemos tender mais para um lado ou
para outro, depende das circunstâncias da vida. Por isso é tão importante
sublinhar que devemos criar todas as condições <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para que a bondade vença e para que a maldade não se consiga impor</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Esta é a regra de ouro: Criar
as condições necessárias para que se evidencie o melhor que há em nós e não o
contrário. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Com base nos conhecimentos já
adquiridos, devemos fazer o que está ao nosso alcance para garantir que a
balança tenda sempre para o lado que pretendemos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Não me refiro apenas às leis e
às autoridades que garantem o seu cumprimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É igualmente necessário que as
pessoas vivam num ambiente com boas condições de vida e apostar no reforço
positivo, premiando aqueles que se preocupam com o bem comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Talvez um dia seja muito raro
castigar ou deixe de ser necessário premiar (porque fazer o bem passou a ser um
comportamento comum e generalizado). <o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://sciam.com.br/cientistas-investigam-a-natureza-humana-e-descobrem-que-somos-bons-afinal/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
Texto retirado do livro “Momentos Lunares” de Jerónimo Pamplona<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://hypescience.com/humanos-egoistas/<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dod%C3%B4<o:p></o:p></p>
</div>
</div><br /><p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-71336882608086949362022-08-06T16:33:00.001+01:002022-08-06T16:33:23.279+01:00<p><a name="_Toc110695504" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US" style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-size: medium;">Ricos em Qualquer Lado!</span></span></span></a></p><p><a name="_Toc110695504" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span lang="EN-US" style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></span></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Há países onde nos podemos
expressar livremente, e outros onde não.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Embora tenha nascido antes do
25 de abril, não posso dizer que saiba o que é viver em ditadura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas prezo muito a liberdade de
expressão e poder ouvir as mais diversas pessoas, quando bem informadas, a
expressar livremente as suas opiniões e a fundamentá-las. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Podemos ou não concordar, mas
é completamente diferente ouvir sempre a mesma lengalenga, do que poder escutar
diferentes pontos de vista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A vida não é monocromática e
detestaria viver num país que o fosse, mesmo que fosse com mais dinheiro no
bolso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Alguém dizia, a propósito da
guerra na Ucrânia e das suas implicações no crescimento económico, que até a
China seria afetada, e que isso poderia pôr em causa a estabilidade social,
baseada no acordo de melhor nível de vida em troca de obediência ao regime/partido.
Ou seja, de acordo com o analista, o povo chinês abdicou de liberdade de
expressão em troca de melhor nível de vida e de poder de compra. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que me fez perguntar,
quantos portugueses estariam dispostos a deixar de ter acesso ao contraditório,
e a fontes de informação que nos proporcionam diferentes pontos de vista, em
troca de mais umas centenas de euros no bolso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ou, colocando a questão de
outra forma, quanto seria suficiente para atingir um número de eleitores que
chegasse para mudar de um regime livre e democrático para um autocrático?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A grande questão é que isso
pode acontecer, sem que venham efetivamente a receber os tais euros a mais no
bolso. Basta criar essa ilusão. E, não nos esqueçamos: é sempre mais difícil
reverter uma situação do que mantê-la.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Recordo que a França ficou a
oito pontos percentuais mais um voto de ter uma presidente da extrema-direita.
Um dos países mais ricos e com melhor nível de vida do mundo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A Itália que pertence ao G7,
vai a eleições em setembro, mas se fossem hoje, ganhava o partido da
extrema-direita.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nunca esteve tão perto… <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Que implicações teria para a
União Europeia?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Geralmente, países com
democracias consolidadas e liberdade de expressão têm bom poder de compra. No
geral, representam as nações mais desenvolvidas e com melhor nível de vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mesmo assim, algo parece não
estar bem…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os Estados Unidos parecem
estar á beira de uma guerra civil. A capacidade de diálogo entre democratas e
conservadores nunca atingiu níveis tão baixos. Quem imaginava ser possível
assistir ao ataque de 6 janeiro de 2021, ao Capitólio dos Estados Unidos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Numa sociedade baseada no
consumo, é compreensível que as pessoas se sintam frustradas quando não veem o
seu esforço ser recompensado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Atualmente impera o conceito
que é o capital que gera dividendos, e que o valor humano é facilmente
substituído, tirando uma muito pequena percentagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Assisto cada vez mais a quem
abdique de uma carreira intensa e procure compensar dedicando-se a outras
atividades, até como forma de conseguir obter o poder de compra desejado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ainda sou do tempo em que a
empresa distribuía os lucros pelos acionistas e pelos trabalhadores. Hoje só
distribui pelos acionistas por maior que seja o lucro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Tirar uma licenciatura há 50
anos era praticamente garantia de um bom nível de vida. Atualmente, pode ser
sinónimo de ir para caixa de um supermercado receber o ordenado mínimo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Até os médicos se queixam. De
acordo com o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, o salário
médio de um médico, desceu de 4 salários mínimos para dois.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Recentemente ouvi na TV que
muitos dentistas começam a trabalhar a receber o salário mínimo. Não me
surpreenderia se se passasse o mesmo com outras licenciaturas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas não era assim. E não o é
agora porque haja menos dinheiro. Uma pequena percentagem continua a enriquecer
e a ficar com uma percentagem cada vez maior do bolo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Será que essas pessoas, os
extremamente ricos, valorizam a liberdade de expressão? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Haverá diferenças entre sê-lo
na China ou nos EUA? E valorizam-nas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Aparentemente não parecem
preocupados que possamos voltar a viver em autocracias/ditaduras. Se
estivessem, faziam algo para travar o aumento da desigualdade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mesmo que do ponto de vista da
racionalidade dos negócios estejam a tomar as melhores decisões, o facto é que
existe o sério risco de cairmos num regime autocrático fruto de um crescente
descontentamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É evidente que o esforço para
a mobilidade social está a ser posto em causa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ou a maioria das pessoas passa
a dar valor a outras formas de estar na vida, menos materialistas, ou corremos
sérios riscos de mudar de sistema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A recompensa vai cada vez mais
para o capital. A possibilidade de alcançar um bom nível de vida, apenas com os
rendimentos do trabalho, está em queda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A que classe social pertence
quem aufere dois ordenados mínimos mensais? Ainda compensa “marrar” para ter
médias altíssimas? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que há médicos a receber
acima de 1420€/mês, mas o que está em causa é o conceito que recompensa cada
vez mais o capital investido em detrimento do valor humano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Um grupo de investidores gasta
milhões a por um hospital a funcionar. Desde a compra do terreno até à abertura
das portas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas, os profissionais não são
todos iguais e ainda há quem vá a determinado local porque quer ser atendido
por determinada pessoa/s.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Dizem que não falta muito para
que a robótica e a inteligência artificial enviem muitos profissionais para
casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Vai acontecer num país livre e
democrático, ou será que fica mais fácil se as regras estiverem bem definidas e
os horários controlados?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Aparentemente, para os
detentores do capital parece ser indiferente, afinal de contas, continuarão a
enriquecer, seja aqui ou na Cochinchina.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-48202157621130641082022-07-28T21:52:00.003+01:002022-07-28T21:52:39.914+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeKoMR3hia7pHZx7PydHcfXRlRiuN6SfJ1MHyvk6YRMmQXeJO0QHJEgkZX4IktttVYu3_oOPnDErUoCIhINYIHkJbj9-16RerQsQlNmHIe3cWlJML8vV_bXa8sw1s1_6oFvnDrf1UjHmSMqNupgWzWvIoqUttCIZij_Nafl1SOyATUhvV4g5JV0-2y/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeKoMR3hia7pHZx7PydHcfXRlRiuN6SfJ1MHyvk6YRMmQXeJO0QHJEgkZX4IktttVYu3_oOPnDErUoCIhINYIHkJbj9-16RerQsQlNmHIe3cWlJML8vV_bXa8sw1s1_6oFvnDrf1UjHmSMqNupgWzWvIoqUttCIZij_Nafl1SOyATUhvV4g5JV0-2y/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: medium;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">14.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span></span><!--[endif]--></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="font-size: medium;">Livre-arbítrio</span><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Na INFOPÉDIA encontramos a
seguinte definição: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">faculdade de decidir
de acordo com a própria vontade</i>”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Apresenta ainda uma definição
filosófica e outra religiosa<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Julgo que todos entendemos a
ausência de livre-arbítrio se tivermos uma arma apontada á cabeça. Daí resulta
a seguinte questão: Sem condicionamento prévio nem causa determinante teremos
verdadeiramente o poder de decidir de acordo com a nossa própria vontade?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Somos nós quem decidimos quais
são os critérios de atração física? Porque sentimos mais atração física por determinada
pessoa em detrimento de outras? Porque sentimos um apelo tão forte para deixar
descendente? Porque é tão difícil por termo à vida?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Alguns estudos recentes
apontam a preferência sexual como inata. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não tenciono abordar a questão
das pessoas que sofrem discriminação (ou outras formas de violência) pelo facto
de manifestarem escolhas sexuais contrárias às da maioria, mas ninguém contesta
que algo inato não pode ter sido decidido (nem de forma livre, nem
condicionada). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É exatamente o mesmo do que
nascer com um pé de determinado tamanho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Podemos escolher quem queremos
que esteja ao nosso lado, mas não controlamos os fatores de atração nem a
tendência sexual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O tema do livre-arbítrio tem
sido alvo de estudos e debates por vários cientistas, em particular de
neurociências.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Até que ponto decidimos de
forma consciente?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma experiência em particular
ficou famosa<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">“Voluntários equipados com
elétrodos na cabeça deveriam escolher entre mover um dedo da mão direita ou um
dedo da mão esquerda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os participantes eram
instruídos para escolher de forma intuitiva, sem pensar. O exato momento em que
faziam o movimento era anotado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">(…)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O resultado foi surpreendente:
o momento que os participantes relataram como sendo o da decisão ocorria depois
de impulsos cerebrais e antes do movimento em si.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">(…)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os registos dos elétrodos
mostraram que a decisão, de alguma forma, já tinha sido tomada antes de os
participantes perceberem. Os sinais no cérebro já estavam em movimento antes da
experiência subjetiva de realizar a escolha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Será que o cérebro dos
participantes realmente já tinha decidido? Será que a sensação de escolha era
apenas uma ilusão?” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As controvérsias causadas por
esta experiência não pararam de crescer desde então.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Como questiona o
neurocientista Robert Sapolsky no seu livro “COMPORTAMENTO”, se o cérebro
decide primeiro e só depois temos consciência dessa decisão, então onde fica o
livre arbítrio?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Vai ainda mais longe ao levantar
a questão de o cérebro decidir e mais tarde desenvolver uma narrativa para
justificar a sua decisão. Uma espécie de justificação para a escolha efetuada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nesta fase é importante deixar
claro que o nosso cérebro é constituído por duas partes distintas: O cérebro
intuitivo (ou primitivo) e o cérebro analítico (ou racional). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O segundo é muito mais lento e
consome muita mais energia. Por essa razão, é muitas vezes o intuitivo quem decide.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Podemos sentir-nos mais
atraídos por A e, no entanto, escolher B para partilhar a vida. O cérebro
analítico depois de pensar decidiu que havia outros critérios a considerar que
acabaram por se revelar decisivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não podemos negar que existe livre-arbítrio,
mas provavelmente podemos dizer que nem sempre tomamos decisões de forma
consciente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Houve decisões que tivemos de
tomar sem ter tido tempo para pensar. Certamente que vão voltar a acontecer.
Provavelmente já lhe aconteceu perguntar-se: “por que carga de água fiz
aquilo?”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não se esqueça: a tendência
natural é para usar o poupadinho (o cérebro primitivo consome menos energia).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É possível treinar o cérebro
intuitivo. Exemplos fáceis são o treino militar e de desportistas de alta
competição, onde certos exercícios / movimentos são repetidos exaustivamente não
só com o intuito de os aperfeiçoar, mas principalmente para que se tornem automáticos.
O objetivo é executar bem sem “perder tempo” a pensar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Experimente começar por reagir
e responder de forma mais pausada. Ganhe alguns segundos que podem ser
decisivos para o cérebro racional ter tempo para intervir e tomar as rédeas do
momento. Não pense que é fácil, mas pode sempre tentar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Na selva, ao dar de caras com
um predador, ficar a pensar no que fazer podia ser fatal. Atualmente, existem muito
menos perigos que nos exijam uma reação rápida, do tipo faz primeiro e pensa
depois. É por essa razão que provavelmente compensa demorar alguns segundos a
reagir, de modo a dar tempo ao cérebro racional de escolher qual a melhor
resposta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A vida preparou-se para de
forma instintiva evitar a morte. Por isso, em situações de perigo iminente, o
cérebro intuitivo decide sempre primeiro, por maior que seja o treino. A vida
procura manter-se viva e não quer saber do livre-arbítrio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não são apenas fatores biológicos
que condicionam a nossa capacidade de decidir conscientemente. Existem também
condicionantes sociais provocadas pela atividade humana: se não existirem
alternativas, se só lhe for dada uma opção, então não tem escolha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se for obrigado a aceitar o
primeiro emprego que lhe oferecerem por estar desesperado, porque precisa
urgentemente de dinheiro para pagar dívidas e para trazer comida para a sua
família, onde fica o livre arbítrio? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que este é apena um
exemplo extremo. Muitos outros exemplos, alguns bem mais simples, podiam ser apresentados,
mas deixo isso há sua imaginação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A sociedade necessita que os
cidadãos sejam responsáveis pelos seus atos, caso contrário seria um salve-se
quem puder.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Como se poderia
responsabilizar alguém que alegasse não ter consciência dos seus atos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O livre arbítrio pode não
estar sempre presente nos nossos comportamentos, nem mesmo em todas as nossas
decisões, mas todos sabemos que isso não pode servir de pretexto para condutas
impróprias, mesmo que possa eventualmente servir de atenuante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A formação da vida exigiu
determinadas condições e muito tempo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mantermo-nos
vivos</i> implica uma constante adaptação ao meio envolvente. Para a vida nada
é tão importante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Hoje sabemos que a resposta
instintiva, nem sempre toma a melhor decisão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Muitas vezes, entre duas
opções (com tempo para pensar), escolhemos a que menos serve os nossos
interesses. Certamente que já aconteceu com muita gente. Sabemos que foi a
decisão errada, porque algum tempo depois arrependemo-nos (se conseguirmos,
corrigimos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As razões que estiveram na
base da primeira escolha são complexas, mas tudo indica que não foi uma opção racional,
ou se preferir, foi uma decisão consciente influenciada por impulsos que temos dificuldade
em controlar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A evolução tecnológica, e o
conhecimento aprofundado sobre os nossos comportamentos biológicos, e o modo de
funcionar do nosso cérebro, poderão dar-nos ferramentas, para um cada vez maior
controlo sobre as nossas decisões, mas tudo leva o seu tempo.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
<a href="https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/livre-arb%C3%ADtrio">https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/livre-arb%C3%ADtrio</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoFootnoteText"><o:p> </o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150814_vert_fut_mente_controle_hb<o:p></o:p></p>
</div>
</div><br /><p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-24014706567824298332022-07-16T15:22:00.002+01:002022-07-16T15:25:16.439+01:00<p> </p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 30pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-size: large; font-weight: normal;">Um só homem pode levar-nos ao apocalipse?</span></span></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Ninguém questiona que se a
Rússia conquistar Kiev, os ucranianos perdem a liberdade de decidir o seu
futuro, tal como acontece com os chechenos e bielorrussos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É perfeitamente natural que
outros países se sintam ameaçados. Quem sabe quais são os planos de Putin...
quanto mais próximo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Putin odeia quem lhe faz
frente, principalmente se os considera mais fracos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Para Putin, os mais fracos
devem subjugar-se aos mais fortes (por mais fracos, entenda-se os que têm menos
poder militar).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que neste caso existem
agravantes: os ucranianos e os russos são vizinhos e falam idiomas
suficientemente parecidos ao ponto de se conseguirem entender, e ambos fizeram
parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No entanto, os ucranianos
mostraram vontade de se passarem para o outro lado: viver num regime
democrático e com liberdade de expressão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine o péssimo exemplo que
estariam a dar aos seus vizinhos de leste, se ainda por cima tivessem maior
poder de compra. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Recentemente assisti numa
reportagem diária sobre a guerra na Ucrânia, um ucraniano dizer que os soldados
russos lhe perguntavam, porque é que eles tinham WC dentro de casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas há um outro fator que está
na origem desta guerra e que se repete desde que o homem passou a viver em
grandes grupos (cidades / estados).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Refiro-me obviamente ao facto
de haver homens que têm demasiado poder, e que muitas vezes se servem desse
poder, em nome de um povo que não estão a representar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Estou fortemente convencido
que a maioria dos russos não queria esta guerra, e que responderia não à
pergunta, se tivessem a certeza do anonimato da resposta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Uma coisa é um povo reunir-se
em massa, nas praças das principais cidades espalhadas pelo país, e gritar em
uníssono: “queremos um líder que nos conduza na guerra contra a Ucrânia”; ou
coisa bem diferente, é entrar numa guerra sem ser consultado, ser manipulado
acerca do que se está a passar, perder acesso a informação independente, e
correr sérios riscos de ser punido sempre que falar livremente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Putin tem o poder de destruir
a vida a milhões de ucranianos, mas não só…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Não sei se algum dia deixará
de haver pessoas com tanto poder, da mesma forma que não sei se algum dia
deixará de haver pessoas com tanto dinheiro…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Quantos foram os responsáveis
por demasiadas mortes nos últimos dez mil anos? E desses, quantos ainda hoje
são admirados?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Façamos um pequeno exercício:
Imagine que a Ucrânia começa a impor derrotas militares à Rússia. A certa
altura, os generais russos começam a propor a retirada. Putin enraivecido manda
atacar Kiev com misseis nucleares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Alguns são intercetados, mas
dois provocam um mar de destruição e muitos milhares de mortos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O que é que faria o mundo?
Nomeadamente os países que condenassem este ataque, e em particular, todos
aqueles que defendem que a Ucrânia tem o direito de decidir livremente em que
regime quer viver.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Para além de alimentos e
outros bens necessários, enviariam máscaras antigás nuclear? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Alguns diriam que Putin foi
longe demais? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">E se esta guerra escalasse
para uma guerra mundial que se tornasse nuclear?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Julgo que este cenário (bem
como muitos outros) já foi concebido (mas não sei o resultado).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A pergunta que ficou no ar:
será que quando Putin ordenasse o ataque a Kiev com mísseis nucleares, essa
ordem insana seria obedecida?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Será que ele tem poder para
pôr fim à humanidade?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">(por instantes, esqueça essa
coisa de haver alguns que sobrevivem dentro de bunkers e que recomeçariam tudo
de novo).<o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-16173812200201362172022-07-16T15:19:00.003+01:002022-07-16T15:25:35.862+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW9tUV-WHsX4Y2xiCAgW4A43ZsVsGs_IdNiz2DTtZuKyD6AlDeKVRmtRZsHCYXagKMfswpobTKBLNhZeMEHTQXMU3WYbptVlNg89KJVF_uzAPghXbzDyV6tU3G8c7xHOGRKXrElygDq9Cmke1cQnLXv84Q8Y4qba2irWugPaUnlc2YtPkL6e7Bzm2O/s126/Narrativas.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW9tUV-WHsX4Y2xiCAgW4A43ZsVsGs_IdNiz2DTtZuKyD6AlDeKVRmtRZsHCYXagKMfswpobTKBLNhZeMEHTQXMU3WYbptVlNg89KJVF_uzAPghXbzDyV6tU3G8c7xHOGRKXrElygDq9Cmke1cQnLXv84Q8Y4qba2irWugPaUnlc2YtPkL6e7Bzm2O/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><br /><p></p><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm 30pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span><a name="_Toc101889269"><span style="font-size: large; font-weight: normal;"><!--[if !supportLists]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">13.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sobrevivemos através da reprodução</span></span></span></a><span style="font-size: small; mso-bookmark: _Toc101889269;"></span><span class="MsoSubtleEmphasis" style="font-size: medium;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A única forma de garantirmos a
continuidade da nossa espécie é através da reprodução. Aliás, nesse aspeto somos
iguais a todos os restantes seres vivos. Até o vírus Covid-19 que não tem
metabolismo, apenas sobrevive reproduzindo-se (passando de uns hospedeiros para
outros).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Individualmente a nossa
passagem é efémera. No máximo conseguimos fazer algo que seja relevante. Mas a
evolução da espécie necessita de tempo que ninguém consegue ter. Mesmo que com
o passar dos anos, o desenvolvimento tecnológico permita-nos alterar a atual situação,
a reprodução (muito provavelmente) terá sempre um papel determinante na
continuidade da espécie, mesmo quando a evolução nos levar para situações longe
de imaginar nos dias de hoje, como por exemplo, a gestação dar-se fora do corpo
(útero) de uma mulher.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A natureza “tem conhecimento”
da necessidade da reprodução para a continuidade da espécie. Na verdade, “sabe
disso” muito antes de nós. Por isso, esse é um instinto natural tão forte: “querer
ter filhos”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Para de algum modo podermos
sobreviver-nos através deles (transportam a nossa herança genética, para além
de valores e conhecimentos que lhes tenhamos conseguido transmitir). Outro
instinto natural fortíssimo é a sobrevivência, tão necessário para a
reprodução: sobrevivemos para nos reproduzirmos e reproduzimo-nos para que a
espécie sobreviva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Chegar à idade reprodutiva é
uma forma de seleção natural. Só quem lá chega pode reproduzir-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que você conhece pessoas
que não querem ter filhos. É um assunto complexo que suscita várias análises,
mas que foge ao tema deste capítulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A grande maioria das pessoas
quer ter filhos. Por agora é isso que estamos a analisar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É graças à reprodução que a
vida se tem prolongado desde que se formou há cerca de quatro mil milhões de
anos atrás. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A vida sempre procurou
garantir a sua continuidade e a reprodução foi a forma encontrada. Nada foi
deixado ao acaso, nem sequer ao livre-arbítrio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A sua importância é de tal
ordem que a natureza não se ficou por criar instintos de maternidade e
paternidade, foi ainda mais longe ao condicionar através da atração sexual,
gerando tensões e/ou proporcionando prazeres que se libertam com atos que estão
na base da procriação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O que estou a querer realçar é
a força deste instinto, ou se preferir deste “querer”. A grande maioria das
pessoas quer ter filhos e acima de tudo quer poder ter os que quiser (mesmo que
opte por não ter mais do que um). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Não é fácil para ninguém, nem
mesmo para um primeiro-ministro, um presidente ou até mesmo um ditador dizer à
população do seu país que não podem ter filhos, ou que só podem ter um ou mesmo
dois.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Ninguém ia gostar de ouvir
esse tipo de ordem e muitos não estariam preparados para a aceitar. Mas é
importante que a população um dia estabilize, e é desejável que o seu número esteja
adequado à capacidade de criação de riqueza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Muitos cientistas têm dito que
o crescimento da população abranda ou até decresce com o aumento da qualidade
de vida (em particular das mulheres).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Os factos parecem confirmar
essa afirmação. Assim que surgem possibilidades de melhorar o nível de vida, os
pais procuram ter menos filhos para poderem investir mais e melhor no futuro
dos seus descendentes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Pessoalmente creio que a vida
agitada e com pouco tempo disponível para atividades pessoais e familiares
também tem um peso relevante na decisão de muitas famílias de não terem mais do
que dois filhos (muitas ficam-se por apenas um). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Estes dois fatores ajudam a
compreender porque é que a diminuição da população está fortemente relacionada
com os países onde o nível de vida atingiu valores mais elevados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas independentemente do que
está a acontecer em muitos dos países mais ricos e desenvolvidos, o facto é que
a população mundial ainda não parou de crescer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Também não é cem por cento
seguro afirmar que um dia todos os países do mundo terão um bom nível de vida,
de tal modo que o controlo da natalidade se fará por si só.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Por mais que nos custe, a
população não poderá crescer sempre, infinitamente. Isso só poderá acontecer se
e quando conseguirmos transportar população para planetas habitáveis (parecidos
com o nosso).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sendo o Universo infinito,
essa poderia ser uma solução, mas ao que tudo indica, está longe de ser
alcançada. Seria necessário conseguirmos produzir naves espaciais com
capacidade de transportar pessoas e carga que viajassem a velocidades <i style="mso-bidi-font-style: normal;">muito superiores</i> à velocidade da luz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Até que isso possa
eventualmente acontecer, temos de viver com as condições que temos: Planeta
Terra com os seus limites.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Está na hora de mudarmos de
paradigma. Os recursos não são ilimitados, a economia não cresce sempre, não
podemos usar e gastar como se nunca acabasse. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Temos de aprender a viver de
forma sustentável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Tentaram vender-nos a ideia
que a diminuição da população coloca em risco a sustentabilidade da segurança
social. A verdade é que isso, um dia, pode vir a ser necessário. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Antes de pensarmos na
estabilização da população, devemos começar por pensar em planear a longo prazo,
para sabermos para onde queremos e até onde podemos ir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É preferível que sejamos nós a
definir o nosso rumo, de modo realístico, do que optar por ir remendando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A pobreza e a instabilidade
são terrenos férteis, para oportunistas com discursos que procuram instalar
medos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Quantos podemos ser em face do
que produzimos, do modelo económico que escolhemos e dos nossos valores? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Para que no limite, ninguém
viva abaixo do limiar mínimo de qualidade de vida, que entendemos por aceitável.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Tudo isto sem esquecer que o
planeta não é só nosso!<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-82136163948625595422022-07-07T21:36:00.001+01:002022-07-07T21:36:29.703+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6cuhDTKNzJPThZZz6TyCvOJqmPdi_NWCmENIWekPLuO6o594ceFxPzXJiYjBRig10iWUHc0Vohlu8Iq2G29MSQmIgyWAc3ym4HNbRqxOiPEp9bA0zJYpDo_JrKeHW60uOL4w1lvcAcwC1oPAvw27UBRS6d1SDuM1dskJGa6ctqC_AH3QYCnD4niWO/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6cuhDTKNzJPThZZz6TyCvOJqmPdi_NWCmENIWekPLuO6o594ceFxPzXJiYjBRig10iWUHc0Vohlu8Iq2G29MSQmIgyWAc3ym4HNbRqxOiPEp9bA0zJYpDo_JrKeHW60uOL4w1lvcAcwC1oPAvw27UBRS6d1SDuM1dskJGa6ctqC_AH3QYCnD4niWO/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><br /><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc101889268"><!--[if !supportLists]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">12.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">O salário mínimo</span></span></a><span style="mso-bookmark: _Toc101889268;"></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Alguns países, muito poucos,
conseguiram chegar a um ordenado mínimo que garante uma vida minimamente decente
a quem o recebe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Esse deve ser o objetivo do
salário mínimo. Não devia fazer sentido trabalhar por menos do que isso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine-se a ir para o seu
local de trabalho, a passar lá no mínimo 8 horas por dia, durante 5 dias por
semana, todo o mês, e receber um salário que mal dá para viver. É no mínimo
estranho! Principalmente se tivermos em conta o desenvolvimento tecnológico que
já atingimos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">São cerca de quarenta horas
por semana a trabalhar para ganhar um salário que mal dá para sobreviver.
Parece-me que algo não está certo! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em Portugal, um individuo que
receba por mês 1424€ (salário acima da média nacional), depois dos impostos
fica com um salário líquido (já considerando os subsídios de férias e Natal) de
1208 Euros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em contrapartida, se recebesse
o salário mínimo (já considerando os dois subsídios, e descontando apenas para
a segurança social), receberia um salário líquido de 712€ por mês. Imagine-se a
viver em Lisboa com esse valor: habitação, alimentação, transportes, saúde,
vestuário e um fiozinho de lazer (talvez uma míni e um salgado, ou um copo de
leite morno com um bolo, num café com TV). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não é nada fácil encontrar um
quarto por menos de 300 Euros/mês. Admitindo que conseguia, ficava com cerca de
400€ para todas as restantes despesas mensais.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O salário mínimo representa a
forma como o país vê a recompensa pelo trabalho, mas acima de tudo, qual o limiar
mínimo de dignidade de vida, que considera aceitável, para qualquer um dos seus
cidadãos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não acredito numa nação unida com desigualdades profundas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em baixo, os 10 salários
mínimos mais elevados no Mundo (7 são da União Europeia).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">OS 10 SALÁRIOS MÍNIMOS MAIS ELEVADOS NO MUNDO<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">1. Luxemburgo - 2.142 euros
(2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">2. Austrália - 1.926 euros
(2019)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">3. Irlanda - 1.706 euros
(2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">4. Holanda - 1.680 euros
(2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">5. Bélgica -1.625 euros (2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">6. Reino Unido- 1.585 euros
(2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">7. Alemanha - 1.584 euros
(2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">8. França - 1.539 euros (2020)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">9. Canadá - cerca de 1.472
euros (2019)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">10. Coreia do Sul - cerca de
1.273 euros (2019)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">OS 10 SALÁRIOS MÍNIMOS MAIS ELEVADOS NA UE<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">1 - Luxemburgo - 2.142 euros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">2- Irlanda - 1.706<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">3 - Holanda - 1.680<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">4 - Bélgica - 1.625<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">5 - Alemanha - 1.584<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">6 - França - 1.539<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">7 - Espanha - 1.108<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">8 - Eslovénia - 941<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">9 - Malta - 777<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">10 - Grécia – 758<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Portugal, com cerca de 741
euros por mês (são 635 euros pagos 14 vezes), não entra nem no top 10 da UE
(estes valores são de 2020. Em 2021, com base no mesmo cálculo, o valor sobe
para cerca de 800 Euros brutos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Para estas listas, apenas
entram os países que têm um salário mínimo oficial. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os países da Escandinávia ficaram
de fora apesar dos salários médios praticados serem muito acima do nosso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Suécia e Finlândia têm
salários médios na casa dos 2500 Euros, enquanto a Noruega e Dinamarca chegam
aos 3000€ (Portugal anda na casa dos 1300€).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Julgo que o salário mínimo deve
permitir uma vida com alguma qualidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Estamos a falar de poder fazer
férias, ter acesso a livros e à cultura, mesmo que seja de forma controlada,
poder ir a um restaurante de vez em quando, ter uma casa minimamente
confortável, ter carro, nem que seja para passear em família ao fim-de-semana,
poder cuidar da saúde dentária, etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Este devia de ser o objetivo
prioritário de todos os países.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Custa a compreender um país
que não se esforce para alcançar essa meta para todos os seus cidadãos. Por uma
questão de justiça, todos deveríamos lutar por esse desígnio. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Esse é o propósito por eleição
para aferir a união de um povo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não nos podemos esquecer que
não basta subir o salário mínimo. Caso contrário, corremos o risco de não
conseguir evitar a fuga de técnicos especializados e/ou com formação superior
para o estrageiro (situação ainda mais gravosa quando esses profissionais fazem
falta ao país).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Portugal não tem um salário
mínimo que garanta uma vida decente a quem o recebe. O salário médio é igualmente
baixo. Apenas os salários de topo estão ao nível dos países mais desenvolvidos
da União Europeia – por vezes até são notícia por os ultrapassarem).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os representantes das
confederações da indústria e comércio dizem que muitas empresas não têm condições
para pagar “acima” do atual ordenado mínimo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Dizem que muitas pequenas e microempresas
do nosso tecido empresarial fechariam portas se tivessem de pagar ordenados
superiores aos que pagam atualmente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não sei exatamente qual a
dimensão de verdade do parágrafo anterior. Não sei se algumas dessas empresas
não poderiam reduzir despesas libertando verbas para subir alguns dos salários.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma coisa é certa, não devia
ser argumento para pagar um salário que não dá para viver com dignidade. O
esforço não devia estar a ser suportado por apenas uma das partes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma empresa para ser viável
tem de pagar salários justos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não consigo considerar justo
um trabalho de quarenta horas semanais (aproximadamente 180 horas por mês) que
não permita ter uma vida com um mínimo de qualidade. Estamos a falar de valores
que rondam os quatro euros por hora (em pleno século XXI, com o atual custo de
vida).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Há vários anos (julgo que
décadas) que ouvimos dizer nos meios de comunicação social que cerca de 20% dos
portugueses vivem no limiar da pobreza. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Parece que não conseguimos
sair desta situação! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se um país não produz riqueza
suficiente para garantir uma vida decente a todos os seus residentes, então creio
que deveria perguntar-se o que pode fazer para alterar essa situação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Todos os países têm uma
determinada capacidade de gerar riqueza que depende dos seus recursos
próprios.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Talvez Portugal só tenha
capacidade de produzir riqueza que garanta uma vida decente a oito milhões de
habitantes (é apenas um exemplo).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se reduzíssemos a população, a
riqueza produzida na indústria e agricultura não sofreria de forma
significativa, porque nesses setores, cada vez mais o trabalho é feito por
máquinas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não havendo diminuição considerável
da produção nesses dois setores (primário e secundário) havendo menos mercado
interno, devido à redução da população, estavam criadas condições para aumentar
as exportações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Apenas haveria reduções no
setor terciário (comércio e serviços), porque a atividade nesses setores é
proporcional à população servida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se mesmo assim não desse para
termos o salário mínimo que permita qualidade de vida, então teríamos de
reduzir ainda mais a população (talvez Portugal só tenha capacidade de gerar
riqueza para 6 ou 7 milhões…).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que pretendo dizer é que
devia funcionar ao contrário. Devíamos planear de modo que a população
estivesse sempre adequada à nossa capacidade de produzir riqueza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas nem isso funciona, se os
ricos não pagarem impostos, ou se ficarem com todos os aumentos de riqueza para
si.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Isso nunca foi feito: ter como
objetivo número um garantir um salário mínimo que permita viver com dignidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Até hoje, o país nunca teve
esse objetivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mesmo após o 25 de Abril, a
solução tem sido sempre de adaptação ao que se consegue, ou em alternativa,
procurar melhor qualidade de vida lá fora. Há políticos que o incentivam. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nunca nenhum político teve
coragem de referendar a seguinte escolha: ir reduzindo a população até aos x
milhões de habitantes (para resolver este problema de vez), ou continuar como
estamos, e quem não estiver bem que se mude (emigre para conseguir uma vida
melhor).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">No fundo seria: “ou fazemos
tudo para conseguirmos que isto dê para todos, ou deixamos como está”. Claro
que este plano tinha de ser detalhado e ter prazos (razoáveis).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas falta responder a uma
questão: Será que o país não tem capacidade de criar riqueza suficiente para os
atuais dez milhões de habitantes? Quando digo suficiente, refiro-me (mais uma
vez) a que ninguém trabalhe por um salário que não permita uma vida minimamente
decente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em Portugal, a fuga ao fisco,
através dos paraísos fiscais representa cerca de mil milhões de euros<a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Se
somarmos a este valor, o IVA não declarado, certamente que valor total será ainda
maior.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Obviamente que isto tem
implicações na capacidade do Estado de subsidiar o ordenado mínimo, o que
poderia ser uma forma de resolver, ou atenuar, o problema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas a ideia que vingou foi: “Isto
não dá para todos”. “Que se salve quem puder”. “Quem não conseguir que se faça à
vida”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que a redução da
população teria de ser relativamente lenta por causa da sustentabilidade da
segurança social. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Sendo gradual o esforço
exigido às gerações envolvidas, até à estabilização da população no número de habitantes
adequados aos recursos do país, o processo não seria tão custoso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas há outras ações que podem
ser adotadas e que ajudavam a produzir os resultados pretendidos (melhorar o
nível de vida dos portugueses, em particular dos mais pobres, pelo menos até
que se consiga atingir o mínimo aceitável).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por exemplo, durante uma fase
transitória (até que todas as empresas tivessem capacidade de pagar um salário
mínimo ao nível de países com a nossa dimensão, como a Bélgica, Suíça, Holanda,
Suécia e Áustria) o estado podia ajudar os trabalhadores que recebem os salários
mais baixo, por exemplo, atribuindo um determinado abono para melhoria de vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Outra coisa extremamente
importante era acabar de vez com andarmos a financiar as ganâncias dos bancos.
Nos últimos dez anos, já deve ter ultrapassado os quinze mil milhões de euros.
Muito dinheiro que podia ter ajudado muitos portugueses e não apenas alguns gananciosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Recordo-me de ouvir falar dos cheques
publicitários que algumas pessoas recebiam na caixa do correio e que diziam
qualquer coisa como: “pegue lá cinco mil euros para tirar umas férias bem merecidas”.
E quem ia com aquele papelinho ao banco, geralmente saía de lá com os ditos
5000€.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">E malta que pedia empréstimo à
habitação, por vezes em situação relativamente precária, e ainda lhes ofereciam
não sei quantos mil euros a mais para mobilar a casa e comprar corro novo. Toda
a gente comentava, mas ninguém de direito fez absolutamente nada para parar
este tipo de “coisas” que anos mais tarde deu na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Troika</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Também não sou da opinião que
ter uma companhia aérea seja mais importante do que acabar com a pobreza de um
país. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ouvi dizer na TV que a TAP é
estratégica porque com ela várias empresas conseguem exportar para determinados
destinos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se isso é verdade e se manter
essas exportações for estratégico para o país, então mantenha-se um “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">tapezinha</i>” para esses destinos. Para os
outros, que há oferta mais do que suficiente, deixe-se o mercado a funcionar que
por si só garante todos os voos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Manter uma companhia aérea com
prejuízo só para podermos afirmar que temos uma companhia aérea, para além de
denotar tiques de aristocracia, demonstra total desconsideração pelos (no
mínimo) dois milhões de portugueses que vivem no limiar da pobreza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">E os submarinos que custaram
uma verdadeira fortuna? Precisamos deles para garantir que não vão pescar nas
nossas águas marítimas? Não há forma mais económica de obter os mesmos
resultados? Por que não usar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">drones</i>
como aqueles que são utilizados para fiscalizar a vários quilómetros de
distância o conteúdo de barcos e cargueiros. Fazem-no sem ser vistos recorrendo
a câmaras de longo alcance e de enorme precisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mais uma vez parece que
preferimos satisfazer as nossas vaidades em vez de procurar garantir a todos os
portugueses uma vida decente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Muito mais pode ser feito,
como por exemplo, exercer pressão para que a União Europeia combata a fuga de
capital para os paraísos fiscais (é difícil de entender este consentimento).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não alterar a lei para que empresas
(como por exemplo a EDP) não tenham de pagar o imposto de selo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não vender empresas que dão
lucro, como a ANA e a EDP.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não permitir desigualdades
obscenas e injustificadas (ninguém devia poder acumular riqueza equivalente à
de “tantos” milhares de pessoas) – não há super-homens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se o país for gerido a pensar
no bem comum, de certeza que conseguiremos melhores resultados e de forma bem
mais rápida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O objetivo final tem de ser este:
conseguir que a riqueza produzida permita a todos viver minimamente bem (mesmo
que alguns vivam muito melhor).<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://tvi24.iol.pt/economia/salario-minimo/os-paises-com-os-salarios-minimos-mais-elevados<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_My/_Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.dn.pt/dinheiro/fuga-anual-ao-fisco-em-portugal-chega-a-900-milhoes-e-dava-para-contratar-50-mil-enfermeiros-13058329.html<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-55372969670757570272022-05-26T16:48:00.000+01:002022-05-26T16:48:25.883+01:00<p> </p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc101889267"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"></span></span></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a name="_Toc101889267"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzWXzk7JMpR1VMJOx12Nu4H0AsxUjot8jJikJv_hgvH5TUb3-id4J6wL10dmGrYFo-UPUTeaipvmP6vDMLE2oUUJFG8AQtaWiyfThx0HBg3qvHgnWfRLmHXbOsiXRS5kIToZCWJSWd5DKkLCf-g203pECVTbeZ66eavgyRtucFFnIwrt7PvAi4hRY1/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzWXzk7JMpR1VMJOx12Nu4H0AsxUjot8jJikJv_hgvH5TUb3-id4J6wL10dmGrYFo-UPUTeaipvmP6vDMLE2oUUJFG8AQtaWiyfThx0HBg3qvHgnWfRLmHXbOsiXRS5kIToZCWJSWd5DKkLCf-g203pECVTbeZ66eavgyRtucFFnIwrt7PvAi4hRY1/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><a name="_Toc101889267" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"></span></span></a><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc101889267" style="text-indent: 0cm;"></a><a name="_Toc101889267" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis">11.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-weight: normal;">A riqueza cresce</span></span></a></h2></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que pretendo dizer com o
título deste capítulo é que o sistema em que vivemos está de tal modo desenhado
que quem tem riqueza, tem muito mais facilidade de a manter ou até de a
aumentar do que quem não tem. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dinheiro gera
dinheiro</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">São as regras do jogo. Foram
sendo criadas e ajustadas ao longo dos anos e não seria de espantar que os
principais beneficiários tenham sido os que tiveram um papel mais ativo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine que tem um terreno fértil
com vários hectares. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se tiver uma enxada, provavelmente
não irá conseguir produzir muito mais do que o que necessita para subsistir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se tiver um animal que o ajude
no trabalho agrícola, poderá poupar um pouco mais as suas costas e ainda conseguir
aumentar o excedente, mas continua a ter de trabalhar no duro e dificilmente
conseguirá tirar todo o proveito do terreno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se tiver um trator, de certeza
que lhe vai sobrar o suficiente para ter uma vida desafogada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em qualquer dos casos, o
empenho, a dedicação e o mérito, poderão ter sido os mesmos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em muitos outros exemplos, nem
sequer houve qualquer mérito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Noutros, o mérito é de vários
elementos da equipa/organização, mas muitos permanecem anónimos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Com esta crise pandémica que
estamos a atravessar, algumas empresas saíram beneficiadas e outras
prejudicadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Devemos atribuir o mérito ao
vírus? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quando vivemos um momento de
grande prosperidade, o poder de compra aumenta. Quando atravessamos uma crise
profunda, o poder de compra cai a pique.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em qualquer dos casos, a
grande maioria não teve nem mérito nem qualquer responsabilidade. Simplesmente
foi apanhada na onda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As regras são estas! Não foram
ainda encontradas outras que considerássemos melhores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ao passar a riqueza de geração
para geração, as desigualdades entre famílias vão-se mantendo. É muito mais
fácil manter-se rico ou até aumentar a riqueza do que deixar de ser pobre. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Pelo meio temos a classe média
que regra geral tem pavor de voltar a ser o que era (geralmente veio de baixo,
muito raramente de cima).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Sendo fácil de perceber quem
sai beneficiado com o atual sistema, também me parece evidente que não foram os
menos favorecidos que o desenharam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não tenciono propor nenhum
outro sistema, apenas sublinhar que não faz sentido, com o desenvolvimento
tecnológico que já atingimos, que haja pessoas a trabalhar por valores que não
lhes permita ter uma vida com dignidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O atual sistema tem muito por
onde possa ser melhorado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Para isso é importante que
algumas pessoas acreditem que outros podem deixar de ser pobres sem que eles
deixem de ser ricos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não vale a pena cair em
exageros nem criar mitos para justificar diferenças geradas por um sistema
inventado por nós.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não há super-homens, embora
tenhamos uma certa tendência para os criar. Os vencedores são <i style="mso-bidi-font-style: normal;">os melhores do mundo</i>, até surgirem
outros que os destronem, e que vão ocupar os seus lugares no nosso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">imaginário</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É importante não esquecer que
na maioria das vezes, não se trata de seleção natural, nem de ser o melhor no
lugar certo. Na melhor das hipóteses, podemos dizer que se trata do melhor
daquele conjunto de candidatos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que realmente importa para
manter, ou até fazer crescer a riqueza é ter bom senso. Claro que é fundamental
estar bem informado, pois permite-nos tomar as melhores decisões, e evitar que
os fatores que não controlamos, nos sejam muito prejudiciais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não é necessário muito mais do
que isto!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quem tem capital para
investir, tem geralmente os meios para conseguir aumentar a riqueza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A estrutura está montada. O
resto é folclore. <o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-2948457047550825892022-04-29T15:45:00.008+01:002022-04-29T15:45:53.004+01:00<h3 style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><a name="_Toc101889286" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se formos… Que seja de mãos dadas!</span></span></a></span></h3>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Provavelmente já terá visto em
filme aquela velha história do miúdo mais forte que passa a vida a infernizar o
miúdo franzino. Geralmente, aquele, tende para se meter em sarilhos e acaba por
cair numa vida de delinquência, enquanto <i>a sua vítima</i> se esforça para
ter um futuro melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A certa altura, <i>o malandro
sai de cena</i>. Ou porque tem um acidente grave ou porque vai para uma casa de
correção... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O que importa é que deixam de
se cruzar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Um, teve uma vida atribulada
com constantes entradas e saídas de estabelecimentos prisionais, ao passo que o
outro, teve uma vida “dita normal”, contribuindo dentro das suas
possibilidades, mas de forma positiva, para o progresso da comunidade onde está
integrado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Durante algum tempo, o mais
forte, batia e aterrorizava o mais fraco. Felizmente, nunca lhe causou uma
lesão grave.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Apesar de mais forte
fisicamente, era na realidade mais fraco em muitos outros aspetos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Muita gente ainda defende o
conceito restritivo do “mais forte”. Hoje sobrevivem bebés que noutros tempos
teriam morrido por falta de cuidados médicos, mas que crescem, e acabam por se
tornar adultos. Muitos, conseguem obter inequívoco sucesso, nas mais diversas
áreas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O mais forte fisicamente desta
estória, não trouxe nada de positivo para a sociedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A área da Rússia é 28 vezes
maior que a da Ucrânia e tem uma população mais de três vezes superior. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Fazendo um paralelismo com a
estória de cima, é claramente aquele que bate nos mais fracos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Claro que a complexidade desta
segunda narrativa é outra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A Rússia tinha um grande
objetivo quando decidiu invadir a Ucrânia: impedir que esta se tornasse num
país livre, próspero e desenvolvido. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É inadmissível para alguém
como Vladimir Putin que um país vizinho da “Grande Rússia”, ainda por cima que
fez parte da antiga URSS, queira viver num regime totalmente diferente, e pior
que isso, com sucesso. Isso levaria o povo russo a levantar várias questões.
Algo que não interessa nada a um ditador (que o seu povo comece a interrogar-se).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A forma ideal de concretizar
esse objetivo seria fazer da Ucrânia uma espécie de Bielorrússia. Para além de
outras, traria certamente vantagens económicas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não tendo obtido sucesso no
plano inicial, a fase B incluía três objetivos para alcançar a meta final:
impedir a Ucrânia de ser um país livre, democrático, próspero e desenvolvido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">1) Destruir a Ucrânia e as
suas estruturas económicas para os atrasar o mais possível;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">2) “Abocanhar mais uma fatia
do bolo”. Depois da Crimeia, irá tentar a região do Donbass.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">3) Retirar aos ucranianos o
acesso ao mar. Mais uma forma de os prejudicar economicamente (restringir a
saída e entrada de mercadorias aos países vizinhos a ocidente). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Admitindo, nesta fase, que a
Rússia não consegue colocar um governo fantoche na Ucrânia, vou-me cingir aos
três objetivos descritos em cima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O primeiro podemos dizer que
foi alcançado. Pelas imagens que temos visto na televisão, cidades totalmente
destruídas, incluindo bairros puramente residenciais, e muitas outras
infraestruturas, não restam dúvidas que a Ucrânia vais precisar de tempo e
muitos recursos para voltar ao estado em que estava antes do início desta
guerra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quantos prédios de habitação
terão de ser implodidos para construir outro no mesmo lugar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mesmo com o auxílio de um
eventual “Plano Marshall”, não é algo que se faça de um dia para o outro e
resta saber com que custos… (geralmente, não há almoços grátis).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Este objetivo por si só, não é
suficiente para Vladimir Putin dizer que ganhou esta guerra, mesmo que o
objetivo de atrasar a Ucrânia tenha sido alcançado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Seria, no mínimo, muito
difícil de explicar ao seu povo, que todo este esforço, com perdas humanas e
materiais significativas, teve apenas por fim, impedir <i>o mau exemplo</i> dos
Ucranianos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Putin irá necessitar de algo
mais. Depois da Crimeia em 2014, apoderar-se de mais um pedaço da Ucrânia, mais
precisamente a região do Donbass, pode servir esse intento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Vedar aos ucranianos o acesso
ao mar, seria o terceiro objetivo, que a somar aos dois anteriores, dava a
Putin a vitória que queria (se não impedir, pelo menos dificultar ao máximo a
capacidade da Ucrânia em ser livre e desenvolvida). Não os tendo conseguido
subjugar, conseguiu deixá-los muito mais fracos (e mais dependentes).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Daqui resultam as próximas
questões: irá a Rússia conseguir apoderar-se da região do Donbass? E em relação
a bloquear o acesso ao mar? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quanto tempo mais, conseguirá
a Rússia manter esta guerra? E a Ucrânia resistir?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Segundo alguns analistas, a
Rússia não tem muito mais tempo para conseguir alcançar esses objetivos. Como
reagirá Putin se não conseguir sair desta guerra com uma retórica de vitória?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se sentir que pode sair deste
conflito como derrotado, principalmente aos olhos do seu próprio povo, poderá
levá-lo a cometer uma loucura? Poderá cometer a insanidade de usar armas
nucleares? Se isso vier a acontecer, creio que as repercussões serão
imprevisíveis…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Primeiro, porque foram os
russos que começaram esta guerra, e porque continuam a ser os únicos que lhe
podem por um termo, basta quererem. Mas, mais importante, porque nunca foram
usadas armas com um poder tão destrutivo, simplesmente porque um país não
tolera a liberdade de outro decidir como quer viver.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Todos sabemos que o ser humano
é capaz de matar por questões de teor meramente ideológico, até mesmo por
divergência de narrativa, mas nunca o fez com recurso ao uso de armas de
destruição massiva. Em pleno século XXI, representaria um retrocesso
civilizacional, que alguns poderiam não estar dispostos a tolerar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não tenciono construir
cenários catastróficos, mas preocupa-me que a palavra “nuclear” seja tão
frequentemente repetida (parece-me que cada vez mais) pelos mais diversos
analistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não é fácil de prever como tudo
isto irá terminar, mas só posso ser solidário com um povo que defende a sua
liberdade e a sua nação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Acreditando que a Ucrânia
continuará a ter um futuro, necessitará de uma reconstrução rápida e de um
crescimento económico acelerado, mas também de se armar fortemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A Ucrânia tem de fazer tudo o
que estiver ao seu alcance, para impedir que a Rússia destrua as suas
infraestruturas recorrentemente. É impossível prever o que vem do outro lado da
fronteira. Será o recurso ao armamento nuclear a única solução para a Ucrânia?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por último, tenho dúvidas que
o atual líder da Rússia represente o sentimento dos 140 milhões, ou sequer da
maioria do povo russo. Mas, a verdade é que tem poder para agir em nome de uma
nação que tem um poder de destruição incalculável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Será razoável que a humanidade
corra o risco de extinção pelo poder de um só homem?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">São certamente várias, as
interrogações que ficam a pairar no ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não sei como irá terminar tudo
isto, mas em qualquer dos casos, receio que não seja desta que venhamos a tirar
as devidas ilações.<o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-55906884659296943952022-04-22T21:42:00.002+01:002022-04-22T21:42:45.785+01:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7wJmPnafDEXviKEOe2N8qQIaatNfPldUpIIEvFCn8CjLhPk-Wtbh_xE64EK-nUhs9CjiCXA-Pla6DtJyBs3EOuAAXwwxCCpjiktkxMfQLRds2JN2AT_qaVLfQ7PHxOECLk-AV7LVi4MfsGAwDqTdR3Lpvf6ZtevestegbVR2ZfkvEXvZL-cCSMPWn/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7wJmPnafDEXviKEOe2N8qQIaatNfPldUpIIEvFCn8CjLhPk-Wtbh_xE64EK-nUhs9CjiCXA-Pla6DtJyBs3EOuAAXwwxCCpjiktkxMfQLRds2JN2AT_qaVLfQ7PHxOECLk-AV7LVi4MfsGAwDqTdR3Lpvf6ZtevestegbVR2ZfkvEXvZL-cCSMPWn/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><br /><p></p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc99550543" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">10.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">A desigualdade instalou-se</span></span></a></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A desigualdade veio para
ficar!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É impossível negar que a
partir daquele momento inicial, deixamos de partir em igualdade de
circunstâncias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma família que tenha
possibilidade de oferecer aos seus filhos uma boa educação, sabe que lhe está a
dar as ferramentas necessárias para que consiga uma vida mais confortável. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Por oposição, uma família
pobre que não consiga suportar a educação dos seus filhos, geralmente não
consegue evitar que acabem com trabalhos mais duros fisicamente, menos
estimulantes e mais mal remunerados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os que podem, não negligenciam
a educação dos seus filhos, e na maioria dos casos, não fazem grande esforços para
pôr fim às desigualdades do sistema de ensino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ninguém nega que há vantagens
em partir à frente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Um sistema de ensino mais
igualitário podia trazer mais competitividade, o que provavelmente resultava numa
maior oferta em termos de qualidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas, a quem é que isso
interessa?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não se resume apenas aos
estudos. Quem tiver dinheiro para investir, quem puder ser sócio ou patrão, tem
muito mais possibilidades de criar riqueza e ter uma vida melhor, do que quem
não tiver esses meios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As coisas são mais complexas,
mas no essencial é isto: não é impossível deixar de ser pobre, mas também não é
nada fácil. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Em oposição, não é impossível
deixar de ser rico, mas é preciso ter algum azar, ser esbanjador, ou cair em
desgraça.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O normal é cada um continuar a
ser o que sempre foi.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Há exceções? Claro que sim,
mas são isso mesmo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não se trata de “o melhor
vence”, embora muitas vezes nos queiram fazer pensar que sim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É impossível dizer sempre, que
venceu o que tem melhores genes, ou o que tem mais capacidades para aquela
função, ou até o que se esforçou mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Muitas vezes, as diferenças
com que partem, torna quase impossível ao que parte atrás chegar em primeiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Na maioria dos casos, não é
uma competição justa! Nem creio que se possa chamar de competição, se a
desigualdade inicial determinar, por si só, o vencedor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Talvez possamos dizer que
existem várias competições: as de uns, as de aqueles e as dos outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O homem a certa altura (a
partir da agricultura) passou a definir a suas próprias leis. Não só para
garantir a convivência em grupos que passaram a incluir estranhos, mas também para
defender os interesses privados face aos coletivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Deixou de ser necessário ser-se
o melhor para executar determinada tarefa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nada fere mais o espírito de pertença
ao mesmo grupo, do que o contraste entre a miséria e a opulência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Infelizmente, todos nós já
lemos ou ouvimos notícias como a que se segue:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">"Milhões de bebés e crianças não deveriam estar a morrer todos os
anos por falta de acesso a água, saneamento, nutrição adequada ou serviços
básicos de saúde" (…).<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">(…) <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">“A maioria das crianças menores de 5 anos morre devido a causas preveníveis
e com tratamento, como as complicações durante o parto, pneumonia, diarreia,
sepse neonatal e a malária”<a href="file:///C:/_D/_My%20Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a>.
<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine quantas destas
crianças que morreram, por este mundo fora, não poderiam ter tido um futuro
brilhante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Ou seja, perdemos crianças que
não podemos saber o que teriam sido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quantos Charlie Chaplin,
Wolfgang Amadeus Mozart, Albert Einstein ou Diego Maradona se poderão ter perdido
nos últimos milhares de anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nada contra os ricos! Quem não
gostava de não ter de se preocupar com o dinheiro e fazer aquilo de que mais
gosta, ou simplesmente, poder pagar para não ter de fazer aquelas atividades de
que menos gosta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não acho que devamos ganhar
todos o mesmo. Não me pareceria justo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Julgo que a pobreza e a
miséria são evitáveis, e não creio que sejam indissociáveis da abundância excessiva.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Como é possível que nunca
chegue? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Custa a entender porque leva
tanto a livrarmo-nos de certos comportamentos (que trazem ao de cima o que de
pior há no ser humano).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não é aceitável (do meu ponto
de vista) que a desigualdade atinja níveis tão elevados, principalmente enquanto
não for garantido um salário mínimo que permita uma vida decente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O argumento que o sistema
premeia os melhores porque são esses que criam riqueza e trazem o progresso é
falso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O progresso e a riqueza vieram
do conhecimento e da ciência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quase sempre, os mais ricos
são pessoas bem-adaptadas a um sistema que os defende.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nem sempre é o melhor que
ganha. Certamente que algumas vezes o é, mas cada vez mais, depende das regras
do jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Se no futebol não houvesse
fora de jogo, não me surpreenderia que a altura dos ponta-de-lança subisse consideravelmente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Era colocar dentro da pequena
área, “uma torre” (ou duas), com dois metros (ou mais), que jogasse minimamente
bem de cabeça, e talentos como Pelé, Johan Cruijff e Alfredo Di Stéfano, poderiam
ter sido preteridos por falta de centímetros.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/_D/_My%20Docs/LIVROS/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel/Uma%20Heran%C3%A7a%20Insustent%C3%A1vel.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
https://www.unicef.org/angola/comunicados-de-imprensa/cada-cinco-segundos-morre-no-mundo-uma-crian%C3%A7a-com-menos-de-15-anos<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-33522792448654061832022-04-08T23:00:00.000+01:002022-04-08T23:00:57.678+01:00<p> </p><h2 style="line-height: normal; margin-bottom: 30.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><a name="_Toc99550542"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;"></span></span></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a name="_Toc99550542"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOrIE-Oxg9C9oswIDFnqsuTlULLkJARqtJYJnForhWXq1yPHyTG6nfPakY49cAHUeG8ddMIOaPPTZbaOAzOopE93jMpD6gOYoSNXHrXBZxEXy1vLKhXkf3mc7As3mef2MJ-9UZCNcK5NLJs_sNRT2SHqQQTOmwZOjo0Clt5g2eV_ZJXPThPQPJTzTF/s126/Narrativas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="126" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOrIE-Oxg9C9oswIDFnqsuTlULLkJARqtJYJnForhWXq1yPHyTG6nfPakY49cAHUeG8ddMIOaPPTZbaOAzOopE93jMpD6gOYoSNXHrXBZxEXy1vLKhXkf3mc7As3mef2MJ-9UZCNcK5NLJs_sNRT2SHqQQTOmwZOjo0Clt5g2eV_ZJXPThPQPJTzTF/s1600/Narrativas.png" width="126" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a name="_Toc99550542" style="text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">9.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">Dos oito aos oitenta!</span></span></a></h2>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Temos uma certa tendência para
ir de um extremo ao outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Continuando a fazer cenários,
ninguém tem dúvidas que uma família com muitos jovens na força da idade
conseguiria obter mais rendimentos dos seus trabalhos agrícolas do que famílias
com idade avançada, ou outras condições que afetassem a disponibilidade para as
tarefas produtivas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Não seria de estranhar que
apesar de estarem a viver uma situação nova (nunca até então alguém tinha
trabalhado apenas para si), os elementos do grupo continuassem a juntar-se, por
exemplo à noite, à volta de uma fogueira, para partilharem experiências. Também
não seria completamente surpreendente que partilhassem alimentos, nomeadamente
com elementos do grupo mais necessitados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imaginemos que voltam a passar
por outra crise. Desta vez, uma praga de insetos que destrói grande parte das
colheitas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">A fome volta a atacar este
grupo de agricultores, mas é natural que a gravidade não seja a mesma para
todos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nem todos conseguiram amealhar
o mesmo, pelo que é perfeitamente natural que uns consigam resistir melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os mais desesperados “batem à
porta” dos que estão melhor, a pedir ajuda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">É natural que alguns tenham
ajudado com o que podiam, mas não é impossível que outros tenham oferecido
apoio em troca de mais tarde serem ressarcidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Nasce assim a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dívida</i> que durante milhões de anos não
tinha dado sinais de vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas as coisas, como todos
sabemos, podem sempre piorar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Imagine que luta para pagar o
que deve mas a certa altura, problemas inesperados, agravam ainda mais a
situação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Desesperado entrega o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">seu</i> terreno para saldar a dívida e passa
a trabalhar no terreno do outro em troca de alimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mais dois nascimentos: o
patrão e o assalariado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Todos sabemos que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">desenvolvimento</i> não se ficou por aqui…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Os anos foram passando e aquele
grupo foi crescendo até se transformar numa cidade-estado, mais tarde num reino
ou até em um império.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">O crescimento das
desigualdades não foi menor, e não muito tempo depois, no máximo umas centenas
ou milhares de anos depois (uma ínfima parte da nossa existência), temos Reis,
Imperadores ou Faraós, donos de riquezas incalculáveis, enquanto a maioria dos
seus <i style="mso-bidi-font-style: normal;">súbditos</i> passava fome ou vivia
com muto pouco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Quem no seu bom juízo, tirando
essa pequena minoria, não sentiria falta dos tempos de caçador-coletor? Seria
perfeitamente normal, caso ainda tivessem memória, o que certamente já não seria
o caso, que muitos se interrogassem: porque diabos nos fomos meter nesta?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">As regras do jogo tinham
mudado definitivamente. Nunca em muitos milhares de anos de existência tínhamos
conseguido criar tanto excedente, mas também nunca tínhamos vivido de forma tão
miserável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas não foi apenas a fome. De
repente, aqueles com quem pouco tempo antes partilhávamos a vida, que faziam
parte da nossa equipa, como de uma família se tratasse, de um momento para o
outro, passam a desprezar-nos e a tratar-nos sem um mínimo de consideração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Felizmente, hoje, alguns
milhares de anos depois, podemos afirmar que esta situação, de um modo geral,
melhorou, embora mais em alguns locais do que na maioria dos outros. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: Arial;">Hoje, cerca de dez mil anos
depois desta aventura ter-se iniciado, temos estados, governos, instituições,
leis, especialistas, exércitos e polícias, hospitais e universidades. Temos
muitas coisas, mas apesar de tudo isso, e de até já termos ido à Lua,
continuamos a ter muita miséria, pobreza e desespero.<o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8703997760694097536.post-35923520241100433552022-03-30T16:40:00.002+01:002022-03-31T20:32:33.748+01:00<p><a name="_Toc99550562" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span class="MsoSubtleEmphasis"><span face="Verdana, sans-serif"><b><span style="font-size: medium;">A luta da guerra na
Europa!</span></b></span></span></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Acredito que esta guerra esteja
a tirar sono a muito boa gente! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Assistir diariamente à
destruição brutal de um país, à morte de pessoas que não fizeram nada para o merecer,
a milhares de famílias que veem as suas vidas destruídas; pode fazer-nos
acordar menos repousados, mas pior seria se nos fizesse afrouxar na defesa
daquilo em que acreditamos, por menor que possa parecer, em comparação com esta
monstruosidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Pelo menos uma parte do mundo,
esforça-se por conseguir viver numa sociedade mais justa e menos
desequilibrada; pôr fim a desigualdades não fundamentadas; lutar contra
sentimentos baseados em preconceitos; terminar com a violência desproporcional
e quase sempre desnecessária; e muitas outras batalhas, que têm por objetivo, tornar
a vida neste planeta, o melhor possível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sabemos que o mundo é
tremendamente desigual e que as diferenças não se cingem a questões económicas,
mas julgo que custa mais quando está mais próximo. É legítimo acreditar que os
ideais em que acreditamos, podem acabar por se tornar, sem imposição, nos ideais
de outros. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É precisamente o oposto,
aquilo que a acontecer. A liberdade e a democracia estão a ser atacadas por uma
força maligna que faz parte da Europa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Esta guerra mete nojo a todos
os que acreditam na liberdade! Digam o que disserem, ela baseia-se no poder da
força.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">“Tenho mais força do que tu, subjugo-te
às minhas vontades, e, se resistires, esmago-te como a uma barata!” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">No essencial é disto que se
trata. Duvido que a Rússia ousasse atacar uma nação com poder militar mais
equilibrado com o seu. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas não é só por ter mais
armas. É fundamentalmente porque acredita que é pela força, e não pelo diálogo,
que as divergências se resolvem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Se o objetivo da Rússia fosse
apenas a região do Donbass, para defender os separatistas pró-russos, não
necessitava de despejar toneladas de bombas por toda a Ucrânia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">O poder internacional da
Rússia assenta muito mais nas suas forças armadas do que na capacidade
competitiva das suas empresas. A Rússia não tem problemas em fazer uso dessas
forças para aumentar o seu poder geoestratégico (e económico) no mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sempre que vê nisso uma
oportunidade, ajuda países governados por autocratas que estejam a travar
conflitos armados. Fá-lo para ver a sua influência geopolítica crescer e alguns
negócios lucrativos florescer. Como diz o ditado, “não há almoços grátis!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A Europa que se quer livre,
tem de fazer o que estiver ao seu alcance. Resta-nos a todos os que não se
identificam com esta lei do mais forte, continuar a combatê-la, seja na escola,
no local de trabalho, na sociedade ou no mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sem nos podermos esquecer que pode
sempre surgir alguém que nos queira desgraçar a vida. Devemos estar atentos, e
sempre que possível, unidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A lei do mais forte já tem uma
longa história. É verdade que nunca esteve ausente, mas havia alguma esperança,
agora sabemos que ingénua, que não regressasse à Europa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas está aí, bem presente, dia
após dia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">A Ucrânia tem se defendido
como pode. Sabe que, se capitular, perde a sua liberdade, e que recuperá-la, será
ainda mais difícil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Custa ver este uso da força
para subjugar uma nação à vontade de outra, e não poder fazer mais para o
impedir. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Mas o argumento que devemos
evitar que o conflito escale para uma terceira guerra mundial, com a
possibilidade de se tornar nuclear, não deve ser ignorado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Vem nos à memória o filme “The
Day after”, mas com armas ainda mais destrutivas, e ainda menos certezas, de
que haja “O Dia Seguinte”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">É bem provável que quando esta
guerra tiver terminado, alguém venha dizer que as armas nucleares evitaram um
mal maior. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Pode até ser verdade, mas não
deixa de ser irónico que sejam necessárias armas tão destrutivas, com
capacidade para pôr fim à vida no planeta, para evitar “males maiores”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Enquanto houver quem use da
força para subjugar os outros à sua vontade, haverá sempre o risco de um dia a
coisa correr mal.<o:p></o:p></span></p>Pamplona, Luishttp://www.blogger.com/profile/17175958561074265528noreply@blogger.com0