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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Marinho e Pinto eleito?

As sondagens apontam para a possível eleição de Marinho e Pinto! Quero acreditar que sim. Seria muito bom para nós Portugueses! Vamos todos votar no MPT!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Selecção Nacional (de Jorge Mendes)

Não nutro grande apreço por Paulo Bento. Apesar de lhe agradecer as taças que conquistou pelo Sporting a verdade é que sempre o achei um bronco e estou convencido que, não fosse o seu feitio, talvez tivéssemos ganho mais do que apenas as taças. Os líderes não se impõem são naturalmente identificados, aceites e respeitados. Paulo Bento sempre teve este problema da liderança e sempre fez dela um cavalo de batalha. Quando teve no Sporting rodeou-se de miúdos para mais facilmente controlar o balneário. Na selecção faz o mesmo, escolhe os que lhe serão fiéis, ou melhor, fiéis ao todo poderoso gestor de carreiras Jorge Mendes. Quem precisa deste artifício é porque não sabe liderar.
Não gosto e não acho normal que o dito empresário, que por acaso também é o gestor da carreira do próprio seleccionador nacional Paulo Bento, detenha 12 jogadores dos 23 convocados. A saber, Rui Patrício, Pepe, João Pereira, Fábio Coentão, Bruno Alves, William Carvalho, Miguel Veloso, Moutinho, Ronaldo, Postiga, Hugo Almeida, Nani. E ainda tem mais uns dos 7 que ficaram de fora. Talvez isso justifique a chamada da eterna nulidade Postiga, Hugo Almeida e Nani, ambos com muito poucos jogos devido a lesão (ou falta de jeito).
As justificações de Paulo Bento são contraditórias. Diz que Quaresma não jogou a época toda, mas leva Nani que jogou apenas 11 partidas (e nem jogou os 90minutos), esteve lesionado e nem foi convocado para os últimos jogos do United.
Levamos jogadores lesionados como Postiga, que mesmo com duas pernas não vale nada, Hugo Almeida, Vieirinha, Rafa, Nani, Pepe, Éder… Enfim.
Rafa esteve parte da época lesionado. O Braga termina em 9º lugar. Pode ser um jovem promissor, mas será que, jovem por jovem, não terá Mané mais rodagem, confiança e disponibilidade física que Rafa? Será que Adrien Silva não teria lugar nesta selecção? Se me perguntassem se preferia Rául Meireles, Veloso, Moutinho ou Adrien a minha resposta seria Adrien. Moutinho foi recentemente distinguido pelo L’equipe como o maior Flop da época 2013/2014…

Ou jogamos como jogámos contra a Suécia, a defender e com um super Ronaldo sozinho na frente, ou isto não vai acabar nada bem. Conseguem imaginar o Postiga a fazer os sprints que o Ronaldo fez contra a Suécia?  Não, pois não?.. Mas vão ver que ele vai jogar. Oh se vai!..Nem que seja de andarilho!!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O dinheiro não se evapora!

A semana passada, se a memória não me falha, o tema da Antena Aberta, programa da Antena 1, foi: “A saída limpa é mérito do governo?”
As perguntas que me fiz foram:
O que é que o governo fez para conseguir reduzir a dívida pública?
Quais foram as tão esperadas reformas estruturais que fez ou iniciou?
Qual foi a sua contribuição para o aumento das exportações?
De uma coisa tenho a certeza, este governo conseguiu reduzir significativamente o nível de vida da grande maioria dos portugueses.
Claro que todos nós ouvimos dizer, várias vezes, que a dívida privada era superior à dívida pública, e que vivíamos acima das nossas possibilidades.
Ora, a pergunta que se impõe, a todos nós, é: Quanto é que eu devia, fruto de viver acima das minhas possibilidades, e quanto é que eu paguei? (entenda-se, quanto é que me foi retirado?)
Depois, é só fazer contas de somar e subtrair.
Se lhe der o mesmo que a mim, que pagou bem mais do que devia, então pergunte-se:
Para onde foi esse dinheiro?
E,
Por quem paguei?
Sim, porque nem todos pagaram, alguns até receberam, e também houve aqueles que pagaram menos do que deviam (literalmente).
Porque, quando o dinheiro nos sai do bolso, ele vai para algum lado, e se for na sequência de uma transação acordada entre as partes, está tudo certo, mas, quando assim não é, geralmente chamamos-lhe roubo.
Tendo esta crise levado o país a uma situação de emergência nacional, como nos foi dito várias vezes, não nos deveriam ter dito, de forma clara e precisa, quais foram as suas causas?
Se não houve nenhuma catástrofe natural, nem fomos invadidos por nenhuma força terrestre ou extraterrestre, então, a causa desta crise foi porque vivíamos acima das nossas possibilidades? Quem? Todos nós?
Ou será porque é difícil explicar, porque pode ser mal compreendido, nomeadamente quando se tratam de más decisões políticas? Más decisões, atrás de más decisões, que se estendem no tempo?
A verdade derradeira é que o dinheiro não se evapora. Quando sai de um bolso, vai para outro. Para onde foi o dinheiro?
Foi para pagar a dívida, qua não é mais que a soma de várias dívidas, que não se sabe muito bem como foram causadas nem por quem?

São estas as perguntas que vão pairando no ar, porque entretanto vão sendo mal esclarecidas, enquanto o dinheiro vai saindo do nosso bolso, sabe-se lá para quem.




    

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante estes rostos que me visitam diariamente. Médico psiquiatra