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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Impostos explicados em Lego pelo PCP


Do melhor que já vi. Uma ideia muito original que traduz bem o que o governo tem feito. Um aplauso sonante para o deputado do PCP pela genialidade do acto que deixou os partidos da maioria sem saber muito bem o que dizer.
Quando a verdade está do nosso lado, não há muitos argumentos que possam desmentir-nos, o único é a incompreensão daquilo que estamos a dizer, mas com os Legos tudo se torna mais fácil!

http://videos.sapo.pt/ZRL6YVhdCRosDIkPgZbZ


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O fim do Jardinismo na Ilha da Madeira?

Assistimos recentemente a um facto digno de registo na história contemporânea, falo da renúncia de Alberto João Jardim e o respectivo processo de substituição.
Não sou madeirense, mas conheço razoavelmente a realidade da ilha fruto das minhas viagens recorrentes à ilha para visitar os familiares da minha mulher. “Cubano” como sou, consigo ter uma visão um pouco mais despregada de toda a situação. Cubano transmontano como sou, poderei ser ainda mais intransigente com algumas situações, uma vez que que a minha bitola de comparação é um pedaço, relativamente grande, do território português que é região transmontana, que ainda aguarda a conclusão da sua primeira autoestrada. Uma região que, aos meus olhos está completamente abandonada à sua sorte.

Assisti ao debate na RTP Madeira entre os dois candidatos, Miguel Albuquerque e Manuel António Correia. Não sei se a maioria dos comentadores das televisões nacionais assistiram. De um lado um político que teve a audácia de 4 anos antes se demarcar de Jardim, do outro um fiel escudeiro que tentava convencer os eleitores através de argumentos de boa gestão pública que praticou enquanto Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais. Manuel Correia, segundo o próprio, não desmentido pelo seu adversário e por madeirenses, organizou as cooperativas da banana madeirense, com benefício para os produtores (grandes apoiantes do próprio), bem como o problema dos elevados custos da recolha e tratamento dos lixos, atribuídos a privados reduzindo os custos em 12 milhões de euros/ano. Manuel Correia acusou ainda Miguel Albuquerque de ser apoiado pelos privados que ele “entalou” durante a sua gestão pública, algo que também não vi ser desmentido.

Confesso que tenho muita relutância em acreditar que alguma coisa vai mudar com a ascensão de Miguel Albuquerque. Não me admiraria nada que num futuro próximo se venha a perceber que tudo isto não passou de um puro golpe de teatro. O grande feito de Miguel Albuquerque, até agora, for ter a audácia de, antevendo a queda inevitável do líder, entrar em rota de colisão, deixar cair de podre e esperar pelo seu tempo. Não gosto do estilo de Jardim nem do seu estilo de governação, mas como cidadão mais depressa aprecio numa pessoa a lealdade do que comportamentos a lembrar um chacal. É que dos primeiros já sabemos o que podemos ter, já dos segundos… Lobos com pele de cordeiro podem ser a desgraça completa.
Antevendo o desgaste de 36 anos de poder, que já se tinham reflectido nas eleições anteriores Miguel Albuquerque foi falando de mudança e mudança e mais mudança, sem concretizar como e no quê. Sabendo que todo o investimento público na Madeira é da responsabilidade do Governo Regional (até as luzes de Natal do Funchal são da responsabilidade do Governo Regional!) não vejo que passado tão orgulhoso, tão enriquecedor possa ter Albuquerque comparando com Manuel Correia que faça o povo aclamar pelo D. Sebastião Madeirense…
Pode ser que me engane, mas creio que a Madeira vai entrar na 2ª era Jardim. Se é bom ou mau para os Madeirenses, eles saberão melhor do que eu, pois são eles que todos os dias vivem e beneficiam dos túneis e das novas estradas que se abrem todos os anos.

Para mim, como cubano transmontano, custa-me saber que uma região de Portugal possa acumular um passivo de 8mil milhões enquanto outras vêm os seus municípios lutarem por migalhas. Se hoje me disponibilizassem 8mil milhões de euros para investir em Trás-os-Montes, podem ter a certeza que os níveis de pobreza desceriam e o PIB da região aumentaria e muito.