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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Passos "Se isto vai tudo correr bem ou mal depende muito da nossa vontade colectiva"

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Durante um almoço conferência sobre desenvolvimento sustentável, no Centro de Congressos do Estoril, Pedro Passos Coelho defendeu que Portugal está "no sentido correto", mas questionou se existe "a vontade suficiente e a consciência necessária para continuar este processo daqui para a frente ou não".

"Quanto ao nível de vontade colectiva e de consciência colectiva do que temos de fazer daqui para a frente, a mim cabe-me fazer alguma pedagogia, dar algumas pistas de reflexão, mas sois vós, no conjunto, é a sociedade que tem de se manifestar quanto a isso. Saber se daqui para a frente isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal depende muito da nossa vontade colectiva e da consciência que temos dos problemas", afirmou.
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Notícia em: http://www.noticiasaominuto.com/politica/12324/se-isto-vai-tudo-correr-bem-ou-mal-depende-muito-da-nossa-vontade-colectiva#.UGSKHJjR5qw

É precisamente isso (parece-me) que está a faltar: “da nossa vontade coletiva”.
Esta crise é uma oportunidade para “arrumar a casa”, isto é, para corrigir erros do passado, e fazer as reformas estruturais que tanto urgem. Acima de tudo, uma excelente oportunidade para mobilizar a população portuguesa.
Não me parece que esteja a ser conseguido.
Gostaria que o Sr. Primeiro-ministro fizesse mais do que “a mim cabe-me fazer alguma pedagogia, dar algumas pistas de reflexão“.
Gostaria que fosse melhor explicado como aqui chegámos, e o que precisamos de fazer para ultrapassar esta crise.
Gostaria que houvesse mais orientações para objetivos específicos e uma estratégia que chegasse a todos para alcançar esse desígnio comum.
Se compreendermos o plano para sair da crise, as reformas que são necessárias, o que fazer para que os mesmos erros nunca mais se repitam, e, se para além de compreender, ficarmos convencidos que não só é o melhor caminho para ultrapassar esta crise mas também que dessa forma estamos a contribuir para um país mais forte com um futuro melhor, então creio que estaremos todos muito mais disponíveis para suportar sacrifícios e com muito mais vontade de participar nesse processo de ajudar o país a ir para a frente.
As comunicações ao país têm sido quase exclusivamente para anunciar mais cortes e mais austeridade e menos vencimento, etc., e que só assim vamos sair desta crise, continuando a suportar esta crescente austeridade com muita capacidade de resignação e de sacrifício.
Parece-me pouco.
Mais uma coisa, não se pode mentir aos portugueses. É proibido mentir!
Quando nos vêm dizer que os cortes nos subsídios são temporários, que mais tarde serão devolvidos, isso não casa com “o aumento da TSU é para ficar”.
Se não tivesse havido recuo na medida de subir a taxa da TSU em 7% para os trabalhadores, quando fossem devolvidos os subsídios, esse aumento da TSU absorvia pelo menos um dos subsídios.
Senti-me enganado Sr. Primeiro-ministro, e agora, estou desconfiado.
Gostaria muito que o Sr. Primeiro-ministro falasse sempre verdade aos portugueses, e que fosse capaz de os mobilizar para este grande desafio que é tornar Portugal um país mais desenvolvido, com melhor nível de vida e menos desigualdades, como fizeram alguns grandes líderes, que dessa forma ajudaram o seu povo a levantar o seu país, após por exemplo, uma guerra ou uma catástrofe natural.

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