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domingo, 30 de setembro de 2012

O Teorema de António Borges.

Cada vez mais me convenço que a expressão “cada macaco no seu galho” está muito bem pensada. Começo a ficar farto de ver gente que aproveita a exposição pública para mandar “bitaites” que não passam disso mesmo.
A minha paciência vai-se esvaindo para com estes Senhores Professores Universitários que se acham o máximo e donos da verdade absoluta. Não são. Ninguém é. Se assim fosse ainda hoje estaríamos na idade da pedra. Foi graças à irreverência e obstinação da nossa mente que se evoluiu. Se o homem tivesse ouvido sempre os velhos sábios e se se tivesse limitado a seguir a transmissão do conhecimento, ainda hoje lutava com os macacos pela posse de um galho numa árvore.
Infelizmente para o nosso país, os nossos políticos que têm aquela esperteza dita saloia, gostam muito de convidar estes professores para alguns cargos no governo, para servirem de escudo perante a comunicação social. São poucos os que contestam as ditas mentes brilhantes. O problema é que esses senhores não passam de papagaios, que vão repetindo do alto do seu poleiro as teorias a que tiveram acesso, por via da posição social privilegiada que ocupam. Não passam disso: PAPAGAIOS a repetir teorias. Que sabem esses papagaios da vida real? Basta ver os resultados que têm tido quando colocados nos governos onde a prova dos nove mostra o que acontece quando passam da teoria à prática. ZERO! Tenho a certeza que qualquer Director de um departamento das finanças seria melhor gestor do ministério das finanças do que o Sr. Professor Vítor Gaspar.
Senhor Professor António Borges, receio muito pela qualidade dos seus alunos, pois um professor que não sabe que a peça fundamental de qualquer empresa são os trabalhadores, melhor, a motivação dos trabalhadores, está condenado ao insucesso.
Os nossos empresários não são ignorantes como pensa, são até demasiado cultos relativamente às leis que temos. Se não veja, como justificaria que durante estes anos todos, tenham sabido fugir ao fisco, abrir e fechar várias empresas, enriquecerem com as insolvências, faltarem e/ou atrasarem os pagamentos dos vencimentos e da segurança social dos trabalhadores sem que nada lhes aconteça? Quantas reportagens vimos na televisão de empresas a falirem faltando aos pagamentos dos trabalhadores enquanto o patrão se passeia de Ferrari? Se trabalhasse numa dessas fábricas, recebendo o ordenado médio de 600euros mensais, que diria se lhe reduzissem o ordenado em 7%, para dar a esse empresário, cujo o histórico empresarial refere várias falências e o histórico de património pessoal refere inúmeras casas de luxo, iates e vários carros de luxo?
E o que diria se ganhasse 600euros, pagasse o seu empréstimo ao banco X a uma TAN de 6,5% quando o Banco central europeu empresta ao banco X a uma taxa de 0,75%, e agora lhe dissessem que iam reduzir-lhe o salário em 7% para os bancos amealharem mais um pouco?
Sr. Professor, acho que acabou de elaborar um novo teorema na economia, o do caos social. Dirá o teorema “Se precisares de aumentar a produtividade na empresa, aumenta as horas de trabalho diário ao mesmo tempo que reduzes o salário dos trabalhadores”. Ora visto assim, na teoria, o resultado seria excelente, mas estamos a falar de pessoas com a tal mente irreverente de que falei, não de escravos. Por isso Sr. Professor, se quer ver o seu teorema triunfar aconselho-o a mudar de país, para um daqueles porreirinhos, como a Síria, porque para já, Portugal, ainda é uma democracia onde as pessoas ainda são consideradas não escravizadas.  

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