Parlamento Metade dos
deputados acumula funções no sector privado
O Parlamento está
cheio de advogados, consultores, gestores e empresários. No total, 117
deputados portugueses também são trabalhadores a tempo inteiro noutros
sectores.
Mais de metade dos deputados também trabalha no
sector privado, escreve hoje o Jornal de Negócios, recordando que, em Portugal,
os deputados podem acumular funções de soberania com trabalhos no sector
privado.
Pergunto: Não era preferível termos menos deputados, mas que
se dedicassem a tempo inteiro às funções para que foram eleitos?
Porque é que mais de metade dos deputados acumula funções?
a) Porque não querem deixar de exercer outras funções?
b) Porque o salário de deputado não é suficiente?
c) Porque lhes sobra tempo?
d) Outra.
Talvez fosse de considerar pagar mais ao deputado que se
dedica a tempo inteiro, indo para tal, buscar as verbas aos deputados que
trabalham em part time.
Se mais de metade dos deputados também trabalha no privado,
será legítimo pensar que temos deputados a mais? Se não querem reduzir o nº de
deputados, porque não querem reduzir o nº de mandatos, então porque não criar a
figura do deputado a tempo inteiro e a figura do deputado a tempo parcial?
A mim isto parece-me uma grande salganhada!
Continuo a achar que era preferível termos menos deputados, empenhados,
competentes e dedicados a tempo inteiro às funções para que foram eleitos (aos
que já trabalhavam no privado, podia perfeitamente atribuir-lhes licença sem
vencimento, durante os seus mandatos).
O que se poupava em
regalias e salários com a redução do nº de deputados dava para pagar melhor aos
que ficavam.
Menos deputados, provavelmente implicaria uma maior
proximidade entre estes e os eleitores (desejavelmente, melhorava a comunicação
entre o deputado e os eleitores).
Pesquisando no Google, encontrei esta descrição das funções
do deputado:
“O deputado tem por funções representar e defender os
interesses dos eleitores”.
“É o porta-voz da população na Assembleia da república, responde
às necessidades e anseios da população, procura respostas legislativas para os
problemas, para além de ter um papel de fiscalização face ao governo”.
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