Esta semana tive oportunidade de conhecer, após um ano de mandato, o presidente do grupo Águas de Portugal, ao qual eu pertenço. Nunca o tinha visto mais gordo, ou mais magro. Simplesmente, nunca o tinha visto. O "acidente" deu-se num evento organizado pelo grupo empresarial, denominado Jornadas de Engenharia. Neste evento, vários directores e também funcionários das diversas empresas do grupo, foram apresentar alguns trabalhos, ideias, políticas de empresas, de gestão, de especificidades do sector etc. Uma óptima oportunidade para se conhecer o que andam a fazer as empresas, quem são os técnicos e suas competências. Que fez o presidente do grupo? Fez a abertura das jornadas, com um discurso armado ao rigoroso, mas onde vincou bem a sua missão – vender o grupo a privados - tendo abandonado o certame assim que terminou a sua intervenção.
Depois começam os discursos para convencer o povo e comunicação social de que a visão/ideia deles, dos mesmos que sacam, é a ideal para resolver os problemas do País. Problemas esses, que só existem, pelo facto de eles (saqueadores) existirem.
A manipulação dos discursos é tão descarada que cheguei ao ponto de assistir na apresentação do Sr. Presidente, à passagem de um acetato onde podíamos ver a percentagem de serviços de abastecimento de água e saneamento, que são privados nos restantes países europeus. Nesse acetato apareciam vários países como França (60% privado), Alemanha, Espanha, Itália e Portugal. O acetato seguinte mostrava as eficiências, no qual se destacava na 2ª posição a Holanda. Porque não constava a Holanda no primeiro acetato? Porque os serviços são 100% públicos. E pelos vistos funcionam bem, como tal não interessa publicitar.
Os nossos políticos têm feito disto “aos montes” nos últimos anos. Manipulam a informação que “injectam” na praça pública. Infelizmente para nós, cidadãos portugueses, a nossa imprensa também ela não ajuda à defesa dos nossos interesses. Colocar um prof. Marcelo, ou o político Marques Mendes a comentar assuntos dos quais não percebem nada e que, para além de parciais, a única informação que possuem é a que os governantes escolhem colocar na praça, é o mesmo que colocar um padeiro a falar de mecânica de elevadores. Vai falar daquilo que ouviu dizer, ou leu algures que seria bom, e que até lhe pareceu uma boa ideia…
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