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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Confrontos na greve geral

Confesso que tenho sentimentos mistos relativamente ao confronto entre manifestantes e forças policiais. Se por um lado, espero sempre que o bom senso impere para que não hajam danos para terceiros que nada têm que ver com o problema, por outro compreendo que se nada for feito, nada muda.
Ainda assim, considero que se o objectivo dos manifestantes foca-se na queda do governo, há maneiras mais céleres e com menores custos para o país do que a que se assistiu hoje.
O que fazem os nossos políticos nestes dias complicados? Um fugiu para uma fábrica de salsichas, outro não saiu do palácio, outros andaram também pelo país fora, sabe-se lá onde. Meus caros, manifestações destas para eles é, como direi, chato. Só e apenas isso. O grau de incómodo compara-se a uma situação qualquer coisa do género – e muito comum no nosso dia-a-dia -  quando à noite chegamos a casa e queremos saber o resultado do jogo de futebol e os canais televisivos informativos insistem em passar toda e qualquer notícia menos o resultado do futebol. Será assim hoje para os nossos políticos, chegam a casa, depois de um dia muito cansativo a ver salsichas, querem saber o resultado do jogo da selecção nacional com o Gabão (muito importante) e os malditos “media” insistem em passar imagens de uns calões arruaceiros nas ruas das cidades portuguesas!! Que chatos!.

Caros concidadãos, se querem efectivamente por termo a este governo, e apresso-me a dizer que sou amplamente favorável à queda do mesmo, têm que começar a fazer “flash mobs” às casas dos políticos. Não é na assembleia onde não se passa nada. É à porta de casa deles. Quando eles sentirem essa pressão e a família também, verão que a vossa luta será muito mais efectiva. Quando constantemente o Coelho não puder sair da toca em Massamá, talvez o mesmo comece a levar a sério as greves e manifestações.
Mas antes disso a sociedade tem que decidir o que quer para o futuro. Porque tirar este governo para colocar outro semelhante, também não me parece grande plano.
Devem pois ser formados movimentos sociais em todos os distritos, constituídos por cidadãos normais, honestos e trabalhadores, sem ligações partidárias, sem dívidas de favores. Pessoas de valor e com valores.
No dia em que a assembleia, for inteiramente constituída por membros da sociedade civil, apartidários, aí sim, teremos condições para levantar este país. Enquanto for destruir apenas por destruir não criando alternativas aos de sempre, então mais vale ficarem em casa.

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