A REVOLUÇÃO DE 1383-1385 E A SITUAÇÃO ACTUAL DO PAÍS
Quando no dia 6 de Dezembro de 1383 um grupo de nobres,
encabeçados por D. João, mestre de Avis, matou o conde Andeiro nos paços da
rainha D. Leonor, e a população lisboeta, manipulada por Álvaro Pais, deu
cobertura a este assassinato político e, de seguida, desgovernada, invadiu a Sé
de Lisboa, onde, no alto da torre, caçou o cismático bispo D. Martinho e o
atirou para o fundo da igreja, a paciência contra aqueles que pretendiam vender Portugal a Castela estava
esgotada.
Para eles, Portugal havia sido sempre isento sobre si, ou
seja, independente, e a rainha D. Leonor havia efectuado uma utilização abusiva
do poder, razão pela qual perdera toda a legitimidade, pois, do ponto de vista
dos revolucionários, só era legítimo o
poder que defendia a independência nacional.
A revolução de 1383-1385 triunfou porque a maioria dos revolucionários amava Portugal
e punha os interesses do seu país acima de quaisquer interesses materiais.
Artigo publicado no “Público de 29 OUT 2012, pág. 49”.
Autor: Valentino Viegas, Historiador.
(As partes extraídas são cópia integral do que vem no
original).
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