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terça-feira, 23 de outubro de 2012

O pequeno órfão chamado Portugal

Mais uma cimeira europeia e mais uma vez Portugal passa ao lado.
Ao contrário dos seus homólogos grego e espanhol, o primeiro-ministro Passos Coelho não fez ao Conselho Europeu nenhuma apresentação sobre as dificuldades económicas e sociais do País nesta fase da implementação do programa. O facto foi revelado pelo Presidente francês, François Hollande, obrigando Passos a explicar que "Portugal não esteve em discussão. Eu não o trouxe a este Conselho", disse Passos. Pois fez muito mal em não levar Portugal para a discussão! Caso o paspalho sofra de falta de memória alguém que lhe recorde que ele foi eleito por Portugueses para resolver os problemas dos Portugueses e não para exercer funções de lambe-botas de terceiros europeus(como se vê na fotografia). Já agora recordem-lhe também que os 10mil euros limpinhos por mês que leva para casa deveriam ser suficientes para ir à farmácia comprar comprimidos para a memória, e dos genéricos sff.
Num tom crispado que lhe é pouco habitual, o primeiro-ministro criticou o francês por revelar o conteúdo de reuniões "à porta fechada", considerando "um péssimo precedente" que é "pouco construtivo pois permite várias versões" do encontro. Hollande fez ao longo da semana declarações de solidariedade com os países da periferia, dizendo que os "portugueses e espanhóis estão a pagar os erros cometidos por outros", em referência velada às decisões europeias dos últimos anos. E afirmou que "chegou a altura de oferecer a estes países uma perspectiva que vá além da austeridade". Se não tem intelecto para nos defender ao menos aproveite quem o tem e o disponibiliza em nosso favor. O mínimo que lhe peço Sr. PPC é que fique calado quando outros nos defendem, já que de si “ou entra mosca ou sai asneira”. Por último, dizer que Portugal “está confortável” com a austeridade, só se for nas suas (e do Relvas) contas bancárias, porque na parte que toca ao povo, garanto-lhe que há muito que já desceram abaixo do nível de desconforto, passando para o nível de miséria…
Portugal está órfão na Europa e está órfão de gente competente. Será portanto normal que descambe para a má vida mais depressa do que se imagina.

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