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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA EM PORTUGAL




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O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.
Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.[1]
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Uma vez que todos os bens e serviços são transacionados em dinheiro e que este termina sempre no “bolso” de alguém, fui tentar chegar ao valor do PIB português.

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A dívida pública portuguesa, calculada na óptica do tratado de Maastricht, atingiu 198,1 mil milhões de euros no segundo trimestre, um valor que equivale a 117,6% do PIB.


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A economia paralela já representa 25,4% do PIB. Por outras palavras, 43,4 mil milhões de euros "fogem" ao controlo fiscal, segundo o último estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude da Universidade do Porto (OBEGEF).

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Se não me enganei nas contas, posso dizer que o PIB em Portugal andará muito próximo dos 210 000 milhões de Euros.
Considerando esse valor, o PIB per capita, considerando 10 milhões de habitantes, será de 21 000€, o que equivale a 1 750€ mensais por habitante.

Com base num estudo elaborado pelo OBSERVATÓRIO DAS DESIGUALDADES, apresenta-se de seguida a distribuição do rendimento em Portugal por quintis e decis.

Quintis – A população portuguesa é dividida em 5 grupos de 2 milhões de habitantes.
Decis – A população portuguesa é dividida em 10 grupos de 1 milhão de habitantes.

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O Observatório das Desigualdades é uma estrutura independente constituída no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL), que é a instituição responsável pelo seu funcionamento e coordenação científica, tendo por instituições parceiras o Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (ISFLUP) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores (CES-UA).
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Distribuição do rendimento em Portugal é fortemente assimétrica
Comparando com os outros países da União Europeia, Portugal apresenta um perfil de distribuição de rendimento fortemente assimétrico. Em 2008, os 20% mais ricos auferiam 43,2% do rendimento disponível, a percentagem mais elevada na UE-27.

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Considerando que todos os portugueses consomem produtos e serviços, quer façam parte da população ativa ou não, dividi o valor do PIB pelos valores percentuais do estudo do OBSERVATÓRIO DAS DESIGUALDADES para chegar ao rendimento mensal por habitante.













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No Quadro 2 a distribuição de rendimento surge em decis e o indicador de desigualdade apresentado é o S90/S10. Em Portugal, os 10% mais ricos concentravam 28% do rendimento total, a percentagem mais elevada na UE-27.

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O Quadro 3 apresenta as percentagens de rendimento que os 5% mais ricos auferiam em 2008, no total e por percentis. Considerando o total dos 5% mais ricos, Portugal era o país da UE-27 no qual o rendimento monetário detido por este grupo era proporcionalmente mais elevado: 18% do rendimento monetário total apurado para o país. Se se considerar o 1% do topo, Portugal surgia também em primeiro lugar, a par da Lituânia: 6,6% do rendimento monetário total.  

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Ainda com base no mesmo estudo e seguindo o mesmo procedimento, conclui-se que o rendimento mensal per capita dos 5% mais ricos é de 6 300€, enquanto que o rendimento mensal per capita dos 1% mais ricos é de 11 550€.

De notar que estes valores referem-se ao rendimento mensal disponível por habitante.


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