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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Política de disco riscado

Vi um dia destes um debate entre Catarina Martins (BE) e Luís Montenegro (PSD). Com o aquecer do debate, vi o tipo do governo a criticar a oposição (todos incluindo PS) por não apresentarem soluções alternativas credíveis ao corte de 4mil milhões.
Isto faz-me recordar os tempos agitados do final da legislatura Sócrates. Deixo aqui algumas passagens interessantes registadas no Livro “resgatados” de David Dinis e Hugo Filipe Coelho, aquando das negociações para o orçamento de estado 2011 e já em 2011, para o PEC IV.
O PSD insistia que era necessário cortar mais 500milhões de euros. Teixeira dos Santos desesperava: Digam onde? Catroga respondia na sua fórmula habitual: “Isso é função de quem governa”
Sobre o PECIV “Não podemos estar sempre a dizer que não precisamos de ajuda, que a execução orçamental está a correr impecavelmente, mas depois temos de aumentar impostos, cortar nas reformas, fazerm muitas outras coisas – nomeadamente aquelas que o governo se tinha comprometido a não fazer quando fez o acordo com o PSD para viabilizar o orçamento, que era não tocar nas despesas que as famílias têm na educação, saúde e habitação, e não tocar no IVA dos produtos essenciais”..
“Se a execução orçamental não está a correr bem e é preciso aumentar impostos isso significa que o Governo não está a fazer o seu trabalho!”

Engraçado com estes políticos funcionam. Dir-se-á que têm o mesmo ADN. Comportam-se da mesma maneira, quer estejam na oposição ou no poder.

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