A pensão desconcertante do sr. j. g.
Recentemente ouvi na SIC a notícia que o tribunal (não me
recordo qual) deu razão ao antigo presidente do BCP, sr. Jardim gonçalves, um
escroque, obrigando assim o banco a pagar uma modesta pensão de cento e sessenta
e cinco mil euros por mês (165 000,00€/mês) mais avião privado sempre que
o sr. pretender, carrinho com motorista e segurança privada.
O Miguel Sousa Tavares, na qualidade de comentador,
perguntava como é que este senhor jardim gonçalves conseguia dormir bem, sendo
ele um dos principais responsáveis pela situação a que o banco chegou? Como é
que ele podia dormir bem com uma pensão destas num pais com tanta pobreza e
numa altura em que atravessa uma situação tão difícil? Como é que conseguia
dormir bem, este senhor, fervorosamente religioso da Opus Dei?
O que eu pergunto é como é que é possível que a justiça lhe
tenha dado razão? Porque legalmente foi obrigada a isso? Mas que justiça é esta
que defende leis imorais?
Por um lado o banco é privado e como tal pode negociar como
bem entender os contratos com os seus executivos, mas depois, quando faz
asneiras e fica em maus lençóis, é nos pedido a todos nós, mesmo aqueles que
nada tem com o banco, que ajudem (de forma involuntária) a salvar o banco,
porque não se pode deixar o banco ir à falência.
A justiça portuguesa permite que nos saquem dinheiro através
de impostos que são canalizados para ajudar bancos que cometeram atos de gestão
muito duvidosa, ou mesmo criminosa. No limite, esta justiça legal, mas imoral,
permite que pessoas pobres paguem a pensão vergonhosa deste senhor.
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