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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 Covid-19 veio para ficar?

 Neste momento, tudo indica que sim!

Na Escandinávia, primeiro a Dinamarca e depois a Noruega, já foram dadas indicações para pôr termo às restrições.

Se se confirmar a tendência desta nova variante - Ómicron (ou de outra que, entretanto, surja), para ser menos agressiva (e letal), essas medidas serão adotadas, mais cedo ou mais tarde, por todos os países por este mundo fora.

Ou seja, podemos estar a assistir aos primeiros sinais do fim da pandemia, que dará alugar a uma endemia.

Mas há uma pergunta que paira no ar: Pode o vírus ficar mais agressivo?

Mutações nos genes podem ocorrer a todo o momento, de modo aleatório e com efeitos mais ou menos impactantes na sua agressividade e capacidade de transmissão.

Portanto, é possível que daí resulte um agente infecioso mais brando, ou mais agressivo.

Mas só uma destas opções tende a representar uma vantagem evolutiva. Porquê?

Porque, de acordo com Rafael Resque, doutor em genética e biologia molecular e professor da Universidade Federal do Amapá, “Em geral, os vírus mais letais não conseguem se disseminar tanto porque matam seus hospedeiros antes de contaminar outras pessoas”[1].

Ou seja, a tendência é que o vírus fique mais amigável, pois dessa forma pode continuar a reproduzir-se, infetando e reinfectando-nos.

Confesso que ao início fiquei intrigado com a nossa incapacidade para o derrotar. Como já tinha escrito, estamos perante uma guerra entre o ser mais desenvolvido do mundo e o menos.

Mas reconheço que isso acontece porque paira um pouco no ar a ideia de que podemos tudo, que somos invencíveis e que não há nada que não consigamos fazer.

Creio que esse pensamento tem nos conduzido para maus caminhos, nomeadamente no que diz respeito aos outros seres vivos e ao planeta em geral.

Talvez esta pandemia nos faça refletir um pouco sobre isso… Ou será que não?

 

 



[1] Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/mutacoes-do-novo-coronavirus-podem-deixar-a-covid-19-mais-leve/

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