4.
De macaco a sapiens.
Os homens modernos, da espécie
Homo sapiens, não evoluíram dos macacos, mas compartilham de um ancestral comum
com eles.
Foi descoberto em 2002 por uma
equipa de paleoantropólogos espanhóis uma espécie de primata que terá vivido há
cerca de 12 milhões de anos e que poderá ter sido o ancestral comum do homem e
dos grandes símios (gorila, chimpanzé, bonobo e orangotango).
A linhagem humana remonta há
pelo menos 4 milhões de anos atrás com a descoberta no norte do Quénia de
fósseis do Australopitecos Anamensis.
No decorrer desse período, a
evolução deu-se de forma relativamente lenta[1]:
- Australopithecus Afarensis: estima-se
que terá vivido há 3.4 milhões de anos; encontrado na Etiópia, nos Camarões e
na Tanzânia; talvez o maior achado tenha sido Lucy (esqueleto encontrado em
1974 na Etiópia); tinha dentes mais humanos do que as criaturas anteriores; a
mandíbula começou a ter a forma parabólica humana e estabeleceu plenamente a locomoção
bípede.
Australopithecus Africanus:
entre 2 a 3 milhões de anos atrás, esta espécie foi encontrada na África do
Sul. Similar ao A. Afarensis no tamanho do cérebro, a mandíbula tem uma forma
totalmente humana.
Homo Habilis: viveu há 1.6
milhões de anos e seus fósseis foram descobertos em 1964 na Tanzânia (África
Oriental). Possuía a habilidade de usar ferramentas.
Homo Ergaster: descoberto na
África do Sul, sua idade é datada em torno de 1.5 milhões de anos. Acredita-se
que poderá ter sido o primeiro a usar o fogo e utilizar instrumento de pedras.
Homo Georgicus: com aproximadamente
a mesma idade que o Homo Ergaster; foi descoberto em Dminisi, na Geórgia em
2002; media cerca de 1.5m e é considerado importante devido à sua descoberta
ocorrer próximo das fronteiras da Ásia (mostrando processo de migração).
Homo Floresiensis: encontrados
na Ilha de Flores (Indonésia), possui 1 milhão de anos. Sua marca principal era
seu tamanho reduzido, que já na fase adulta chegava a medir apenas um metro
(daí terem recebido a alcunha de "Hobbits").
Homo Erectus: foram
encontrados fósseis no Quénia, com aproximadamente 1 milhão de anos; possui um
cérebro duas vezes maior do que o de um chimpanzé. Foi a partir desta espécie
que se deu início ao convívio social (juntavam-se em grupos para sobreviver).
Homo Heidelbergensis: com
traços humanos bem claros, viveu há cerca de 500 mil anos atrás, sendo
classificado como o ancestral comum mais recente entre H. Sapiens e o H.
Neandertal; uma das suas principais características é o cultivo da fé (vários
cemitérios foram encontrados, demonstrando que possuíam alguma crença
religiosa); outro de seus feitos foi a capacidade de construir abrigos grandes
para sua proteção; acredita-se que começou a espalhar-se por outros lugares,
pois parte deles migrou para Europa (O seu nome nasce do local original de
descoberta de seus primeiros fósseis, uma propriedade rural próxima de
Heidelberg, Alemanha).
Homo Neanderthalensis: com
cerca de 300 mil anos, viveu na Europa; sabe-se que coabitou com o sapiens; não
há certezas sobre a sua extinção, embora uma das teorias aponte para nós.
Homo Sapiens: chegamos ao
ponto em que estamos; com cerca de 300 mil anos e uma enorme capacidade de adaptação,
utilizar ferramentas e viver socialmente.
Homo Sapiens Sapiens: é, na
verdade, uma subespécie que se refere às formas mais modernas de Homo sapiens e
que terão aparecido pela primeira vez há cerca de 120 000 anos; o aumento do volume
craniano durante o processo evolutivo é notável, tendo crescido dos 450 cm3 (australopitecos)
até os 1350 cm3 (Homo sapiens moderno), que lhe proporciona uma
capacidade de raciocínio aumentada, linguagem complexa e a resolução de
problemas difíceis (pensamento abstrato).
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