Pesquisa

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

 


6.          A agricultura.

Acredita-se que a agricultura (domesticação de plantas e animais) terá surgido ao longo do Crescente Fértil, muito provavelmente por se tratar de uma zona rica em biodiversidade e boa para práticas agrícolas.

Admite-se que este processo tenha tido uma evolução gradual: grupos de caçadores-coletores que por aqui passavam (e que provavelmente permaneciam durante um certo período de tempo) terão percebido que certas plantas davam-se muito bem por estas terras.

Podem inclusive ter reparado que em determinados locais, fruto das suas atividades, as plantas voltavam a germinar (sementes que sem querer, ao transportar, deixavam cair, e que ao pisar, as enterravam).

Portanto, julgo que é legítimo afirmar que fruto do acaso e de alguma curiosidade, caçadoras-coletores tenham descoberto plantas e animais, disponíveis no local, que acabaram por conseguir domesticar.

Com o decorrer do tempo, foram ficando por períodos cada vez mais longos, até se concretizar a troca de uma vida nómada para uma vida sedentária.

A agricultura, este novo modo de vida, permitia alimentar uma população muito maior do que com a caça e a recoleção.

Crê-se que estas primeiras comunidades que se estabeleceram no Crescente-Fértil, caçavam, apascentavam cabras e gazelas e colhiam trigo selvagem (eram utilizadas mós para moer os cereais e obter farinha).

No meio científico é consensual que diferentes populações em várias partes do Crescente Fértil chegaram a soluções semelhantes, na sua busca por “este” novo modo de vida.

A agricultura permitiu às comunidades aumentarem a produção de alimentos e sustentar um maior número de pessoas que não estavam diretamente ligadas ao trabalho da terra, nomeadamente artesãos especializados. Por outro lado, este facto estimulou as trocas entre comunidades.

Com o decorrer do tempo irão surgir as primeiras Cidade-Estado, bem como mudanças profundas na forma como passaríamos a viver, que acabaram por se refletir na saúde do planeta Terra e na sobrevivência da grande maioria das espécies que o habitam.

A agricultura (domesticação de plantas e animais), com cerca de dez mil anos, veio mudar a forma como vivíamos desde há cerca de quatro milhões de anos.

Nesse curto período de tempo, o mundo tem sofrido profundas alterações e a um ritmo cada vez mais acelerado.

Apesar de ainda existirem fronteiras, culturas e línguas diferentes, o constante intercâmbio e contacto entre as diferentes comunidades, permite que uma infeção provocada por um vírus, possa evoluir e transformar-se numa pandemia que irá afetar toda a população humana.

Atualmente vivemos numa corrida contra o tempo, tentando evitar males maiores, resultantes do aquecimento global da temperatura do planeta, provocado pela atividade humana (utilização massiva de combustíveis fósseis).


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