Este fim-de-semana decorreu mais
um congresso do PSD, mas para mim, do pouco que vi pareceu-me mais um circo ou
um espectáculo de stand-up-comedy do que debate político. Começo por aqui
mesmo, política.
Tudo o que vi em directo foi mau,
foi palhaçada. E tudo o que vi nos resumos dos órgãos de comunicação social foi
pior ainda: peixeirada. Política, ideais ou convicções: ZERO.
Muitos disparos contra Seguro,
muita gente preocupada em “marcar lugar” no partido (Santana, Menezes, Marques
Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa) e pouca substância. A minha opinião pessoal é
que este congresso colocou em evidência o falhanço da nossa democracia e o
porquê do estado miserável em que se encontra o nosso país.
Não há cérebros. Não há
iluminados. Não há estadistas. Não há governantes. Não há política nem
políticos.
Existem sim, neste país,
diferentes matilhas em que os seus membros aprenderam a respeitar a hierarquia
e a viver na e à custa da matilha. Todos eles esperam que o líder caia, mas
enquanto isso não acontece vão andando com a matilha, sempre à espera do seu
naco de carne, da sua parte do festim.
Esta cobardia e dependência do partido demonstrada por
Marques Mendes e Rebelo de Sousa descredibiliza-os por completo. O beija-mão
não é coisa compatível com o raciocínio livre. Esta ditadura partidária
espelhada na falta de valores e de respeito pela divergência de opiniões dos
seus camaradas de partido, conduziu-nos à actual situação económica e é
responsável por termos actualmente os piores intervenientes políticos de sempre
desde o 25 de abril. Uma miséria.
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