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terça-feira, 22 de novembro de 2022

Descer a inflação? Até onde? E, até quando?

Não consigo deixar de achar alguma graça às notícias que têm sido transmitidas pela comunicação social, nos últimos dias, relativas a vários bancos terem decidido distribuir prémios pecuniários aos seus funcionários.

Quer dizer, os bancos (seguindo orientações do banco central) para fazer descer a inflação, tiram poder de compra a todos os seus clientes com empréstimos, subindo-lhes as prestações, e em simultâneo, contrariam essa intenção de fazer descer a inflação, aumentando o poder de compra dos seus funcionários.

Sim, é verdade que os clientes são em muito maior número, mas onde fica o critério e o exemplo?

Um amigo diz que não tem nada a ver com isso, que os bancos apenas estão a evitar pagar tantos impostos sobre os lucros.

Então onde fica esse grande imperativo de fazer descer a inflação?

A esse propósito, continuo com aquelas dúvidas na cabeça: existe algum estudo que diga que são as pessoas que têm empréstimos contratados, as únicas responsáveis pela subida da inflação? Não haverá forma mais eficiente de fazer descer a inflação?

Ou será que isto de poder subir e descer as taxas de juro não passa de um poderosíssimo instrumento ao serviço de quem o pode usar?

A verdade é que muitas pessoas estão a ver o fruto do seu trabalho diminuir, algumas de forma considerável, mesmo que estejam a remar em sentido contrário!

E nem sequer conseguem ficar com a sensação que isto de fazer descer a inflação é para levar a sério!

1 comentário:

  1. É verdade! Não se compreende. É uma vergonha. Não acredito em nada desta história que a culpa é do crédito da habitação versus inflação.
    Para mim é uma tanga para os de sempre encherem-se à nossa custa.
    Como se vê a inflação não abranda, até já subiu. Por este critério as taxas de juro vão subir até céu, limite talvez da taxa de inflação.
    Tudo mentira.
    Só é só espremer o mesmo.
    Paga!

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