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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Luis Filipe Vieira também foi ao BPN..

(Quase que me apetece perguntar: e quem é que não foi??)


Luís Filipe Vieira goza de um estatuto que poucos portugueses algum dia irão gozar. É presidente de um clube de futebol, ainda por cima, de um grande. Como todos sabemos em Portugal quando o cidadão comum alcança o estatuto de figura pública ganha quase como um “medalhão” de protecção, qual item mágico saído do jogo World of Warcraft ou de um filme do Senhor dos Anéis ou Hobbit.

Esse medalhão mágico, além de proteger das consequências que poderão ter as bisbilhotices do Ministério Público, abre também outras portas que se encontram bem trancadas ao comum do cidadão português. O medalhão confere ao portador uma áurea de honestidade e de boas intenções que faz qualquer um esvaziar os bolsos para o ajudar na sua cruzada ou apenas para vencer as suas dificuldades financeiras correntes, vicissitudes claro está, de uma vida difícil de figura pública.


Estes esquemas financeiros em que se atribuem créditos sem garantias bancárias não estão ao alcance de todos, só dos que possuem o tal “medalhão mágico”. Depois, ainda há medalhões e “medalhõezitos”, consoante o grau da figura pública. Conceder um crédito de 20milhões sem garantias não é para todos. Conseguir pagar parte do crédito com acções da SLN (que não eram cotadas em bolsa, pelo que ninguém pode saber o valor real de cada acção) também não é para todos. Ficar a dever 17milhões ao BPN, ver a sua dívida ser transferida para a Parvalorem com o rótulo de incobrável, não vendo os seus bens confiscados e continuando a fazer a sua vida normal de presidente de uma instituição pública desportiva que recebe incentivos do estado, não é definitivamente para todos! Só mesmo a nata da nata das figuras públicas, munidas de um mega medalhão mágico, podem almejar tal estatuto!!

O cidadão comum, esse parasita da sociedade, que nada fez para subir na vida e lutar por agarrar o seu medalhão mágico, só tem é que pagar pela sua inércia e inépcia e embevecer-se com a classe, a elasticidade, a “lábia” e falta de senso civil que abunda nestes espertos da sociedade.

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