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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

ANA: a eficácia dos privados


Como sempre os privados funcionam muito bem, a gestão pública é um desastre. A ANA antes de ser privatizada apresentou resultados líquidos de 70milhões (incluindo 100milhões de gastos em obras no terminal 1, de um investimento total de 400milhões).

Não obstante dos resultados líquidos, em ano e meio a nova administração privada resolveu aumentar em 33% as taxas aeroportuárias em Lisboa, com mais o aumento recente de 7%. Assim é fácil o privado ser melhor, não tem concorrência e pode aumentar a seu bel-prazer as taxas a cobrar… (Ah que incompetência na gestão pública! Subam já as taxas de saneamento e águas que se resolve o problema da Águas de Portugal, subam 33% todas as portagens que se resolve o problema da Estradas de Portugal, subam 33% as taxas dos portos que já não há estaleiro ou porto que não nade em dinheiro! Subam tudo! Subam os impostos em 33% que deixa de haver défice!! Afinal é fácil de resolver os problemas: é a regra dos 33%!)

Contudo há uma justificação! (Ah bom!) Segundo os doutos na matéria as taxas no aeroporto de Lisboa ainda ficam abaixo dos valores cobrados nos aeroportos de referência pela europa fora.

Uhm… Mas serão também os custos semelhantes? Num país cujo ordenado mínimo não chega aos 500euros e os salários médios são 2 a 3 vezes inferiores aos salários pagos nos tais países de referência, não serão os custos com pessoal 2 a 3 vezes menores? Então e essa diferença se não vai para a taxa, vai para onde?????
Não será essa uma das vantagens competitivas do nosso país? Ser um país "low-cost" de qualidade para Alemães, Britânicos, Holandeses, Franceses, Italianos e Espanhóis? Se vamos aumentar as taxas para valores semelhantes, só nos resta a qualidade. Será esta assim tão superior? Não me parece...

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