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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Qualificação de Portugal – Mundial 2014

A selecção nacional de futebol 11 qualificou-se, com muito sofrimento pelo caminho, para o mundial de 2014. Os comentadores foram unânimes: grandes jogadores, grande selecção, um excelente trabalho de Paulo Bento etc. Como é costume neste país, o sucesso cega e é por isso que o país demora muito tempo a evoluir, porque as pessoas contentam-se em atingir apenas os mínimos, nunca pensam em ir mais além. A verdade é que a selecção teve jogos sofríveis contra equipas medíocres que puseram em evidência a falta de qualidade dos jogadores ou falta de profissionalismo. A nossa sorte é termos o melhor jogador do mundo da actualidade, quiçá o melhor jogador Português de todos os tempos, que vai disfarçando a pobreza da qualidade geral dos jogadores que compõem o grupo e a pobreza da equipa técnica. Se estivermos à espera que H.Postiga ou Hugo Almeida marquem um golo, poderemos necessitar de anos. Se esperarmos que o Nani faça algo mais para além de perder bolas, poderemos necessitar de anos. Se esperarmos que o Raul Meireles e Moutinho ou Rúben Micael aguentem mais que 50min de jogo, poderemos também necessitar de anos… Existem alternativas? Talvez não, mas uma coisa é certa, aqueles que referi já sabemos o que produzem: muito pouco. Tive a sorte de ver a selecção de Paulo Sousa, Rui Costa, Figo, João Pinto, Sá Pinto, Pedro Barbosa, Capucho, Sérgio Conceição, Pauleta, Nuno Gomes, Peixe, Fernando Couto, Rui Jorge e Jorge Costa jogar. Tive a sorte de ver a selecção de Costinha, Petit, Tiago, Paulo Ferreira, Simão, Ricardo Carvalho, Maniche, Deco, Figo, Cristiano, Pauleta e Nuno Gomes Jogar. Como tive essa sorte, confesso que não me encanta o estilo de jogo pobre em técnica que a selecção actual apresenta. Se Cristiano Ronaldo consegue brilhar rodeado de tanta mediocridade, nem quero imaginar como ofuscaria se jogasse rodeado dos jogadores que referi anteriormente. Depois há a questão Paulo Bento. Sempre disse que o considero um treinador com sorte, e isso também é importante. O azar, e é por isso que ele nunca vai brilhar como um Mourinho, é que ele é um bronco de primeira. Se à sorte que tem juntasse o mínimo de inteligência era um treinador de top. Assim não passa de um mediano. De um bronco mediano. Consegue com a sua bronquice fazer com que jogadores de top se incompatibilizem com ele, já foi Ricardo Carvalho, Rolando, Bosingwa, Tiago, Manuel Fernandes e agora, recentemente, Danny. Este último, considerando o que não produz Nani e a falta de jogadores na equipa com capacidade de transportarem a bola no pé, demonstra de facto o grau de bronquice da equipa técnica. Mas o que esperar de um treinador que numa conferência de imprensa veio dizer “já estavam de facas afiadas para nós e agora vão ter de as guardar”? Esta mania da perseguição, este complexo, esta falta de segurança, dá nestas querelas, nestas intrigas de escola básica adolescente, onde um cochichar ou um riso se transforma num enorme enredo. Transforma gente bem-humorada em reaccionários! Enfim… Vamos ao mundial e o milagre até pode acontecer, mas podíamos ir com uma ODD a nosso favor muito superior.

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