Vivemos tempos conturbados na nossa democracia. Nunca imaginei ver sondagens a dar 20% de intensão de voto a um partido fascista, vazio de conteúdo, cheio de frases feitas demagógicas.
“Os políticos dos partidos democráticos
são uma vergonha e são corruptos.” Frase tão fácil de proferir e de colar nos
ouvidos de pessoas cuja paciência para a política é nula, absorvidos no seu egoísmo
social.
Visto que todos eles (políticos)
vêm da mesma “massa” que é o povo, não são seres extraterrestres puros de
espírito, que caíram neste país para que, qual paladinos, o transformarem no olimpo
da honestidade, existe uma forte probabilidade de mudar o partido no
governo, mas no final, tudo ficar na mesma no que respeita à corrupção.
Existe, no entanto, uma diferença
significativa. É que partidos democráticos são mais permeáveis à Comunicação
Social e ao Sistema Judicial – mesmo assim, na Ilha da Madeira, um partido democrático
conseguiu controlar a ilha, quer o sistema judicial quer a comunicação social.
Ou seja, a diferença não está na
postura idónea dos partidos paladinos da verdade e honestidade. A diferença vai
estar no que nós, simples cidadãos, vamos saber. Do que nos vai chegar através
da comunicação social. Quando um partido fascista como o Chega controlar o
país, não haverá corrupção, não porque não se pratique, mas porque não vai
chegar aos ouvidos do povo.
Este é o ensinamento básico que o
PSD-Madeira nos deixa e que todos deveríamos interiorizar, perder 5 minutos
para pensar – em detrimento de 5 minutos de instagram do Chega. É que,
felizmente para a Ilha da Madeira, existe um governo central, o qual o partido
regional não controla, e que pode fazer aterrar na ilha dois aviões com 300 técnicos
de investigação. Num continente controlado por um partido fascista, não haverá
2 aviões a aterrar (europeu?) para investigar o que um partido fascista anda a
fazer no governo de um país soberano. Quem nos salvará? Quem irá investigar roubos
de milhões?
Corruptos por corruptos, dou
preferência aos que possibilitam que se saiba na comunicação social os casos de
corrupção, que deixam procuradoras escrever parágrafos a solicitar
investigações ao primeiro-ministro, ou juízes a destilarem ódio contra juízes,
ou juízes a almoçarem com políticos. Porque no final, posso sempre dormir de
consciência tranquila de que não foi com o meu voto que foram para o poder.
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